Um "bom escravo" pode ter o valor de um furgão Ford Transit. Esse foi o
negócio celebrado entre dois chefes de um clã cigano acusados de
escravizar na agricultura. Estão a ser julgados em Moimenta da Beira.
Para os mesmos indivíduos, um trabalhador também pode
ser comprado por 500 euros, com a "condição", porém, de alguma despesa
com alimentação. Quanto a condições de vida, os custos não são
significativos. Os escravos podem ser postos a dormir num sítio
qualquer: carrinhas, tendas em acampamentos ao frio ou em sótãos de
casas, enquanto os patrões pernoitam nos quartos.
Vítimas deste tipo de exploração foram dois homens sem-abrigo que estiveram durante três anos sob a alçada de dois grupos entre Portugal e Espanha, até conseguirem fugir. António foi recrutado no centro de acolhimento Vitae, em Xabregas, Lisboa, pelo líder de um clã. Foi-lhe proposto trabalho na agricultura em Espanha. Seriam pagos 20 euros por dia, com comida e estadia incluída. Do seu bolso só teria de pagar tabaco. Desempregado, sem dinheiro, aceitou sem pestanejar.
Fonte: JN.pt
Vítimas deste tipo de exploração foram dois homens sem-abrigo que estiveram durante três anos sob a alçada de dois grupos entre Portugal e Espanha, até conseguirem fugir. António foi recrutado no centro de acolhimento Vitae, em Xabregas, Lisboa, pelo líder de um clã. Foi-lhe proposto trabalho na agricultura em Espanha. Seriam pagos 20 euros por dia, com comida e estadia incluída. Do seu bolso só teria de pagar tabaco. Desempregado, sem dinheiro, aceitou sem pestanejar.
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