As
bravas e profundas águas do Rio Paiva, que nasce na freguesia de
Peravelha, concelho de Moimenta da Beira, podem esconder um importante
tesouro arqueológico, que vários pesquisadores têm vindo a investigar.
A
revista “Humanitas” editada pelo Instituto de Estudos Clássicos da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, publicou no seu volume
LXVI (2014) um artigo de Nair de Nazaré Castro Soares, onde é abordada a
questão da existência de uma ponte romana submersa no Rio Paiva, que
serviria de travessia no percurso entre Lamego e as cidades do litoral,
na região de Alvarenga/Arouca.
A
descoberta não aconteceu no espaço geográfico do município de Moimenta
da Beira, mas é importante porque se trata de um curso de água com a
nascente primeira no concelho.
O
artigo faz referência à descoberta de grandes blocos de granito,
submersos a sete metros de profundidade, em Janarde (Arouca), ligados
por vestígios de metal encastrado, que se supõe serem as fundações de
uma ponte que ligava os lugares de Louredo e Janarde. A descoberta foi
feita ocasionalmente pelo Hélio Mário de Castro Pereira através da
realização de prática desportiva de “mergulho de apneia”.
O
facto da existência de referências históricas a vias romanas que
cruzavam a região, e a inexistência de granito naquela zona, fazem com
que alguns investigadores não tenham dúvidas que os vestígios
encontrados são as ruínas da antiga ponte romana sobre o Rio Paiva,
facto que terá que ser avaliado e confirmado pela realização de estudos
de pormenor.
O
Paiva, que desagua Douro, em Castelo de Paiva, foi considerado, ainda
não há muitos anos, o rio menos poluído da Europa, e ainda hoje é local
de desova de trutas. Está classificado como Sítio de Importância
Comunitária na Rede Natura 2000.
Fonte: CMMB
Fonte: CMMB
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