Também se registam "grandes prejuízos" em três explorações de mirtilos do concelho, que, além do fruto destruído, têm as infraestruturas danificadas, acrescentou.
A estimativa dos prejuízos surge depois de uma reunião que decorreu na quinta-feira, em que estiveram presentes os presidentes das câmaras municipais de Lamego, Resende, Tarouca e Moimenta da Beira, bem como "bastantes agricultores".
"Ficámos sem cerejas, sem maçãs e sem pêras", notou Sandra Luís, ela própria produtora, que normalmente colhia 15 toneladas de cereja e ficou praticamente "sem nada".
As explorações, sublinhou, "ficaram gravemente afetadas", principalmente na zona este do concelho, estando "comprometida a produção deste ano e do próximo ano".
Depois de uma colheita fraca das variedades mais precoces da cereja, no início de junho, face à chuva, a colheita das restantes variedades ainda não tinha sido realizada, nem das maçãs ou das pêras, informou.
Além de os frutos terem ficado destruídos, "os ramos que tinham gomos que iam dar fruto no próximo ano foram destruídos", vincou, antevendo um grande impacto também para o próximo ano.
"Quem tem seguros de colheitas vai ser indemnizado, só que o dinheiro que vai receber da indemnização representa 40% do prejuízo real", constatou Sandra Luís.
Para a técnica da APAVDouro, "são necessárias medidas de apoio pelo Governo".
"A economia da região vai ficar em cheque. Já está em cheque e vai tornar-se insustentável, num território em que o setor predominante é o primário", vincou, considerando que deveria ser declarada calamidade pública.
Fonte: sapo.pt
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