O Jornal de Notícias conta na
edição desta terça feira que em 2017 as perdas de água agravaram-se em metade
dos concelhos do país, com um volume que seria suficiente para encher 281
piscinas olímpicas por dia. A Câmara de Loulé, com 5% de desperdício, tem o
melhor desempenho, já Macedo de Cavaleiros, com 77% tem o pior registo de 2017.
Em declarações à TSF, o autarca
Benjamim Rodrigues reconhece que a situação é preocupante e justifica com o
facto de a rede ser obsoleta.
"A rede de abastecimento tem
mais de 30 anos, fizemos um diagnóstico e as condutas não são as adequadas.
Estamos a falar de um território, particularmente na zona de Trás-os-Montes
onde chegamos a ter temperaturas que chegam aos 10 graus negativos, as condutas
facilmente congelam e rebentam. Temos rebentamentos constantes".
O governo apresentou no final do
ano passado uma linha de investimento de 40 milhões de euros do Portugal 2020
para combate às perdas de água. O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros
diz que a autarquia já fez um estudo e um levantamento da rede de saneamento e
apela ao governo para ajudar na reabilitação, que é muito dispendiosa.
"Sabemos que a solução passa
por aproveitar a linha de investimento governamental de 40 milhões de euros, o
que é manifestamente insuficiente, mas eu espero - como o nosso município é o
que tem mais perdas a nível nacional - que o governo esteja sensibilizado e
atento para que essa linha de investimento nos beneficie particularmente. O
nosso concelho é muito vasto, temos uma rede de abastecimento muito vasta e
toda ela degradada. Temos que fazer um investimento muito avultado, mas
esperamos poder fazer um investimento na ordem dos três, quatro milhões de
euros".
O relatório anual da Entidade
Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, publicado em dezembro, contabiliza
mais de 256 milhões de metros cúbicos de água não faturados, o que representa
mais 15 milhões de metros cúbicos do que em 2016.
A água não faturada corresponde à
que se perde nas condutas envelhecidas no percurso até às torneiras e o volume
de água usado para fins públicos não pagos, como regar jardins ou encher
piscinas. De acordo com o "Jornal de Notícias" a lista é liderada por
Macedo de Cavaleiros, seguem-se Peso da Régua, Cabeceiras de Basto, Murça,
Santa Marta de Penaguião, Chaves, Castanheira de Pera, Castelo de Paiva, Mação
e Moimenta da Beira - perderam 70% ou mais da água que compraram.
Fonte: TSF.pt
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