A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Vila Nova de Paiva
insurgiu-se hoje contra a possibilidade de encerramento do serviço de
Finanças do concelho, que considera "imprescindível".
Em comunicado, a comissão lembra que "a última versão conhecida do
PREMAC (Plano de Redução e Melhoria da Administração Central) 2013"
aponta o serviço de Finanças de Vila Nova de Paiva como um dos que
deverá ser extinto.
O encerramento deste serviço de proximidade "significaria um rude
golpe para os cidadãos, as empresas e a economia local" de Vila Nova de
Paiva, alerta.
Segundo a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Vila Nova de
Paiva, no concelho existe "um fraco índice de utilização das novas
tecnologias e dos serviços 'on-line', sobretudo pela população idosa e
pelos mais carenciados".
Por outro lado, "entre o concelho de Vila Nova de Paiva e Moimenta da
Beira existe um serviço de transporte público manifestamente
insuficiente para as necessidades", acrescenta.
A comissão considera que esta proposta de encerramento "viola o
princípio constitucional dos serviços públicos do Estado junto dos
potenciais utentes".
"Esta medida visa apenas mais um corte cego de um serviço público
essencial, sem considerar os graves danos, transtornos e prejuízos que
vem causar às populações das freguesias do nosso concelho", sublinha.
A possibilidade de o Governo "encerrar outros serviços públicos
essenciais à qualidade de vida dos cidadãos" e a discussão, "à luz do
chamado memorando com a 'troika', sobre que concelhos vão desaparecer e
que concelhos vão permanecer" estão também a preocupar a Comissão de
Utentes dos Serviços Públicos de Vila Nova de Paiva.
Nas últimas semanas, também as comissões de utentes de Oliveira de
Frades e de Penalva do Castelo se mostraram contra a extinção dos
serviços de finanças dos seus concelhos.
No distrito de Viseu, podem vir a encerrar 17 das 24 repartições de
Finanças, ficando apenas abertas as de Viseu, Tondela, Moimenta da
Beira, Lamego, Mangualde, S. Pedro do Sul e Vouzela.
Fonte: Lusa
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