“A situação está cada vez mais grave. As maçãs secam, estão a ficar amarelas, sofrem com a falta de humidade e não estão a crescer. O panorama é grave e a região vai ter uma quebra de 60 a 70 por cento”, diz o responsável pela cooperativa sediada em Moimenta da Beira.
Segundo o dirigente, várias maçãs têm tido problemas de conservação, o que coloca em causa a sua saída para o mercado, sendo que a fruta está a ficar “com pouca cor e mais virada para o amarelo”. “Estamos num momento mesmo mau. Pode ser que venha alguma coisa que altere isto”, acredita.
A situação agrava-se ainda mais com a situação na Barragem do Vilar, que está em baixo com uma capacidade de apenas 14 por cento. João Silva diz que os fruticultores ainda podem retirar água da albufeira para regar os pomares, mas não muita.
“Há contadores a marcar o volume de água, as águas estão mesmo longe e há produtores que tiveram de comprar motores mais potentes. A água está muito longe dos sítios onde as estruturas tinham as suas bombas e as suas máquinas”, refere.
Na produção de vinho, o cenário não é tão complicado, adianta o presidente da Cooperativa do Távora. “A parte mais alta está um pouco melhor, mas a mais baixa está pior. No vinho, estamos obviamente com alguma seca. Algumas variedades estão a ficar um pouco pior, mas o resto está a aguentar. Os próximos dias vão ser decisivos”, aponta.
Fonte: Jornal do Centro
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