Nos tribunais é Joana Marques Vidal, mas o "Joaninha" dos tempos da
escola primária, em Moimenta da Beira, nunca deixou de lhe assentar bem.
"Ela era uma querida", diz uma antiga colega da primária, feita no
distrito de Viseu. Passaram os anos, sucederam-se os cargos de
responsabilidade, mas a afetividade nunca ficou para trás.
Alguns dirão que não é disso que precisa a Justiça. Talvez se
enganem. Filha de um ex-diretor da Polícia Judiciária e juiz jubilado,
José Marques Vidal, a primeira mulher a tornar-se presidente da
Associação de Apoio à Vítima (APAV) e agora também primeira
procuradora-geral da República é conhecida pela assertividade e
convicção que põe em tudo o que faz.
Na área de família e menores, que acompanha desde os primeiros passos
na carreira, deixou marca. Há mesmo quem diga que existe "um antes e um
depois de Joana Marques Vidal" na proteção das crianças - e das vítimas
em geral. Por isso mesmo, a presidência da APAV, que assumiu durante
seis anos, parecia talhada para ela.
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