É uma das rotas que une Salamanca a Santiago de Compostela e que atravessa o município de Moimenta da Beira, já com toda a sinalética colocada no seu percurso que, vindo do sul, do vizinho concelho de Sernancelhe, atravessa as freguesias de Vila da Rua, Moimenta da Beira, Leomil e Sarzedo, seguindo para norte.
A rota, porém, carece de um conhecimento mais alargado para que atuais e futuros peregrinos a possam usufruir em toda a sua plenitude. É por isso que, na próxima quarta-feira, 18 de dezembro, se realizará na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, em Moimenta da Beira, a partir das 17h30, uma ação de sensibilização por técnicos da CIM Douro e por Paulo Almeida Fernandes, o responsável pela implementação do Caminho de Torres nesta Zona Norte do País.
Paulo Almeida Fernandes é doutorado em História da Arte pela Universidade de Coimbra, mestre em Arte, Património e Restauro e foi relator da proposta para a inclusão dos Caminhos Portugueses de Peregrinação a Santiago de Compostela na lista indicativa de Património Mundial apresentada por Portugal em 2015. É ainda assessor científico do Programa de Valorização Cultural e Turística dos Caminhos de Santiago – Caminho de Torres.
O Caminho Torres foi idealizado em homenagem a Diego Torres, professor catedrático de Salamanca, que esteve exilado em Portugal e realizou este percurso no ano 1737, daí a denominação com o seu nome. A rota une Salamanca a Santiago de Compostela e tem cerca de 567 quilómetros que pode ser dividida por 23 etapas. Ao longo do percurso são percorridos caminhos ancestrais de Portugal e Espanha, atravessando cidades que fazem parte do Património Mundial da UNESCO.
Desde o século IX que peregrinos de todo o mundo, partindo dos locais mais longínquos, rumam a Santiago de Compostela, para venerar o apóstolo Tiago. Por razões de fé, motivações culturais ou apenas pelo desafio, muitos são os que decidem fazer o Caminho.
Fonte: CMMB
Sem comentários:
Enviar um comentário