O presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira,
explicou à agência Lusa que está prevista "a limpeza de um conjunto de
linhas da rede primária, para impedir que os incêndios se propaguem
indefinidamente".
"Quando os incêndios estão a lavrar, ou temos áreas onde seja possível
pará-los ou é difícil fazer a contenção das chamas", justificou.
Com a execução deste projeto, a autarquia pretende intervir em 453,43
hectares, resultantes das áreas de faixas a criar na rede primária
(384,79 hectares), dos mosaicos de parcelas de gestão de combustível
(64,95 hectares) e das faixas de proteção aos pontos de água (3,69
hectares).
No âmbito do projeto, será beneficiada a plataforma de 14,26 quilómetros
de caminhos inseridos na rede primária e a plataforma de 117,26
quilómetros de caminhos que lhes dão acesso.
José Eduardo Ferreira avançou que haverá também intervenções ao nível
dos pontos de água, "que permitirão o abastecimento dos meios aéreos e
dos bombeiros durante o combate aos incêndios".
Nas localidades de Segões e de Peravelha serão construídos dois pontos
de água, com uma capacidade de armazenamento de três mil e de seis mil
metros cúbicos.
Serão também beneficiados os pontos de água localizados nas freguesias
de Alvite e Leomil, ficando com uma capacidade de armazenamento de 750 e
1.600 metros cúbicos.
O autarca admitiu que, ao avançar apenas agora para o concurso público,
já pouco será feito para prevenir os incêndios deste verão.
"Já não conseguiremos fazer um trabalho que seja muito significativo
para prevenir os incêndios deste ano, mas a vida continua e previnem-se
os dos próximos anos", considerou.
Com este projeto, a Câmara não pretende apenas proteger as áreas
florestais com o objetivo de obter material lenhoso, mas também
contribuir para a valorização ambiental e paisagística e para a melhoria
da qualidade de vida das populações, numa região que tem um índice
elevado de desertificação e de emigração.
Fonte: RTP.pt
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