Estaremos perto de um mundo elétrico? Há quem diga que sim e os últimos tempos parecem apostar na procura de metais mais leves. Já é comum ver carros elétricos a circular quase silenciosamente e a carregar num dos postos da cidade ou Uma transição energética em que o lítio é a peça chave. Na região de Viseu, já há empresas de prospecção e pesquisa mineira a querer arrancar com a exploração de lítio.
De acordo com os dados recolhidos pela MiningWatch Portugal, uma rede de monitorização independente, já se registaram pelo menos cinco requerimentos de atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de lítio, que se alastram a 17 concelhos do distrito de Viseu. Em Tabuaço e São João da Pesqueira já há contrato de concessão de exploração experimental de depósitos minerais.
Segundo o mapa do minério, há também uma área de 397,980 km2 denominada por “Guarda-Mangualde W”, que se expande pelos concelhos de Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo com pedidos de prospecção e exploração em via de atribuição por concurso público.
A empresa australiana Fortescue Metals Group Exploration Pty Ltd. é a responsável pela maioria dos requerimentos na região. A 16 de março de 2019, requereu uma área total de 426,097 km2 prospecção e pesquisa de lítio, além de ouro, prata, chumbo, zinco cobre, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais ferrosos e minerais metálicos associados. Denominada de “Portela”, a área abrange os concelhos de Viseu, Penalva do Castelo, Sátão, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva.
Na mesma data, seguiu-se o requerimento por uma área com cerca de 421,098 km2 denominada de “Cabecinhas” para a atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo, zinco cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais ferrosos e minerais metálicos associados. A ‘busca’ abrange os concelhos de Sátão, Sernancelhe, Aguiar da Beira e Penalva do Castelo.
A incluir os concelhos de Tondela, Vouzela, Viseu, Mangualde, Nelas e Carregal do Sal está o requerimento para exploração de lítio, ouro, prata, chumbo, zinco cobre, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais ferrosos e minerais metálicos associados, numa área denominada «Lobão».
A área “Castelo” com 260,947 km2 o requerimento da empresa australiana para a exploração de lítio e outros minerais chega a alcançar o concelho de São João da Pesqueira.
Por último, há outra zona designada de “Mua” com requerimento para atribuição de direitos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo, zinco cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais ferrosos e minerais meta?licos associados. A área total é de 479,640 km2 e envolve os concelhos de Lamego, Armamar, Resende, Tarouca.
Requerimentos após requerimentos, o que rende mais na indústria extrativa da região são os agregados, ou seja, materiais para construção que incidem nas areias e saibros, pedra britada calcária e pedra britada siliciosa. De acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em 2018, produziram-se 1 803 088 toneladas, seguindo-se as rochas ornamentais com 332 662 toneladas e os minerais industriais com 109 891.
Fonte: Jornal do Centro
Sem comentários:
Enviar um comentário