Foi um dos protagonistas do Movimento dos Capitães que instaurou a Democracia em Portugal no dia 25 de Abril de 1974. E foi o convidado de honra das comemorações do Dia da Liberdade em Moimenta da Beira, promovidas pela autarquia. Diamantino Gertrudes da Silva, capitão de Abril (hoje coronel) natural de Alvite, desfiou memórias e revisitou a história.
Começou assim: “Vou falar do momento mais exaltante da minha vida”. E falou cerca de uma hora, sempre empolgado, às vezes arrebatado, com a plateia atenta aos instantes, atenta aos pormenores.
“A revolução dos capitães começou por ser corporativa? Admito que sim, mas rapidamente transformou-se em patriótica, em desígnio nacional”, lembrou o ex-capitão de Abril. “E os três D de Democracia, Descolonização e Desenvolvimento, cumpriram-se na íntegra? Provavelmente não”, admitiu também.
Recordou a marcha na madrugada de 25 de Abril, de Viseu à Figueira da Foz e daqui ao Forte de Peniche e finalmente Lisboa. “Eu ia à frente, num carro à civil, atrás vinham quatro viaturas do exército e uma ambulância, todas cheias de militares que se ofereceram para participar na marcha histórica”. E prosseguiu, prosseguiu sempre de recordação em recordação, de instante em instante...
Outros dois deputados municipais pronunciaram-se também: António Reis, da bancada do CDS-PP, e José Agostinho Correia, do PSD, ex-presidente da autarquia.
A cerimónia abriu com o presidente da Assembleia Municipal, Alcides Sarmento, e encerrou com a intervenção do chefe do executivo, José Eduardo Ferreira, com um discurso de elogio às conquistas de Abril de 1974. “Nunca em nenhum outro período da história Portugal progrediu tanto”, lembrou.
Fonte: CM Moimenta da Beira
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