A
intempérie de chuva forte e granizo que afetou o Douro na semana passada
provocou prejuízos em mais de 400 hectares de vinha, pomares e hortas
de sete concelhos, disse fonte da Direção Regional de Agricultura do Norte.
Ao
final da tarde do dia 9 uma forte intempérie caiu sobre algumas
localidades do Douro, afetando algumas produções agrícolas e caminhos
rurais, provocando ainda a queda de alguns muros.
A Direção
Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) procedeu ao
levantamento dos estragos e, segundo o responsável pela instituição,
Manuel Cardoso, a área total afetada "é superior a 400 hectares",
sobretudo de vinha, mas também em plantações de maçãs, cerejas e
hortícolas.
O mau tempo afetou vinha sobretudo nos concelhos de
Alijó, Murça e Sabrosa, no Douro norte, e as restantes plantações no
Douro sul, em concelhos como Moimenta da Beira, Armamar, Sernancelhe e
Tarouca.
O diretor regional referiu que os estragos foram muito localizados, mas muito intensos nos sítios afetados.
"Temos vinhas com perdas de 80%, só que foram em zonas localizadas, por
exemplo em um hectare ou meio hectare", salientou. Manuel Cardoso disse
ainda que "muitos dos agricultores afetados adeririam aos seguros
coletivos". "Não estamos perante as situações totalmente dramáticas que
aconteceram há uns anos em que não havia um seguro", sustentou.
No entanto,
agricultores e autarcas reclamaram já apoios do Governo para colmatar os
prejuízos causados pelo mau tempo. Manuel Cardoso frisou que o
Ministério da Agricultura só vai tomar uma posição definitiva depois de
um relatório final que será feito dentro de alguns dias e de uma segunda
avaliação às parcelas afetadas.
Os deputados eleitos pelo círculo
eleitoral de Vila Real, Agostinho Santa e Ivo Oliveira visitaram hoje
algumas zonas afetadas dos concelhos de Sabrosa, Alijó e Murça.
O
deputado Agostinho Santa descreveu à Lusa um cenário de "vinhas
praticamente destruídas" e falou numa situação de emergência que
necessita da intervenção do Governo para ajudar os pequenos e médios
produtores, alguns dos quais não possuem seguro de colheita nem
capacidade financeira para fazer, agora, os tratamentos necessários na
vinha.
Por sua vez, Ivo Oliveira disse que o PS vai solicitar a
permissão de que o quantitativo de o "benefício" não preenchido este
ano, por falta de produção, possa ser acumulado com o da colheita do
próximo ano. O benefício é a quantidade de mosto que cada produtor pode
transformar em vinho do Porto.
A Câmara Municipal de Murça,
presidida pelo socialista José Maria Costa, estimou que, exclusivamente
em vinho, a intempérie provocou um prejuízo de meio milhão de euros" no
concelho.
Além
disso, acrescentou ainda estragos em "todas as restantes culturas
agrícolas, muros de suporte e caminhos agrícolas, ficando com largos
quilómetros totalmente intransitáveis".
Por sua vez, o município de Sabrosa, referiu que os "ventos fortes e a queda intensa de granizo fizeram com que vários hectares de vinha fossem afetados num período muito sensível do desenvolvimento da videira". Além da vinha, foram também atingidos alguns olivais, pomares e hortas.
A intempérie caiu sobretudo sobre a zona de Celeirós do Douro, que foi também afetada por uma tempestade de granizo em 2012.
Por sua vez, o município de Sabrosa, referiu que os "ventos fortes e a queda intensa de granizo fizeram com que vários hectares de vinha fossem afetados num período muito sensível do desenvolvimento da videira". Além da vinha, foram também atingidos alguns olivais, pomares e hortas.
A intempérie caiu sobretudo sobre a zona de Celeirós do Douro, que foi também afetada por uma tempestade de granizo em 2012.
Fonte: Dn.pt
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