Componentes da casca do pinheiro marítimo podem ser um substituto “muito eficiente” e ambientalmente adequado para o crómio na indústria dos curtumes, conclui uma investigação realizada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Os processos convencionais utilizam o crómio na indústria de curtumes, que produz grandes quantidades de efluentes e obrigam ao seu tratamento para minimizar o efeito poluidor. A investigação coordenada por Hermínio Sousa propõe uma alternativa capaz de resolver o problema ambiental.
“Os taninos vegetais obtidos a partir da casca de pinheiro foram já testados no curtimento de peles e revelaram serem mais eficientes do que os normalmente conseguidos pelos processos convencionais. Permitem, também, a substituição do crómio nestes processos industriais, evitando-se assim os problemas ambientais e toxicológicos associados”, explica o investigador.
Uma nota de imprensa da FCTUC refere que a casca do pinheiro marítimo é um resíduo extremamente abundante produzido pela indústria da madeira, frisando que este projecto de investigação contou com a parceria da empresa de Curtumes João B. Salgueiro Lda. e do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, de Alcanena.
Além daquela aplicação específica, “os extractos de casca de pinheiro apresentaram também resultados bastante promissores como compostos antioxidantes, no tratamento de águas residuais e na preparação de bioadesivos de base vegetal”, adianta Hermínio Sousa.
Na sequência dos bons resultados conseguidos, os investigadores estenderam já os seus estudos ao bagaço da baga de sabugueiro a aos resíduos do fruto da nogueira, igualmente subprodutos agrícolas e da indústria alimentar portuguesa.
Deles extraíram corantes naturais e compostos com elevado poder antioxidante, que estão a ser sujeitos a estudos complementares, em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e com a Cooperativa Agrícola do Vale do Varosa, em Tarouca.
Hermínio Sousa coordena uma equipa de investigadores da FCTUC que, em colaboração com cientistas e empresas de 11 países ibero-americanos, têm vindo a utilizar resíduos e subprodutos da indústria agro-alimentar no desenvolvimento de potenciais aplicações industriais inovadoras nas áreas da cosmética, farmacêutica, curtumes e tratamento de águas.
A partir de resíduos vegetais de baixo valor económico e “que, na maioria das vezes, constituem também um fardo ambiental importante” - acrescenta a mesma nota - ,“é possível obter compostos de elevado potencial e valor acrescentado, como, por exemplo, antioxidantes, antocianinas, corantes naturais e ainda taninos vegetais”.
“Usando tecnologias “verdes” e solventes seguros como o dióxido de carbono supercrítico, a água e o etanol, os produtos finais obtidos não contêm quaisquer resíduos de solventes orgânicos tóxicos ou perigosos, pelo que poderão ser vantajosamente usados na indústria alimentar, cosmética e farmacêutica”, conclui. (Fonte: ionline)
Os processos convencionais utilizam o crómio na indústria de curtumes, que produz grandes quantidades de efluentes e obrigam ao seu tratamento para minimizar o efeito poluidor. A investigação coordenada por Hermínio Sousa propõe uma alternativa capaz de resolver o problema ambiental.
“Os taninos vegetais obtidos a partir da casca de pinheiro foram já testados no curtimento de peles e revelaram serem mais eficientes do que os normalmente conseguidos pelos processos convencionais. Permitem, também, a substituição do crómio nestes processos industriais, evitando-se assim os problemas ambientais e toxicológicos associados”, explica o investigador.
Uma nota de imprensa da FCTUC refere que a casca do pinheiro marítimo é um resíduo extremamente abundante produzido pela indústria da madeira, frisando que este projecto de investigação contou com a parceria da empresa de Curtumes João B. Salgueiro Lda. e do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, de Alcanena.
Além daquela aplicação específica, “os extractos de casca de pinheiro apresentaram também resultados bastante promissores como compostos antioxidantes, no tratamento de águas residuais e na preparação de bioadesivos de base vegetal”, adianta Hermínio Sousa.
Na sequência dos bons resultados conseguidos, os investigadores estenderam já os seus estudos ao bagaço da baga de sabugueiro a aos resíduos do fruto da nogueira, igualmente subprodutos agrícolas e da indústria alimentar portuguesa.
Deles extraíram corantes naturais e compostos com elevado poder antioxidante, que estão a ser sujeitos a estudos complementares, em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e com a Cooperativa Agrícola do Vale do Varosa, em Tarouca.
Hermínio Sousa coordena uma equipa de investigadores da FCTUC que, em colaboração com cientistas e empresas de 11 países ibero-americanos, têm vindo a utilizar resíduos e subprodutos da indústria agro-alimentar no desenvolvimento de potenciais aplicações industriais inovadoras nas áreas da cosmética, farmacêutica, curtumes e tratamento de águas.
A partir de resíduos vegetais de baixo valor económico e “que, na maioria das vezes, constituem também um fardo ambiental importante” - acrescenta a mesma nota - ,“é possível obter compostos de elevado potencial e valor acrescentado, como, por exemplo, antioxidantes, antocianinas, corantes naturais e ainda taninos vegetais”.
“Usando tecnologias “verdes” e solventes seguros como o dióxido de carbono supercrítico, a água e o etanol, os produtos finais obtidos não contêm quaisquer resíduos de solventes orgânicos tóxicos ou perigosos, pelo que poderão ser vantajosamente usados na indústria alimentar, cosmética e farmacêutica”, conclui. (Fonte: ionline)
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