Segundo o redactor da descrição setecentista acerca desta freguesia redigida em 7 de Maio de 1758, Veríssimo Rebelo se chamava, a mesma contava com 99 habitantes. O cura da paróquia era escolhido anualmente pelo abade de Moimenta da Beira e ambas as localidades pagavam o dízimo à Universidade de Coimbra. A igreja do orago de S. Sebastião estava situada praticamente dentro da localidade. Os altares que esta albergava eram três, a saber: o do Santíssimo Sacramento, o do Menino Jesus e de N. Sra. do Rosário. Reza a descrição da igreja que a mesma não tinha naves nem era sede de nenhuma irmandade. Tinha, no entanto, algumas rendas que lhe eram confinadas: seis mil réis para a pensão do pároco, dois mil reis da renda de algumas casas, oitocentos mil réis para a doutrina, treze arráteis e meio de cera, vinte almudes de vinho, dois arráteis de sabão, vinte alqueires de centeio e outros vinte de trigo.
Situada num vale, a povoação de Baldos não tinha entre si beneficiados, conventos, hospital, misericórdia, correios, não tinha ermidas, nem tinha feiras. Pertencia à administração de Moimenta da Beira, o que equivale a dizer que estava adstrita à sua Câmara e à justiça própria, regida por um juiz de fora que realizava as audiências no Tribunal. Dela se descobria a povoação dos Arcozelos e de Aldeia de Nacomba.
No que toca às culturas dominantes, o redactor da aludida descrição, refere o centeio, o milho, o vinho, as castanhas, o azeite e alguns legumes. A água, esse bem vital desde que o mundo é mundo, é referenciada também pelo pároco descritor, quando este se refere à única fonte que a freguesia possuía no meio do povo, e que era utilizada para consumo caseiro e para a rega dos mimos de um mais que certo abundante granjeio.
1 comentário:
Muito bom!
Grande Abraço,
João Paulo
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