“Estamos mais ou menos ao nível dos anos anteriores. A apanha vai começar na terça-feira e vai realizar-se durante quatro semanas. Estamos a contar com cerca de 850 a 900 toneladas de baga em toda a região que vamos receber na Regie Frutas, em Tarouca”, refere José Damião, dirigente da cooperativa que recebe e depois vende a baga.
O responsável aponta também para o problema da maturação do fruto que os produtores estão a verificar este ano. “O sabugueiro tem bagas que já estão maduras e outras que estão em maturação, mas também tem baga verde”, explica acrescentando que a seca e a falta de água têm feito com que as bagas ficassem bastante desidratadas. “Por isso, infelizmente, a quantidade vai ser inferior ao ano anterior porque há muito desidrato na própria baga”, diz.
Este ano, os produtores vão ter um trabalho redobrado porque, aponta José Damião, vão ter de passar “duas ou três vezes pelo mesmo pomar de sabugueiro para poder escolher” o fruto que será depois entregue ao cliente final.
A quebra de produção surge numa altura em que até há mais pessoas a apostar no sabugueiro. “Há mais pomares de bagas este ano. A baga já representa cerca de meio milhão de euros de receita para o produtor agrícola e, por isso, já tem um peso considerável na nossa região”, enaltece José Damião.
Só no ano passado, a Regie Frutas recebeu cerca de 1.170 toneladas de baga. A cooperativa de Tarouca faz a transformação da baga, que depois é vendida essencialmente para o estrangeiro.
“Recebemos a baga de forma normal, mesmo em caixa, e a seguir fazemos a transformação para mosto. Depois disso, fazemos a venda ao nosso cliente final. Cerca de 25 por cento ficará em território nacional e os outros 75 por cento são exportação para sair para a União Europeia”, explica José Damião.
Além de Tarouca, os concelhos de Moimenta da Beira, Armamar, Tabuaço e Lamego também produzem a baga do sabugueiro.
Fonte: Jornal do Centro
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