I
A primeira estrutura (ver imagem I) possui dois pios, interligados por um pequeno orifício, a cotas diferentes. O pio superior é de configuração aproximadamente rectangular e mede cerca de 2,35 m de comprimento, 0,43/0,55 m de largura e 0,40/0,50 m de profundidade. O pio inferior tem uma configuração arredondada e mais pequena.
II
A segunda estrutura (ver imagem II) situa-se a algumas dezenas de metros desta e é constituída apenas por um pio ligeiramente inclinado, de configuração trapezoidal, com aproximadamente 2 m de comprimento, 0,95/0,70 m de largura e 0,65/0,45 m de profundidade. É curioso reparar que, na parte inferior deste, também verifica-se um pequeno orifício para escoamento.
Estas estruturas rupestres, tradicionalmente associadas ao tempo dos Mouros , estarão ligadas à transformação de produtos agrícolas (azeite e/ou vinho), sendo geralmente formadas por um ou dois pios contíguos (um pio superior para esmagamento/prensagem e um pio inferior como reservatório/armazenamento) estrategicamente desnivelados.
Desta exposição, cumpre salientar que ambas testemunham sobretudo a importância da agricultura nesta região desde tempos imemoriais e que, independentemente das formas que apresentam, ambas deverão ser devidamente preservadas e valorizadas para que continuem a integrar o património inventariado deste concelho.
Outras estruturas do género detectadas, até ao momento, no concelho moimentense:
- Poça dos Moinhos/São Paio (freguesia de Caria)
- Covelo (freguesia de Rua)
- Corujeira, Capela do Mártir São Sebastião e Tapada (freguesia de Moimenta da Beira)
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1 - Segundo alguns investigadores, a origem destas estruturas é ainda incerta, podendo ser romana, medieval ou até moderna.
Autor: José Carlos Santos
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