O grupo de cidadãos que dinamizou uma petição pela construção do IC26 entre Lamego e Trancoso, lançada no início do ano passado, vai ser ouvido esta quinta-feira (27 de junho) no Parlamento. A audição terá lugar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, a partir das 14h00.
Segundo os peticionários, a sessão terá como objetivo o esclarecimento dos deputados, que, posteriormente, podem apresentar projetos de resolução ou de lei sobre a estrada que serviria o norte do distrito de Viseu e juntaria os concelhos de Lamego, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e Trancoso.
A petição, que já conta com 1.135 assinaturas, exige ao Governo que avance com a construção do IC26, “como forma de quebrar o isolamento de vários municípios e de devolver competitividade às empresas que passariam a ter uma rápida ligação entre a A24 e o IP2”.
A requalificação da estrada que liga Lamego, Moimenta da Beira e Trancoso é uma reivindicação antiga dos residentes dos concelhos do norte do distrito de Viseu.
Cristiano Coelho, vereador do CDS na Câmara de Moimenta da Beira e o primeiro subscritor da petição, diz ao Jornal do Centro que espera uma reunião onde “consigamos sensibilizar todos os partidos com representação parlamentar”.
“A partir desta sensibilização, contamos que os partidos possam avançar com projetos próprios para propor ao Governo a edificação do IC26”, refere.
Os subscritores defendiam, no início, a requalificação total da via. Agora, Cristiano Coelho diz que a prioridade é o troço entre Lamego e Trancoso.
“Percebemos que o ex-ministro das Infraestruturas (Pedro Marques) disse que todo o IC26 teria um custo de 275 milhões de euros. Ora bem, conseguimos entender que algumas das regiões atravessadas por este itinerário tenham outras vias de acesso e entendemos que o percurso prioritário pudesse ser entre Lamego e Trancoso, a um custo inferior a metade do valor anunciado por Pedro Marques”, explica.
Já o presidente da autarquia moimentense, José Eduardo Ferreira, realça que o IC26 poderia resolver os problemas de competitividade das empresas da região. “O que pretendemos é que esta infraestrutura nos permita contribuir para o desenvolvimento do todo nacional, que está diminuído enquanto a construção não se verificar”, diz.
O autarca refere ainda que o IC26 devia estar inscrito no Programa Nacional de Investimentos.
Fonte: Jornal do Centro
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