segunda-feira, 31 de março de 2008

DOURO: Empresas exportaram 56,6 milhões de euros com destaque para vinhos e rochas

As empresas dos concelhos da NUT III Douro exportaram 56,6 milhões de euros em 2007, com destaque para os vinhos e rochas ornamentais, disse fonte do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A NUT III do Douro abrange os municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real, correspondendo a seis por cento da população e 19 por cento da área geográfica de toda a Região Norte.
Segundo os dados do INE, a saída de mercadorias destes concelhos resultou num lucro de 56.6 milhões de euros.
O sector mais representativo é o das "bebidas, líquidos alcoólicos e vinagre", com destaque para os vinhos do Porto e Douro, que representa 27,2 por cento do total de exportações e equivale a 15,4 milhões de euros.
Em segundo lugar, encontra-se o sector das "obras de pedra, gesso e cimento", de onde se salienta a extracção mineral e rochas orçamentais, que corresponde a 21,3 por cento das mercadorias exportadas e cujo valor das mercadorias representa 12 milhões de euros.
Com 15,1 por cento encontra-se o sector dos "móveis e mobiliário médico-cirúrgico", seguindo-se com 9,8 por cento o "calçado e polainas".
Um estudo divulgado pela Nervir - Associação Empresarial de Vila Real refere precisamente que os principais produtos de exportação da região de Vila Real são os vinhos, extracção mineral e rochas ornamentais.
O estudo "A Exportação no distrito de Vila Real - cenário actual e potencial de desenvolvimento" refere que os principais destinos dos produtos são as maiores economias da União Europeia, nomeadamente a Alemanha, Reino Unido e França, que concentra dois terços do volume de exportações.
Em termos extra-comunitários o destaque vai para as relações com os Estados Unidos da América e Brasil e destaque-se ainda os países de língua oficial portuguesa, nomeadamente Angola.
O presidente da Nervir, Manuel Coutinho, salientou os mercados emergentes a China e a Índia.
João Amaro, responsável pela elaboração do estudo, apontou como principais dificuldades para os empresários da região exportarem os seus bens a "burocracia", as "cobranças internacionais" e a "logística associada aos transportes", nomeadamente no que diz respeito ao sector dos vinhos.
"As empresas queixam-se da falta de apoio estatal e que os programas existentes ajustam-se pouco à realidade", frisou João Amaro.
A análise do potencial exportador do distrito de Vila Real foi feita com base num inquérito aplicado a 69 empresas, cuja média do ano de fundação das empresas inquiridas é de 22 anos de idade, sendo a empresa mais antiga de 1922 e a mais recente de 2006.
Metade das empresas que responderam ao inquérito exportam menos de 250 mil euros, 15 por cento exporta menos de 20 mil euros.
Na sequência deste estudo, a Nervir já anunciou a criação de um Gabinete Técnico para a Internacionalização que deverá funcionar em articulação com outras estruturas, nomeadamente a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.Fonte:maraoonline

4 comentários:

Anónimo disse...

"Vinhos" e "rochas" é o "petróleo" português!Temos que aproveitar!Mtbem.

Moimentense de Gema disse...

os números não são maus mas podiam ser melhores se apostassemos em actividades com maior valor bruto acrescentado e num aumento da produtividade agrícola e em geral do sector primário...
as empresas de extracção e comercialização de pedra são quase todas de dimensão reduzida o q não permite o aproveitamento de economias de escala e a competitividade nacional e internacional das empresas....

Abraço JP

Anónimo disse...

Boas,

JP estás cá com um palavriado... que já pareces um economista a serio!!
loool

Tens toda a razao!

abraço,
joaomd

João PM Dias disse...

É com muita pena que sempre que me desloco ao hipermercado Continente e me dirijo à secção das bebidas não encontro, nunca, os vinhos da Nossa terra!(pelo menos no Continente Coimbra)
Penso que se podia começar a apostar mais forte nestes hipermercados.

cump,
joaomd