sexta-feira, 28 de março de 2008

Poetisa Lilaz Carriço

“Quem sabe pouco não pode amar muito.
Um grande amor é fruto de um grande conhecimento”.
Leonardo Da Vinci



Lilaz Carriço nasceu em Manaus (Amazonas), filha de emigrantes de Cabaços (Moimenta da Beira). Nasceu poeta e escritora de fina sensibilidade. E investigadora. Formada em Literatura, no Porto, bem cedo abraçou sua missão perquiritante de um destino, de um compromisso. Assumi-lo foi a sua determinação. E o fez numa paixão absorvente, numa coragem inaudita, ao viajar, no trânsito tumultuado da vida, no Brasil, Portugal, Cabo Verde, Ilha da Madeira, Porto Santo, Moimenta da Beira…, onde muitas vezes julgou sossobrar agarrada ao seu sonho de beleza que sabia residir / imperar para além do caminho já percorrido, porque a meta é o infinito.
E de lá, para além, na linguagem sublimada dos acordes poéticos, ofertou-nos o melhor da aspiração da sua alma, nuns versos alados (sonetos), que a crítica já consagrou e já percorreram mundo. Por que a mensagem do poeta deve voar espaços, conquistar continentes, enternecer corações e não ficar limitada no condicionalismo do espaço físico ambiente.Lilaz Carriço conta coisas universais do ser humano. Factos que se unem à raiz íntima da origem de sua espécie e que a tem acompanhado através dos tempos. Mas a sua voz e mensagem tem uma certa originalidade. Por isso, o seu canto é pessoal; por isso, L. Carriço é uma grande poetisa e escritora.
A acção de L. Carriço, como poetisa e escritora, tem sido vasta no campo das actividades literárias, publicando dezenas de livros, proferindo conferências, palestras, colaborando nos jornais, num fecundo processo criativo, que a empolga e lhe dá vida e prazer criativo. Publicou já mais de 1.000 sonetos e tem conquistado muitos prémios.
A responsabilidade de caminhar / ir mais além. Isso é próprio de todo o artista. É o grande drama angustiante de todo o pensador que, atingindo uma meta, quer ir logo mais além, a outras metas que não têm fim, pois a arte é um peregrinar contínuo rumo a Deus, a fonte suprema de todas as Artes e Belezas. São horizontes que se descobrem dos nevoeiros siderais, para logo surgirem densas nuvens, depois firmamentos azuis, belos, luminosos, onde a alma aspira aquietar-se e viver.
É gratificante ao coração encontrarmos em nosso caminho pessoas que, através da Arte, se elevaram espiritualmente na busca duma felicidade que sabem residir para além das fronteiras materialistas.Gostamos muito do prazer espiritual que nos proporcionou o encontro – o encesto de auscultarmos a alma de uma artista de muito mérito, muita sensibilidade, e de recursos que se apresentou a nossos olhos, na leitura dos seus sonetos, jóias buriladas de elevados e nobres pensamentos…

Mas ouçamos Mário de Sá Carneiro:
“Um pouco mais de sol, eu era brasa.
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…”

Eurico de Andrade Alves. Fonte: ORegional

10 comentários:

Hugo Santos disse...

Grande mulher, poetisa e professora que é oriunda do nosso concelho e pouco valor lhe é dado. Na minha opiniao já merecia uma grande homenagem por parte de todos os moimentenses (CAMARA MUNICIPAL principalmente).

Anónimo disse...

Belo texto com um final fraco. Todo um texto a falar da poetisa Lilaz Carriço e, em vez de se apresentar um poema seu, apresenta-se, no final, um poema de outro poeta, que, embora seja um dos mais conhecidos e reconhecidos poetas portugueses, não me parece adequado ao que se pretende - falar de Lilaz Carriço!
E, sim. Homenagear-se quem merece não fica mal a ninguém. (Mas não se pode descurar tudo o que envolve o pavilhão municipal. Não é?)

Cumprimentos,

Sérgio Matos Dias

Anónimo disse...

Uma sugestão para o nome do pavilhão: "Pavilhão Gimnodesportivo Lilaz Carriço". A "simbiose" perfeita entre o Desporto e a Cultura genuina Moimentense. Seria um grande contributo para a verdadeira "cultura desportiva" que se pretende com esta impunente obra.

Luis Vaz

Anónimo disse...

Peço desculpa, onde se lê "Impunente" deve ler-se "IMPONENTE"

LV

Anónimo disse...

Compreendo a ideia de Luís Vaz, mas, na minha opinião, não me parece adequado aliar-se o nome Lilaz Carriço ao nome de baptismo de um pavilhão com o cariz eminentemente desportivo que o Pavilhão Municipal tem. Além de me parecer antiquado, não me parece a melhor forma de reconhecer e homenagear a pessoa em causa. Mas, enfim, são opiniões que respeito.

Cumprimentos (em especial a Luiz Vaz),

Sérgio Matos Dias

Anónimo disse...

(Peço desculpa, enganei-me a escrever "Luís Vaz". Assim é que é. No tempo do Camões é que era com "Z"! lol)

Hugo Santos disse...

Concordo com o Sergio.
Talvez o pavilhao nao fosse a melhor homenagem...Mas que esta grande mulher merece uma homenagem, isso nao ha duvida, penso eu.

Abraço

Anónimo disse...

Bom dia,

Concordo, mas também existem mais alguns "moimentenses" que já mereciam uma homenagem.

Abraço,
joaomd

João PM Dias disse...

Que nome gostaria que fosse atribuido ao novo pavilhão?
Respostas:

1º. Pavilhão Municipal de M.B.- 20 (50%)
2º. Nome de uma figura da vila(não ligada ao desporto) - 11 (27%)
3º. Pavilhão João Manuel - 9 (22%)
4º. Outro - 1 (2%)
5º. Nome de uma figura da vila ligada ao desporto - 0 (0%)


Nao se esqueçam deste inquérito que foi realizado aqui no blog, no mês de Fevereiro.

abraço,
joaomd

Moimentense de Gema disse...

Penso q é das pessoas mais inteligentes e com um percurso profissional mais rico que temos na nossa vila...
Sou um admirador confesso dessa grande mulher que conheço bem...
Já foi alvo de uma homenagem da cãmara mas penso q foi um pouco pobre...
Acho q no fim do post podia-se ter publicado um poema (soneto) da sua autoria( tem mais de 1000)
Cumprimentos e parabéns pelo post e pela homenagem

cumprimentos
JP