Concelho de Moimenta da Beira
Curiosidades históricas
Curiosidades históricas
Altar e imagem de São Francisco, com painel pintado representando um
mouro armado de alfange e dois mártires franciscanos
Sabia
que:
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Durante a Época Moderna, o actual território
do município de Moimenta da Beira esteve repartido administrativamente em oito
concelhos, ficando definido apenas em 1896.
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O Convento de Nossa Senhora da Purificação
possuía uma torre, a qual foi mandada demolir em 1858 por Julião Sarmento, na altura
vice-presidente da Câmara Municipal.
·
A Capela de São Pedro, a antiga Matriz de
Moimenta que esteve originalmente junto ao cemitério da aldeia de Fornos,
perdeu um altar renascentista e pinturas de grande valor.
·
Na segunda metade do século XIX, pela mão da
firma Francisco Cabral Pais e Filhos Lda., Vila da Rua foi sede de um banco que
serviu a economia da região e teve uma Fábrica de Fiação que empregou mais de
vinte operários tecnicamente instruídos. As suas sedas eram de tal qualidade
que chegaram a obter menções honrosas em exposições de Lisboa, Porto, Londres e
Paris.
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Até aos princípios do século XX realizou-se
na Vila da Rua uma das feiras mais antigas da região: a feira de São João.
Outras perduraram no concelho até depois de 1950: Alvite teve feira de gado e
indústrias nas segundas terças-feiras de cada mês; Leomil teve feira mensal e a
feira anual de São Tiago; em Pera fez-se a feira de gado e de cereais no
primeiro domingo de cada mês; e Moimenta da Beira teve duas feiras por mês,
sendo uma no terceiro domingo e outra na primeira segunda-feira. Contestadas as
feiras do domingo, a vila passou a ter feira de quinze em quinze dias à
segunda-feira.
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Perto do Largo do Tabolado, outrora
denominado por Praça D. Pedro V, entre a Casa de D. Claudina Carvalhais (actual
Edifício dos Paços do Concelho) e o muro da Feira que lhe ficava à retaguarda,
havia ainda espaço no ano de 1904 para o Curro de Touradas que lá se fizeram.
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O edifício que hoje acolhe a Biblioteca
Municipal, em homenagem ao insigne escritor que viveu em Soutosa, foi legado à
Câmara por testamento de D. Carolina Cândida Guedes Osório de Gouvea e
Vasconcelos (última descendente da família fundadora), em 1923 (dois anos antes
de falecer), com a intenção de aí se fazer um hospital ou uma escola.
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A bonita fonte que se descobre perto da
Igreja de São Pelágio (Matriz de Rua) proveio do espaço contíguo à Casa dos
Frades do Convento de São Francisco, do qual, após ter sido encerrado, pouco ou
nada restou, além da Igreja e respectiva Casa que se encontram a cair. Entre os
vários descaminhos, sabe-se que o barbeiro de Vide levou livros para limpar a
navalha com que barbeava os seus fregueses; os principais altares foram parar
às igrejas de Caria e de Várzea da Serra, onde aprimoradamente ainda se
encontram; e as imagens[1] de
São Francisco (ver imagem), de Nossa Senhora dos Remédios e um painel pintado
em madeira, representando São João Baptista, podem ser vistos em muito bom
estado na Capela de Nossa Senhora do Carmo, em Toitam.
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Publicado no Jornal Beirão (100.ª edição)
[1] As
duas imagens medem cerca de 1,70m de altura.
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