A Associação de Futebol de Viseu (AFV) está a promover, com
o apoio de escolas e autarquias do distrito, o 'Há Bola na Escola', um projeto
pioneiro de promoção e desenvolvimento do futebol e futsal.
"A ideia nasceu há cerca de dois anos", recorda
José Alberto Ferreira, presidente da AFV, que vê neste projeto "um
processo de socialização das crianças e uma forma de evitar que cresçam
agarradas aos telemóveis e aos 'tablets'" e "para que adotem estilos
de vida saudáveis e com prática de atividade física".
O 'Há Bola na Escola' começou em Vouzela, e está também
implementado nos concelhos de Tabuaço, Oliveira de Frades, Vila Nova de Paiva,
Moimenta da Beira e também Tondela, onde o acordo foi assinado no dia de hoje,
mas o objetivo passa pela sua implementação nos 24 concelhos do distrito de
Viseu.
"Estamos já a levar o futebol e o futsal a cerca de
2.000 crianças", adianta José Alberto Ferreira, destacando "a
recetividade que temos encontrado por parte das autarquias, e dos agrupamentos
de escolas" e recordando que "este projeto só assim faria
sentido", porque é "um primeiro contacto com as modalidades por parte
de crianças ainda muito pequenas, a partir dos quatro anos".
José Alberto Ferreira adianta que o programa "já está a
dar frutos" e o número de atletas federados nos concelhos, onde já decorre
o 'Há Bola na Escola', tem aumentado, destacando "a entrada nos clubes,
principalmente de meninas para jogarem futebol e futsal".
"Em concelhos que sofrem com a interioridade e a baixa
de natalidade e de densidade populacional, este tipo de programas será
fundamental para aumentar o campo de recrutamento de atletas", considera o
presidente da AFV.
O líder associativo disse ainda que o projeto está "a
ser seguido de perto por parte dos responsáveis da Federação Portuguesa de
Futebol, e em especial pelo diretor técnico nacional, José Couceiro",
estando em cima da mesa a possibilidade de vir a ser implementado em outras
associações de futebol do país, "em particular nas mais interiores e mais
afastadas dos grandes centros populacionais".
Fonte: Diário de Notícias
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