sexta-feira, 28 de agosto de 2009

«Distrito» - PS e PSD gastam mais na campanha em Viseu do que o CDS/PP no distrito

O PS e o PSD são os dois partidos que mais dinheiro vão gastar na campanha para as Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, no distrito de Viseu. A título de exemplo, estes dois partidos, só no concelho de Viseu, vão gastar mais do que o CDS/PP tem previsto para os 17 concelhos onde vai apresentar candidaturas sem ser em coligação

Nas contas para a campanha das autárquicas, e de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Constitucional, o PSD vai gastar cerca de 1.600 mil euros menos 100 mil que o PS que tem para gastar 1.700 euros. A CDU prevê gastos na ordem dos 290 mil euros, enquanto que o CDS/PP fica pelos 131 mil, a dividir pelos 17 concelhos onde apresenta candidaturas. Os mais poupados são o Bloco de Esquerda que apresenta-se a votos em sete concelhos e vai gastar 13 mil euros.
Para os quatro concelhos onde o PSD concorre coligado com o CDS/PP (Lamego, Moimenta da Beira, Nelas e Penalva do Castelo) o valor para a campanha é de 335 mil euros.

No concelho
de Viseu...
A candidatura de Fernando Ruas é aquela que mais vai gastar. São 191 mil euros para brindes, cartazes, estruturas, comícios, propaganda, etc… contra os 136 mil que foram dotados à campanha de Miguel Ginestal (PS). Francisco Mendes da Silva (CDS/PP) pode contar com 9.600 euros, enquanto que Helena Sarabanda (CDU) com 25 mil. Maria Graça Pinto (BE) tem para a sua candidatura 4. 350 euros.

... e no distrito
Se Viseu é o concelho onde a campanha é mais cara, outros municípios há em que as apostas são grandes. É o caso do Sátão, onde o CDS/PP pretende gastar cerca de 37 mil euros com a candidatura de Paulo Mendes. Os "populares" apostam ainda em Cinfães (10.421) e Vila Nova de Paiva (11.171). os candidatos são, respectivamente, Paulo Mendes e André Silva.
Já o PSD optou por gastar valores iguais, cerca de 95 mil euros, em 10 dos concelhos e 48 mil nos restantes nove.
O PS, além de Viseu, pretende fazer uma campanha forte em Vouzela (o candidato é Viriato Garcez), Mortágua e Resende (para e reeleição de Afonso Abrantes e António Borges) e S. Pedro do Sul (José Carlos Almeida).
Lamego, Nelas, Resende e Santa Comba Dão são os quatro municípios onde a CDU mais vai investir na campanha.
Os mais poupadinhos são o BE que quer só gastar 600 euros em Oliveira de Frades e em Vouzela.

De onde vem o dinheiro
e onde se gasta
Os maiores gastos do orçamento do PS para a campanha autárquica vai para os estudos de mercado e agências de comunicação. Já o PSD aposta em estruturas, cartazes e telas, direccionado um valor mais baixo do "bolo" para os comícios e espectáculos. A propaganda, brindes e ofertas também têm peso no orçamento dos partidos.
A CDU, como habitualmente, não vai gastar um cêntimo em agências de comunicação
A nível nacional, O PS prevê gastar 30,5 milhões de euros na campanha das autárquicas, mas estima receber do Estado 20,7 milhões, enquanto que o PSD espera 8,6 milhões de subvenção num orçamento global de 21,9 milhões.
De acordo com os orçamentos de campanha entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), só o conjunto dos partidos com assento parlamentar mais a CDU (PCP/PEV/ID) estimam gastar mais de 66,1 milhões de euros.
Depois da CDU (PCP/PEV/ID), que conta gastar 10,2 milhões de euros nas autárquicas, os orçamentos mais baixos são os do BE e do CDS-PP, ambos estimando gastar cerca de 1,9 milhões de euros.
As três eleições de 2009 - europeias, legislativas e autárquicas - vão custar ao erário público cerca de 70,5 milhões de euros, sendo que as autárquicas são as que mais pesam ao Estado, que atribui aos partidos políticos, coligações e grupos de cidadãos eleitores uma subvenção para cobrir as despesas com as campanhas dos 308 concelhos, com limites que variam de acordo com o número de eleitores.
Poderão requerer a subvenção se concorrerem simultaneamente à câmara e assembleia municipal e se elegerem pelo menos um elemento ou tiverem no mínimo 2 por cento dos votos em cada sufrágio.
Do bolo total, 25 por cento são igualmente distribuídos e os restantes 75 por cento são distribuídos na proporção dos resultados eleitorais obtidos para a Assembleia Municipal.

Fonte: DiáriodeViseu

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