Viseu é, de acordo com dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2009, o distrito onde, percentualmente, mais subiu a criminalidade.
O presidente da Câmara, Fernando Ruas, exige mais agentes para as forças de segurança, enquanto o governador civil desdramatiza os dados
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, defende que a primeira medida a tomar para reduzir a criminalidade é o reforço dos efectivos das forças de segurança que tem sido reclamado por vários autarcas.
O edil reagiu assim aos números do Relatório Anual de Segurança Interna de 2009, ontem disponibilizados, que dão conta de uma descida, embora ligeira, da criminalidade no país, ao contrário de Viseu que, de acordo com o relatório, registou um aumento de 14,5% em comparação com 2008.
Com efeito, foram registadas, em 2009,10.088 participações criminais no distrito, contra as 8.808 no ano anterior.
Percentualmente, o distrito de Viseu foi mesmo o que registou maior subida na criminalidade, seguindo-se os de Coimbra e Leiria, com 7,4% e 7,6%, respectivamente.
Fernando Ruas disse não ter ficado surpreendido, mas sim "desgostoso", porque há muito vem alertando para a necessidade de reforço do efectivo.
O autarca não entende que constantemente se diga que "Viseu é um distrito seguro". "Não diz a bota com a perdigota. Dizemos que é uma cidade segura, um distrito seguro, mas acontecem estes fenómenos", frisou. Estranhou ainda que Viseu apareça neste relatório na mesma situação do que o Porto.
Governador civil
desdramatiza dados
Já o governador civil de Viseu desdramatizou os dados do relatório. Em declarações à Lusa, Miguel Ginestal mostrou--se "surpreendido" e garantiu que "Viseu é um distrito seguro".
"É essa a percepção de todos os que vivem, trabalham ou visitam o distrito. Naturalmente, num distrito seguro como Viseu sempre que há alguma alteração, mesmo que ligeira e acima daquilo a que estamos habituados, é um aumento, mas isso não quer dizer que Viseu possa ser considerado de outra forma", afirmou.
O governador tranquilizou a população, mostrando-se convicto de que "as forças de segurança estão a cumprir bem a sua missão", e anunciou que marcou para a próxima segunda feira uma reunião do conselho coordenador distrital da segurança interna onde serão analisados os dados do relatório.
"Só hoje é que vai ser entregue na Assembleia da República e só depois é que ficará disponível para consulta pormenorizada", afirmou, acrescentando que já falou com o ministro da Administração Interna, mas que este não lhe adiantou se Viseu aumentou ou manteve a criminalidade. No que respeita ao número de efectivos da GNR, Miguel Ginestal admitiu que "há sempre solicitações por parte dos autarcas", mas explicou que o comando distrital faz "os ajustamentos que se consideram necessários sempre que há problemas ou acontece algum crime".
No que respeita à capital de distrito, sublinhou o "impulso" que desde Janeiro foi dado ao Contrato Local de Segurança, com "mais policiamento e maior visibilidade", e lembrou o compromisso do ministro de "no primeiro semestre de 2010 se proceder ao reforço do efectivo da PSP". Fonte:DiáriodeViseu
O presidente da Câmara, Fernando Ruas, exige mais agentes para as forças de segurança, enquanto o governador civil desdramatiza os dados
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, defende que a primeira medida a tomar para reduzir a criminalidade é o reforço dos efectivos das forças de segurança que tem sido reclamado por vários autarcas.
O edil reagiu assim aos números do Relatório Anual de Segurança Interna de 2009, ontem disponibilizados, que dão conta de uma descida, embora ligeira, da criminalidade no país, ao contrário de Viseu que, de acordo com o relatório, registou um aumento de 14,5% em comparação com 2008.
Com efeito, foram registadas, em 2009,10.088 participações criminais no distrito, contra as 8.808 no ano anterior.
Percentualmente, o distrito de Viseu foi mesmo o que registou maior subida na criminalidade, seguindo-se os de Coimbra e Leiria, com 7,4% e 7,6%, respectivamente.
Fernando Ruas disse não ter ficado surpreendido, mas sim "desgostoso", porque há muito vem alertando para a necessidade de reforço do efectivo.
O autarca não entende que constantemente se diga que "Viseu é um distrito seguro". "Não diz a bota com a perdigota. Dizemos que é uma cidade segura, um distrito seguro, mas acontecem estes fenómenos", frisou. Estranhou ainda que Viseu apareça neste relatório na mesma situação do que o Porto.
Governador civil
desdramatiza dados
Já o governador civil de Viseu desdramatizou os dados do relatório. Em declarações à Lusa, Miguel Ginestal mostrou--se "surpreendido" e garantiu que "Viseu é um distrito seguro".
"É essa a percepção de todos os que vivem, trabalham ou visitam o distrito. Naturalmente, num distrito seguro como Viseu sempre que há alguma alteração, mesmo que ligeira e acima daquilo a que estamos habituados, é um aumento, mas isso não quer dizer que Viseu possa ser considerado de outra forma", afirmou.
O governador tranquilizou a população, mostrando-se convicto de que "as forças de segurança estão a cumprir bem a sua missão", e anunciou que marcou para a próxima segunda feira uma reunião do conselho coordenador distrital da segurança interna onde serão analisados os dados do relatório.
"Só hoje é que vai ser entregue na Assembleia da República e só depois é que ficará disponível para consulta pormenorizada", afirmou, acrescentando que já falou com o ministro da Administração Interna, mas que este não lhe adiantou se Viseu aumentou ou manteve a criminalidade. No que respeita ao número de efectivos da GNR, Miguel Ginestal admitiu que "há sempre solicitações por parte dos autarcas", mas explicou que o comando distrital faz "os ajustamentos que se consideram necessários sempre que há problemas ou acontece algum crime".
No que respeita à capital de distrito, sublinhou o "impulso" que desde Janeiro foi dado ao Contrato Local de Segurança, com "mais policiamento e maior visibilidade", e lembrou o compromisso do ministro de "no primeiro semestre de 2010 se proceder ao reforço do efectivo da PSP". Fonte:DiáriodeViseu
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