Mais de quatro centenas de pessoas estiveram na Noite Republicana com Mário Soares e Aquilino Ribeiro Machado, os dois conferencistas que revisitaram dois republicanos de têmpera: Aquilino Ribeiro, escritor afamado e aplaudido pela crítica, e Acácio Gouveia, advogado, brilhante na barra do tribunal. Um e outro nados nas Terras do Demo. Tudo iniciativa da Câmara Municipal de Moimenta da Beira em parceria com o Governo Civil de Viseu, na fundação com o nome do escritor, em Soutosa.
A sala encheu-se para os ouvir. Houve encanto e aplausos para ambos. Primeiro, Aquilino Ribeiro Machado. O filho do escritor desfiou a memória, falou do pai, grande de nome, grande de personalidade e vulto enorme das letras lusas. Contou histórias, entusiasmou-se e narrou factos que ouviu contar.
Falou também de Acácio Gouveia, da amizade e admiração que o advogado de Caria nutria pelo pai Aquilino.
Acabou a intervenção a criticar, alto e bom som, o rumo que a Educação tem vindo a tomar em Portugal.
Mário Soares veio a seguir. Discursou de pé e de improviso. “Aquilino? Um grande republicano. Esteve em quase todas as conspirações. E depois ajudou a consolidar a primeira República”, disse o antigo presidente.
Relembrou o mestre, que conheceu pessoalmente, e guindou-o ao pedestal dos maiores romancistas do século XX. “A sua escrita é universal”, enfatizou.
De Acácio Gouveia, retirou dele histórias que ambos viveram, em especial a cela do Aljube que ambos partilharam por seis meses, decorria o ano de 1961.
“Foi um republicano moderado, nunca foi socialista”, recordou o fundador do PS.
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