A autarquia moimentense espera ultrapassar em breve as dificuldades que existem na aquisição da Casa de Moimenta onde espera instalar o museu da presença judaica. O edifício, localizado na parte antiga da vila, pertence a vários proprietários.
“A Câmara já tomou a decisão há muito tempo de adquirir o imóvel, mas tem havido algumas dificuldades porque é pertença de muitos proprietários, alguns que estão incontactáveis. Questões de heranças... por isso ainda não foi possível concretrizar a aquisição, mas mantemos a mesma intenção”, realçou José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira.
A “Casa da Moimenta” ou a “Casa do Carrasco”, como também é conhecida, foi pensada para receber os “testemunhos e as marcas” da presença judaica de um concelho que já pertence à Rede de Judiarias de Portugal desde 2017.
De acordo com a autarquia, os sinais e as marcas da presença de judeus no concelho de Moimenta da Beira, “documentada desde o crepúsculo da Idade Média”, estão ainda hoje espalhados pelo concelho e são “muito significativos”. Uma presença “forte” que ficou na designação de “judeus” endereçado aos habitantes de Leomil, uma das maiores freguesias do concelho.
A “Casa da Moimenta” é uma habitação quinhentista, muito simples, feita de pedra, argamassa, madeira e telha. Conhecida como o “Carrasco” está ligada ao étimo monumentum que mais tarde originou a palavra Moimenta, que significa túmulos ou várias sepulturas.
Fonte: Jornal do Centro
Sem comentários:
Enviar um comentário