sábado, 26 de setembro de 2009

DE VEZ EM QUANDO...

O MEU CONTRIBUTO PARA A "REFLEXÃO" DE ALGUNS PORTUGUESES...

O título : --- De "mal cozinhado" ( em lume brando ou em banho maria) a "ressuscitado" maioritariamente!

Personagens Principais:--- J.Sócrates, M.F. Leite, Público, Tvi, Presidência da República.
Actores secundários :--- Louçã, Jerónimo, Portas e outros media.
Palhaços:--- P.Pereira, M.M.Guedes, J.M.Fernandes, A.J. Jardim e outros figurantes.
Acção :--- Portugal... ainda independente!
Circunstâncias :--- Pré-campanha e Campanha eleitoral para as Legislativas de 2009.

Pano de fundo :--- Conquista (manutenção) do poder pelo método do "vale tudo"!

Argumentos (habilidosamente) utilizados: --- Diploma de engenheiro, freeport, escutas, medo, asfixia, professores, desemprego, combóios e aeroportos.

Argumento (propositadamente) ignorado (esquecido) :--- A maior crise universal do pós IIª Guerra mundial.

GUIÃO:

Numa altura em que as "arruadas" dos caloiros universitários têm mais piada que as "arruaças" de M.F.L., F.L., J.S. e P.P.; numa altura em que o jornal Público perdeu a credibilidade por acção do seu director e do seu proprietário; num tempo em que a Tvi procura "desesperadamente" sair do trauma MMG e encontrar um caminho novo; numa época em que a Sic de Mr. Balsemão insiste nos "tiques" do "só nós" é que sabemos e temos "critérios" jornalísticos ( do encarnado futebol à politiquice do quotidiano)... todo o "GUIÃO" previsto para levar a uma "maioria" de direita (PSD/CDS) foi, com base num autêntico golpe d'asa, não só totalmente alterado como invertido.
O caso da demissão ainda não explicada de Fernando Lima. Simultânea hesitação e precipitação do Presidente da República, influenciou a campanha. E uma eventual pouco ética actuação do DN, pos a nu a frágil e muito menos ética actuação do Público.

E o governo e o seu 1ºMinistro ( tal como o partido que os sustenta) - durante meses e meses cozinhados cirurgicamente - viram-se de repente numa posição mais "confortável". Apenas confortável!
Mas... temendo-se que pudesse acontecer uma nova "maioria absoluta" - tão improvável, depois da excelente e metódica manipulação das gravíssimas consequências da "crise" - eis que toda a oposição alterou ou ajustou o seu discurso.

Louçã e Portas a verem-lhes fugir a eventual oportunidade de "charneira"; M.F. Leite a imaginar-se numa eventual (mas possível) situação de "desemprego" e J. de Sousa a projectar uma nova cassete - impedido de repetir a inevitável "vitória" e o crescimento do partido.
Para além de se atacarem uns aos outros, todos se esqueceram de promessas, ignoraram programas e ideias. Objectivo único :- atacar Sócrates e o PS.
Os maus da fita com quem ninguém quer "casar". No entanto, sentiu-se uma ligeira inflexão de Jerónimo e o BE fez proliferar um cartaz onde se lê "estamos prontos" ! Prontos para quê ? Ser governo ? Ser Poder ? Não me parece haver outra interpretação !

Felizmente, no meio de tanta tristeza, apareceram os "quatro" do GATO para dar algum sentido à palhaçada.
Um certo "ar fresco" para devolver o sorriso aos portugueses, quase "engarrafados" com tanta asfixia!
Para rir, também a "piada" que foi a intervenção do nº1 da Casa Real sobre as escutas!

No âmbito de uma campanha muito fraca, houve contudo alguns pormenores interessantes. Particularmente ao nível dos cartazes de rua, os agora chamados "out doors". A habitual criatividade do BE, como disse, o último cartaz do PS com Sócrates a indicar o caminho de polegar levantado, e uma mensagem muito interessante do CDS:- "Há cada vez mais gente a pensar como nós ! Mas não basta pensar, é preciso votar"!
Um apelo de Portas à " maioria silenciosa", que ele sabe não ser possível ressuscitar a esta distância. Mas é preciso votar !

Votar é o que eu vou fazer... votar é um direito e um dever de todos os portugueses.

É nossa a responsabilidade dos caminhos que traçarmos ! Tal como lembrou o filósofo José Gil, num "ensaio" sobre o actual momento político e social em Portugal.

Li no diário "i" uma tradução para português, já que o artigo foi publicado na imprensa espanhola.
E não sei se foi por ter escrito a pensar em Castelhano, mas pareceu-me que José Gil olhou demasiado para o seu umbigo de filósofo, esquecendo o que realmente se tem passado no mundo nos tempos mais recentes!

Embora tenha razão quanto ao quadro de falta de ética de toda a classe política, como filósofo sabe que não há verdades absolutas.

1 comentário:

manjerico disse...

Boa noite Sr. Bondoso.
É só para lhe dizer que gostei do seu "contributo á reflexão do voto"
E como gosto dos seus comentários, "de vez em quando" escreva coisas para a gente ler.
É certo que por vezes é com algum "azedume",mas é bom lê-lo.
As minhas saudações