terça-feira, 16 de julho de 2013

«Arqueologia» - Baldos




De Baldos[1], sabe-se sobretudo que administrativamente, antes de integrar o município de Moimenta da Beira [2], esteve sob o domínio da Honra de Caria e depois do extenso território coutado a D. Garcia Rodrigues, com sede em Leomil, e que o património podia ser, no entanto, mais vasto se não tivessem destruído, nomeadamente duas cistas[3] situadas perto da Igreja de São Sebastião, uma fonte de mergulho que foi transformada em fonte de cano de ferro e vários fornos de telha de que restam apenas vestígios.

Os templos que se seguem são os seus principais monumentos.

Igreja em honra do padroeiro da freguesia, São Sebastião (um dos primeiros mártires cristãos)
Situa-se no centro da povoação, circundada por um pequeno adro murado de pedra granítica, onde se pode observar um marco da Universidade de Coimbra[4]. No interior merece especial atenção a imagem de Santa Maria Goretti, considerada a mais antiga da região.

Capela do Senhor da Agonia
Localização: Rua D. Manuel de Jesus Pereira.
Antes da sua edificação, já existia no local uma cruz de madeira, em forma de cruzeiro, com a imagem de Cristo pregado.


Publicado no Jornal Beirão (106.ª edição)



[1] O topónimo Baldos parece relacionar-se com um nome próprio de proveniência germânica.
[2]  Foi, no ano de 1834, uma das primeiras povoações a fazer parte do município moimentense.
[3] São mencionadas na Revista Beira Alta de 1983 pelo Capitão Correia de Campos. De acordo com o respetivo registo, tratava-se de duas pequenas construções em pedra miúda, de base arredondada (1,50 m de diâmetro e 2,10 m de altura), com paredes aprumadas que terminavam superiormente numa falsa cúpula.
[4] Comprimento: 1,16 m x largura: 0,64 m.
Na freguesia são conhecidos mais dois marcos delimitadores das terras pertencentes a esta instituição: um na Rua D. Manuel de Jesus Pereira (altura: 0,56 m x largura: 0,40 m) e outro próximo da ribeira do Tedo no limite com a freguesia dos Arcozelos (altura: 0,65 m x largura: 0,40 m). Porém, ambos encontram-se fragmentados.

Autor: José Carlos Santos

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