São quase dois mil milhões de litros de água que se desperdiçam e que, no momento de seca que se vive atualmente, seriam preciosos. Segundo as contas do jornal Expresso, que consultou os dados da Entidade Reguladora do Serviço de Águas e Resíduos, em Portugal são captados cerca de 8,2 mil milhões de litros de água para consumo humano, mas apenas 1,94 mil milhões chegam às torneiras dos portugueses. De fora das contas ficaram os 35% das perdas na agricultura, que consome cerca de 70% da água captada no país.
Em declarações ao semanário, Jaime Melo Baptista, atual presidente da Lisbon International Center For Water, afirma que a água que se perde nas condutas dava para abastecer cerca de um milhão de portugueses, ou dois milhões, num cenário em que nada se perdesse, cenário esse que o especialista em recursos hídricos considera "utópico". Para Jaime Melo Baptista, um quadro real aponta para perdas na ordem dos 15%.
De acordo com o regulador dos serviços de águas, em média, perdem-se 125 litros por ramal, por dia, nos sistemas urbanos, quando não se deviam perder mais de cem.
Entre os municípios onde se perde mais água estão Loures e Odivelas, Anadia e São Brás de Alportel, com cerca de 400 litros por ramal, por dia, Terras de Bouro, Moimenta da Beira ou Macedo de Cavaleiros, com perdas superiores a 370 litros, e Lagos, um dos municípios em situação crítica, com perdas acima dos 245 litros.
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