sábado, 9 de janeiro de 2010

«Crónica-Arqueologia» - O significado do brasão

O brasão é um conjunto de armas representado em forma de escudo (a sua peça mais importante), em diversos formatos (ovais, ogivais, quadrados, etc.), alguns deles bastante esmerados, conforme a época e o local (entre outros factores). Na tradição medieval europeia (onde encontra a sua origem), simbolizou a coragem e bravura dos cavaleiros nos campos de batalha e nos diversos torneios.

Quando o seu uso se generalizou entre os membros da mesma linhagem, os brasões começaram a transmitir-se de pais para filhos, dando lugar à heráldica de família, reservada tradicionalmente às famílias nobres (como podemos observar na imagem 1). Ao mesmo tempo, a utilização destes símbolos estendeu-se à Igreja, dando lugar à heráldica eclesiástica.

Mais tarde, sobretudo a partir do século XX, assistimos ao aparecimento da heráldica cívica (dos municípios e do Estado), da heráldica corporativa (das corporações) e da heráldica aplicada a empresas e a entidades desportivas (como nos mostra a imagem 2).
No entanto, convém lembrar que, por exemplo, alguns dos actuais brasões municipais foram elaborados sem respeitar as regras estabelecidas na heráldica (ciência auxiliar da história que se ocupa do estudo e descrição dos brasões de armas, insígnias e símbolos representativos de indivíduos, famílias, grupos, instituições ou nações). Porque, para a elaboração de um brasão de armas, é fundamental que se obedeça às normas desta disciplina.


Com efeito, os municípios adoptaram ainda como símbolos, além do brasão, a bandeira (ver imagem 3), o hino e o selo, símbolos cívicos que representam a sua identidade, a sua história, as suas tradições, a sua arte, a sua religião, assim como a sua evolução política, administrativa e económica.
De uma forma resumida, o brasão tem representado, desde a sua origem, um ícone de status social.

Autor: José Carlos Santos

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