Primeiro, foi a apresentação do livro “Convento de S. Francisco de Caria”, de Arnaldo Pinto Cardoso, sacerdote, monsenhor; depois, o colóquio “Potencialidades de Desenvolvimento da nossa terra”, eventos integrados na Semana Cultural da Escola Profissional de Moimenta da Beira.
No primeiro, a 4 de Abril, estiveram sentados à mesa, além do autor, do apresentador, Jaime Ricardo Gouveia, e do vice-presidente da Câmara, Francisco Cardia, Zita Seabra, a antiga dirigente e deputada comunista, atualmente presidente e directora editorial da Alêtheia Editores, que publicou o livro de Arnaldo Pinto Cardoso.
No segundo, a 5 de Abril, sentaram-se o Juiz Conselheiro Armando Leandro, a Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves, o Presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira, e o jornalista Amadeu Araújo, que moderou o colóquio, seguido de debate, debate inevitavelmente centrado na agricultura, nas debilidades territoriais e na crise demográfica. “Há menos incentivos financeiros porque há menos gente. Há menos empresas porque há menos trabalhadores. É preciso acabar com este ciclo vicioso”, reivindicou o autarca, apreensivo com a construção das duas barragens de regadio (que reivindica há anos) para as quais não está ainda assegurado financiamento público. “Não pode ir tudo para o Alqueva”, protestou José Eduardo Ferreira, mesmo depois de ter recebido da Diretora Regional juras de empenho pessoal para que as barragens avancem. “Acredito que haverá novidades brevemente”, vaticinou a dirigente num tom de esperança mantido depois por Armando Leandro, apesar deste alertar para a existência de políticas desiguais e para os índices de pobreza. “1/5 da população portuguesa vive com 220 euros por mês e outro 1/5 com 420”, denunciou o Juiz Conselheiro que é considerado, unanimemente, uma das maiores autoridades mundiais em matéria de direitos das crianças.
Fonte: CMMB
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