O Tribunal da Relação de Lisboa mandou libertar o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), Luís Vieira, no processo do roubo de armas do quartel de Tancos. A notícia é avançada pelo jornal Expresso.
Luís Vieira, natural de Moimenta da Beira, estava em prisão preventiva desde setembro do ano passado após ter sido detido pela Polícia Judiciária (PJ). O Expresso relata que o ex-responsável saiu esta quarta-feira (13 de fevereiro) da prisão de Tomar e ficou com termo de identidade e residência.
A decisão dos juízes veio depois de a defesa de Luís Vieira ter apresentado um recurso para a sua libertação. Os advogados contestaram a junção dos processos-crime do Ministério Público que investigam o roubo e o aparecimento do armamento militar, decretada no final do ano passado, alegando que havia crimes “estritamente militares” que devem ser investigados pela PJM.
O coronel foi um dos visados na investigação relacionada com o aparecimento de armas roubadas de Tancos, desencadeada pela PJ. Em causa no processo estão factos suscetíveis dos crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas.
O furto de material de guerra foi detetado pelo exército a 28 de junho de 2017 e o reaparecimento das armas, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, foi revelado quatro meses depois (18 de outubro) pela PJM, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Na altura, a PJM indicou que o material recuperado já se encontrava nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército.
Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
Fonte: Jornal do Centro
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