O "verdadeiro Outono, com humidade e chuva em quantidades concentradas mas elevadas, começa hoje", avisa o geofísico Mário Marques. O especialista, e responsável pelo site meteoibeira, adianta que este domingo "será tempestuoso e com alguma severidade".
As previsões apontam para "chuvas e vento forte, com risco moderado a elevado para pequenas inundações-relâmpago ao nível local". O mau tempo, com "ocorrência de trovoadas, irá afectar sobretudo as regiões do Minho e Douro Litoral, progredindo às restantes regiões ao longo do dia".
Forte precipitação que será acompanhada de "vento forte no litoral Oeste e terras altas do Norte e Centro". A semana terá "dois dias estáveis, incluindo no feriado da República e depois haverá condições para um novo agravamento". Melhorias "apenas a partir do dia 8 quando "chegar a bonança e uma melhoria das condições meteorológicas", conclui o especialista.
O agravamento das condições meteorológicas levou ontem o Instituto de Meteorologia a colocar 12 distritos, a norte do Tejo, em alerta. Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro estão no nível laranja, o segundo mais grave. As previsões do IM confirmam precipitação e ventos fortes. Mau tempo que deve abrandar a parti de amanhã, dia em que se prevê "aguaceiros, mais frequentes até ao final da manhã e pequena descida da temperatura mínima", revela Bruno Café do IM. Para terça-feira as previsões já apontam para chuva fraca e subida da temperatura.
Chuva que pode atenuar o problema da falta de água nas barragens, quando em alguns concelhos as reservas disponíveis dão apenas para uma semana. "Se não chover podemos ficar numa situação dramática. No concelho há apenas reservas de água para uma semana", avisa o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva. José Morgado lembra que "além da qualidade da água, que há muito está deteriorada devido ao abaixamento das reservas, há um problema de disponibilidade de água. Não há e teremos que rastrear o consumo e esperar que chova porque se isso não acontecer poderemos ficar numa má situação", conclui o autarca.
No Algarve, onde a Albufeira do Arade está a 38,5% da sua capacidade e nalguns concelhos durienses, como Moimenta da Beira, o panorama é semelhante. As albufeiras do Arade, no Algarve, e do Lima, no Minho, estão abaixo dos 40%, mas no último dia do mês de Setembro e comparativamente ao último dia do mês anterior "verificou-se uma descida no volume armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas", afirma o relatório da monitorização feita pelo Instituto da Água.
Fonte: DN
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