O presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José Ferreira, mostrou-se hoje confiante que a construção do subparque eólico previsto para as freguesias de Leomil, Alvite, Pera Vêlha, Aldeia de Nacomba e Sever arranque este ano.
Depois de, em outubro de 2009, a secretaria de Estado do Ambiente ter autorizado a construção deste subparque, pertencente ao Parque Eólico do Douro Sul, decorreu entre o dia 09 e hoje um período em que o público se pôde pronunciar sobre eventuais impactos negativos do projeto.
"Não tenho indicação por parte de nenhuma entidade, nem de nenhuma pessoa, que me leve a pensar que podem vir a criar-se condições para que o subparque não avance", referiu José Ferreira à Agência Lusa. Segundo o autarca, se não houver alterações, serão colocados 45 aerogeradores nas freguesias de Leomil, Alvite, Pêra Vêlha, Aldeia de Nacomba e Sever, com especial incidência na primeira. "A empresa Parque Eólicos Douro Sul ainda não pediu licenciamento à Câmara. Mas os prazos indicativos de que tenho conhecimento apontam para que possa começar a ser construído durante este ano e demorar um ano e meio a ser terminado", explicou. A obra poderia até realizar-se mais rapidamente mas, de acordo com José Ferreira, tal não será possível, devido às condicionantes impostas pelo Ministério do Ambiente relacionadas com a existência de alcateias de lobo ibérico. Explicou que terão de ser criadas zonas de exclusão nos centros de atividade das alcateias, onde não podem existir aerogeradores, e que não podem decorrer trabalhos durante os meses de época reprodutiva do lobo. "Os especialistas dizem que na Serra de Leomil existe a maior comunidade de lobos a sul do Douro, várias alcateias reprodutoras que têm muito interesse para a conservação da espécie", contou. José Ferreira explicou que a autarquia está empenhada em "tentar conciliar os diversos interesses", ou seja, os impactos positivos que terá o projeto e as preocupações ambientais e das populações. Sublinhou os efeitos positivos que terá na economia local, quer durante a construção do parque, quer pelas "contrapartidas financeiras" que vai gerar para a autarquia (400 mil euros por ano) e para as juntas de freguesia e assembleias de compartes a quem pertence a maior parte dos terrenos onde serão colocadas as torres eólicas. "Há também contrapartidas que têm a ver com a abertura de caminhos de acesso ao parque eólico, que são um bom meio de prevenir os incêndios", acrescentou.
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