Nunca esteve de portas fechadas porque há meses não se fala de outra coisa: a segunda edição do Planalto – Festival das Artes, um projecto de arte, gente, território e pontes interinstitucionais criadas com amor, foi inaugurado oficialmente esta segunda-feira, 30 de agosto, em Moimenta da Beira, como um projeto cultural que veio para ficar, reforçar identidades coletivas, aproximar a população das suas tradições, preencher vazios culturais e fomentar a massa crítica.
O Presidente da Câmara Municipal, José Eduardo Ferreira, não hesitou em elogiar Luís André Sá, o diretor artístico do evento, pelo seu esforço e capacidade de liderança e desafiou outros territórios, a partir deste festival de Moimenta, a juntarem-se-lhe e a seguirem a sua “capacidade de sonhar”.
Se o Planalto terá resultados imediatos? Não, respondeu o autarca. “Mas é o princípio do que há-de ser”. Promissor já é. Um evento diversificado que traz 31 artistas de renome, das mais diversas áreas, dança, teatro, música, meditação, exposições permanentes, entre várias outras atividades, e conta com mais de quatro dezenas de locais envolvidos nas atividades. Mãos dadas com instituições, associações, jardins de infância, lares, todos a criar algo que os fez sentir parte de todo o processo.
Para a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, eventos como este são importantes na criação de novas centralidades, que vão de encontro aos novos investimentos para atrair gente para o interior. Surpreendida com a iniciativa, frisou que é premente combater a baixa densidade habitacional e que “esta articulação criará um roteiro,um museu a céu aberto em coabitação com a paisagem, humana e cultural”. O mesmo referiu Pedro Barbosa, da Direcão-Geral das Artes, que teceu algumas considerações sobre os benefícios da “descentralização cultural”.
Pedro Bruços, do Banco BPI/Fundación "la Caixa", importante patrocinador do Planalto, mencionou a “pedrada no charco” de iniciativas como esta e enumerou os projetos que esta entidade tem vindo a patrocinar no âmbito social.
O vice-presidente da Câmara Municipal, Francisco Cardia, agradado por esta aposta, sublinhou o impacto nacional que o Planalto começa a ter e recordou o início de Luís André Sá no “Teatro Persona”, onde dava já mostras do talento como artista.
Luís André, emocionado. Entusiasmado. Pronto. Acarinhado. Ou como referiu Pedro Pires, adjunto da Ministra da Cultura, “é muito bom quando não sabemos o que está para acontecer”. A arte, não isoladamente, mas feita com as populações, ajuda ao “empoderamento das comunidades”. E Luís saiu, empoderado, sempre humilde. Porque a magia começou.
Todo o programa do festival aqui.
Fonte: CMMB
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