«Eleições» - Candidatos do PSD em Moimenta da Beira

Os candidatos a deputados do PSD por Viseu no contacto que têm vindo a fazer com a população do distrito visitaram, ontem, dia 10 de Maio, o Município de Moimenta da Beira. Durante a manhã estiveram reunidos na cooperativa Agrícola de Távora, onde o tema discutido foi o da agricultura, pela tarde participaram no debate promovido pela Escola Profissional de Moimenta da Beira, que contou com a presença dos cabeças de lista do PSD, do CDS/PP, BE e PCP.

Tendo como tema de base a agricultura, os candidatos pelo PSD visitaram a Cooperativa Agrícola de Távora, que se afigura como uma estrutura das mais importantes no domínio da agricultura, com cerca de 1500 produtores associados na área do vinho e 300 no domínio da maçã.

O cabeça de lista António Almeida Henriques destacou a “sintonia de pontos de vista quanto ao projecto desenvolvido que catapultou esta cooperativa, com uma gestão muito profissional, para uma facturação na ordem dos 10 milhões de euros, dando emprego a 58 pessoas, transformando-a num dos maiores empregadores da Região.”

Referiu ainda que “é fundamental prestigiar a actividade agrícola, para captar jovens agricultores que se sintam motivados para desenvolver projectos, uma forma de criar valor e contribuir para aumentar a riqueza do Concelho de Moimenta da Beira”.

Defendeu também “a necessidade de se apostar na agricultura de subsistência, uma forma de ajudar as famílias e a economia, num momento tão difícil como o que atravessamos, contribuindo também para a diminuição das importações”.

Indignou-se “com o facto de o Ministro da Agricultura ter estado em visita ao Concelho, mas pouco adiantar quanto à necessidade de promover uma adequação entre a oferta e a procura, designadamente no segmento da maçã, em que Portugal importa 50% do que consome, existindo vontade de vários agricultores para aumentarem a sua produção, precisando a cooperativa de aumentar a sua rede de frio”.

Por último defendeu uma simplificação e celeridade dos processos de aprovação de fundos do PRODER, realçando que a “nova linha de tratamento da maçã instalada com o apoio deste programa, teve quatro anos de espera para a sua aprovação”, bem como “a necessidade de simplificar os pequenos projectos, que não podem ter as mesmas exigências que os grandes, muitas vezes os agricultores têm dificuldade em cumprir todos os requisitos solicitados, sendo obrigados a recorrer a consultores que custam mais dinheiro do que os apoios que esperam receber.”

Debate decorre sem a presença do cabeça de lista do PS

Foi num auditório cheio que os candidatos cabeças de lista pelo círculo eleitoral de Viseu apresentaram algumas das suas ideias relativamente ao futuro do país e das soluções para a crise que o país atravessa.

Foi notada a ausência do cabeça de lista do Partido Socialista que, “apesar de ter confirmado a sua presença, acabou por não comparecer, evitando o confronto directo com a plateia e os seus opositores, preferindo fazer campanha com os meios do Estado, num concelho vizinho”, refere Almeida Henriques.

António Almeida Henriques começou por dizer que “a trinta dias do acto eleitoral, há que apurar responsabilidades”, lembrando que o governo PS deixou marcas, marcas negativas que se vêem: “nos 700.000 desempregados (maior taxa dos últimos 90 anos), destes, quase metade não têm subsidio desemprego (54%); no “pior crescimento económico dos últimos 90 anos; na maior dívida externa dos últimos 120 anos, duplicou em seis anos; no top 10 dos Países mais endividados do mundo; no âmbito de Países do FMI, só dois vão ter recessão, um deles é Portugal; 1,6 milhões de pendências nos tribunais, em 1995 havia 630.000; pior taxa de abandono escolar.”

Quanto às listas referiu que os viseenses “têm a oportunidade de fazer escolhas e de responsabilizar os quatro primeiros candidatos da lista socialista por Viseu” e lembrou que “o PS candidata em Viseu dois Secretários de Estado e dois ex. Governadores Civis, que tiveram responsabilidades directas no estado actual do país pois estiveram directamente envolvidos na actual governação”, pelo que o dia 5 de Junho será uma “ boa oportunidade para o Povo de Viseu os penalizar”.

PSD apresenta medidas para mudar verdadeiramente Portugal

António de Almeida Henriques apresentou durante o debate várias ideias para mudar o estado do país, de que se destacaram aquelas que visam apoiar as famílias, combater o desemprego e aumentar o crescimento económico. Começou por falar da agricultura e floresta, referindo que “temos que olhar para mundo rural com outros olhos, como uma forma de criar riqueza e fixar pessoas” por forma a promover a coesão territorial e social.

Continuou dizendo que é necessário “cuidar dos que mais necessitam, criando rede solidária com IPSS’s e Misericórdias, olhando para a sociedade e suas estruturas como parceiras, não como concorrentes, uma vez que estas são complementares”, e reitera “não podem existir filhos e enteados”.

“Queremos um Estado que apoie a sociedade, não que a controle”

No entender do cabeça de lista António de Almeida Henriques é preciso “fazer crescer a economia para apostar no social, cortar gorduras para garantir o social, reestruturar o Estado para garantir o social”.

“600.000 perderam abono família, pessoas passam fome e recorrem à nova sopa dos pobres. Têm que tirar filhos da universidade por falta de meios, muitos há que já não conseguem pagar a conta da luz. Os idosos que têm que optar entre o medicamento ou a sopa da noite. Ordenados penhorados, endividamento e o abandono escolar mais alto da OCDE. Casais desempregados e encerramento indiscriminado de serviços”, estes foram os “sucessos” do governo do PS.

O cabeça de lista do PSD afirmou também que “sem crescimento económico não se fixam pessoas, pelo que deve existir uma aposta nos micro e pequenos comerciantes, industriais e agricultores”, bem como na “Indústria, bens transaccionáveis e exportações, na inovação e ligação à universidade (Viseu está quase de fora da dinâmica dos Pólos e Clusters, estando comprometidos mais de 850 milhões de euros, que pouco ou nada serão investidos no nosso distrito, não temos sede de nenhum cluster ou pólo).”

Refere também que é necessário “apostar no empreendedorismo e nos sectores agro-alimentar, automóvel e componentes, energia, metalomecânica ligeira, vestuário e confecção, etc, bem como “no comércio, recuperando a dinâmica das cidades e vilas (130 milhões euros desperdiçados no Modcom)”.

Mudar com a sociedade

O cabeça de lista António Almeida Henriques deixa uma mensagem de esperança, pois “embora tenhamos chegado a esta situação há esperança para o futuro, para os jovens.”

Para tal aponta a solução que é trazida pelo PSD e por Pedro Passo Coelho que é alguém “coerente (aponta caminhos para Portugal crescer), corajoso (imagem real do País e para onde queremos ir) e ajustado à ajuda externa. Reformista, Humanista, concreto e que aprofunda o sistema democrático com menos deputados”.

Refere também que Passos Coelho “enfrenta as dificuldades com coragem e determinação, combatendo as assimetrias, a pobreza. O PSD não tem Agendas escondidas, propõe outro rumo para o País, sem medos.”

Fonte: Viseumais.com