quarta-feira, 5 de junho de 2019

«Notícia» - CDS-PP quer que Governo concretize Itinerário Complementar 26

Através de um projeto de resolução que tem como primeiro subscritor o deputado Hélder Amaral (eleito pelo círculo de Viseu), o partido quer que a Assembleia da República recomende ao Governo que avance com os procedimentos legais, tal como está perspetivado no Plano Rodoviário Nacional e nos Estudos de Avaliação da Rede Rodoviária Nacional.


"Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tarouca são concelhos do interior de Portugal que não têm acesso a um único quilómetro de autoestrada", argumenta o CDS-PP, em comunicado.

Na sua opinião estas são terras que, "não merecendo uma autoestrada, merecem acessibilidades que possam dar competitividade às empresas resilientes que ali decidem manter-se".

Por outro lado, segundo o partido, "dada a distância às grandes vias rodoviárias e a inexistência de serviços oncológicos nas proximidades", os doentes destes concelhos são expostos ao cansaço, o que prejudica a sua recuperação.

"Nestes concelhos, as pessoas sentem-se esquecidas e as empresas não sentem qualquer dos efeitos das 160 medidas que o Governo garantiu que serviriam para aproximar o interior do litoral", lamenta.

Neste âmbito, o CDS-PP considera que "avançar com o IC26 é uma questão de justiça" para com estas populações.

"Com uma rede de transportes mínima, que não reponde às necessidades da população, torna-se essencial garantir que estas pessoas têm como se deslocar para os centros de serviços tão necessários para várias questões do dia-a-dia", acrescenta.

O partido explica que esta região, que "aposta fortemente em setores como a agricultura, a agroindústria, a indústria extrativa, a construção civil ou a metalomecânica, necessita de vias que permitam o trânsito de camiões pesados que garantem o fornecimento e o envio de produtos de grande dimensão fundamentais para a economia local".

As vias que existem, como não foram dimensionadas para estes volumes de transporte, "começam a ficar degradas, deixando de oferecer patamares mínimos de segurança a quem tem de circular na estrada", alerta.

De acordo com o CDS-PP, faltam intervenções de manutenção para, por exemplo, garantir "uma circulação segura sempre que há geadas ou nevoeiro", numa região com "nevões e especificidades climatéricas que justificam a existência de uma estrada" com, "no mínimo, os limites da estrada pintados de forma a que os condutores possam ver por onde devem circular".

"As promessas feitas à população, que aguarda com expectativa pelo dia em que se aproxima dos centros logísticos mais próximos, têm mais de 20 anos", lamenta.

Com a concretização do IC26, as empresas ficariam "com uma situação geoestratégica fundamental para o futuro, dado que a mobilidade entre o Porto de Leixões e a A25 (autoestrada que liga à fronteira de Vilar Formoso) permite que as empresas sonhem com mais competitividade", acrescenta.

O CDS-PP considera que, "numa região onde não existe ferrovia e onde falta emprego para poder inverter a tendência demográfica, o mínimo que se pode pedir é que se invista nas acessibilidades, de forma a devolver alguma dignidade a estes portugueses".


Fonte: Diário Notícias

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