Com a chegada do verão, a escolha do destino de férias torna-se um verdadeiro desafio para muitas famílias, especialmente tendo em conta as normas de segurança impostas pela Direção-Geral de Saúde (DGS). Nos parques de campismo da região de Viseu, há quem veja as taxas de ocupação a subir e a chegar ao limite. Outros continuam a ver o parque vazio e sem campistas.
Percorremos alguns parques e passámos pelos concelhos de Lamego, Moimenta da Beira, São Pedro do Sul e Sátão. Em todos nos confirmaram o que, na verdade, já esperávamos: “está melhor do que no ano passado”.
Em direção a Carvalhais, em São Pedro do Sul, encontramos o Bioparque envolvido por um leve manto de vegetação. Ao Jornal do Centro, a coordenadora do parque, Inês Jesus, não deixou dúvidas: “em termos do parque de campismo, a ocupação é superior à do ano passado. Todos os dias tem sido mais, mesmo em julho. Agora, em agosto tem atingido a lotação máxima. Mas, não diria o mesmo em relação a 2018 ou 2019”.
O também conhecido por Parque Florestal do Pisão já começou novamente a ter colónias de férias e as atividades “são muito mais procuradas do que no ano passado”, além da piscina que enche todos os dias. Com uma lotação a rondar as 250 pessoas, o parque de campismo chega às 150 durante a semana e “ao fim de semana chegará às 200 pessoas”, adiantou a coordenadora.
Para os lados de Moimenta da Beira, no Parque de Campismo do Vilar - Barragem do Vilar, o número de campistas parece estar a aumentar. “Nas caravanas houve um aumento claro, no campismo está ela por ela em relação ao ano passado”, disse Cátia Matos, responsável do parque, ao Jornal do Centro.
Ainda assim, as pessoas tendem a “não gastar tanto dinheiro, o que tem impacto na nossa sustentabilidade” e, por isso, “não posso dizer que tenha sido um ano riquíssimo porque veio na sequência de dois encerramentos de uma pandemia que deixou graves buracos e acreditando nós que o sustento poderia vir do verão, posso dizer que não foi o caso”, lamentou.
Neste momento, o parque do Vilar “não está muito ocupado” e tem pelo menos dez pessoas alojadas, entre campismo e caravanas. A responsável não escondeu que as novas propostas do espaço atraíram mais campistas: “noto afluência de mais estrangeiros e apercebo-me de que pequenas apostas nossas surtiram efeito, nomeadamente, o facto de sermos pet friendly e de termos refeições vegan e isso fez diferença, por exemplo, tivemos pela primeira vez este ano turistas chineses e japoneses que nunca tínhamos tido”, avançou.
Em Sátão, no Camping Quinta Chave Grande, a taxa de ocupação é agora de 15 por cento, enquanto que no ano passado estava reduzida aos 5 por cento. Ao Jornal do Centro, Jorge Rocha, um dos sócios do parque, adiantou que apesar das pessoas estarem a regressar, a afluência “ainda longe do que era”. Numa realidade anterior à pandemia, o parque que conta com 80 lugares chegava a ultrapassar os 50 por cento de lotação.
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