segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pedro Abrunhosa embaixador da maçã

É o primeiro embaixador e confrade de honra da Confraria Gastronómica da Maçã Portuguesa. Pedro Abrunhosa foi entronizado este sábado, 29 de Maio, em Moimenta da Beira, numa cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde o cantor e compositor jurou defender e promover a maçã portuguesa.

“Tentarei ser o melhor embaixador da maçã”, disse olhos nos olhos, ao Grão-Mestre da Confraria, Francisco Oliva Teles, durante a leitura de juramento e depois de ter recebido as insígnias de confrade honra.

No almoço tertúlia, que aconteceu depois, Abrunhosa revisitou o baú das memórias, do tempo em que, menino, todos os anos passava férias com os pais em Moimenta da Beira, companhia dos irmãos e das tias.

“Tínhamos aqui liberdade total para brincarmos na rua. Saímos de manhã e só voltávamos ao fim da tarde. O almoço era a maçã, a pêra, as uvas e as avelãs que apanhávamos pelos pomares por onde passávamos”, recordou.

“Não nasci em Moimenta da Beira mas sinto-me daqui, sinto-me moimentense”, assumiu Pedro Abrunhosa, que foi desafiado por alguns confrades a escrever e a cantar o hino em honra da maçã portuguesa. (Fonte - Texto e Imagem: www.cm-moimenta.pt )

Feira de artigos usados

Centenas de bens e artigos usados, doados solidariamente por gente anónima do concelho de Moimenta da Beira, vão ser vendidos, este fim-de-semana de 5 e 6 de Junho, na primeira Feira Social “SOS – Comunidade Solidária” organizada pela autarquia.

Vestuário, calçado, têxteis para o lar, artigos de decoração, mobiliário, entre outros artigos em segunda mão, estarão à venda em bancas ao ar livre na Praceta Comandante Requeijo, durante aqueles dois dias.

O evento tem como finalidade a criação do Banco de Bens e Serviços, já que a receita proveniente das vendas reverterá para esse fim. Outro dos objectivos pretendidos, passará pela sensibilização da comunidade local para as causas sociais, tendo em vista a erradicação da pobreza. Os artigos que não forem vendidos, serão acondicionados nas instalações do banco para depois serem entregues às famílias mais carenciadas do município.

Os comerciantes do concelho, esses já deram mostras de preocupação social ao aderirem à iniciativa. Trinca e cinco fizeram-no. Como? Dando descontos de 10, 15 e 20 por cento na venda do seus produtos e na prestação de serviços aos clientes que se apresentem com o “Cartão Solidário”, que a organização disponibiliza a todos os cidadãos que contribuírem com a doação de bens para a Feira Social. A organização acredita que o número de doadores pode chegar a uma centena e que a maioria não quererá qualquer percentagem sobre o valor da venda.

A feira tem também preocupações ambientais “porque ao incentivarmos o consumo de bens em 2ª mão, estamos a ajudar a reutilizar, minorando assim o consumismo desenfreado e o desperdício de recursos”, explica a organização.

PROGRAMA

Dia 05 de Junho
10H00: Abertura da Feira Social;
11H00: Animação Infantil;
15H00: Animação Infantil;
Workshop “Reutilizar para decorar”; (acção voluntária a desenvolver pela artesã Maria Julieta Ferreira)
20H00: Encerramento

Dia 06 de Junho
10H00: Abertura da Feira Social;
10H30: Animação Infantil;
Workshop “Recriar Têxteis”;
15H00: Animação Musical (acção voluntária a desenvolver pelo grupo musical “Os Caminhantes”);
Animação Infantil (acção voluntária a desenvolver pela School House e Mizar)
19H30: Encerramento (Fonte: www.cm-moimenta.pt )

CCDR-N arranca com iniciativa “Norte + Próximo” em Vila Real

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) realiza com a Comunidade Intermunicipal do Douro, hoje, dia 31 de Maio, na Biblioteca Municipal de Vila Real, o primeiro encontro da iniciativa “Norte + Próximo”.
O objectivo desta iniciativa e do seu ciclo de encontros é o de garantir um contacto regular e de proximidade com as comunidades intermunicipais da Região do Norte, que permita a troca de informações entre a presidência da CCDR-N, a gestão do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte), os presidentes de Câmara Municipal da Comunidade Intermunicipal e a sua estrutura de gestão.

Entre os interesses do encontro da próxima segunda-feira está a realização de um diagnóstico de curto e médio prazo sobre os principais desafios ou dificuldades de desenvolvimento local sentido pela Comunidade Intermunicipal, nomeadamente no âmbito do tema “Paisagem, Ambiente e Biodiversidade”, da aplicação do “Plano de Desenvolvimento Territorial do Douro” e da execução do ON.2 – O Novo Norte.

A Comunidade Intermunicipal do Douro é composta pelos municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Vila Nova de Foz Côa, Vila Real, Tabuaço, Tarouca e Torre de Moncorvo. (Fonte: NotíciasdeVilaReal)

«Segurança» - Fiscalização rodoviária em Moimenta da Beira

A GNR de Moimenta-da-Beira realizou uma operação fiscalização rodoviária, na madrugada do dia 30, e deteve cinco condutores. Os militares fiscalizaram, entre as 00:00 e as 04:00 horas, 141 condutores a além das cinco detenções (quatro por condução sob influência do álcool e uma por condução ilegal) levantou 32 autos de contra-ordenação.

Fonte: http://www.portalseguranca.gov.pt/

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Jornal Beirão «1ª Página» - 39ª Edição

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«Notícia» - Faltam ao emprego para trabalhar pela aldeia

Populares reparam caminhos sem cobrar um cêntimo

"Um por todos, todos por um", é a palavra de ordem em Sever, Moimenta da Beira, onde homens e máquinas estão a abrir e a reparar caminhos agrícolas, sem cobrar um cêntimo, em nome do bem comum. É o regresso às aldeias do trabalho em comunidade.

Chegam às oito da manhã, mangas arregaçadas para uma jornada que pode ir até ao sol posto, e passam horas a carregar, a espalhar e a calcar aterro em caminhos agrícolas onde mal passava um carro de bois. Não olham para o relógio. Apenas param, quando o dia vai a meio, para reconfortar o estômago por conta da Junta de Sever. No fim da jorna, a saudação é a única moeda de troca.

"O mínimo que podíamos fazer pela dezena e meia de homens que se juntaram neste desafio, era garantir-lhes o almoço. Até porque muitos deles faltaram ao trabalho para estarem aqui com os seus tractores. É um verdadeiro exemplo de cidadania", reconhece Marcelino Ramos Ferreira, presidente da autarquia.

Poupança de milhares de euros
A ideia de apelar à solidariedade dos cidadãos partiu do autarca de Sever e foi ditada pela escassez de recursos financeiros e pela urgência em criar condições nos acessos para o transporte da maçã.

"Reuni com o pessoal num sábado, e na segunda-feira seguinte já o grupo estava disponível", revela Marcelino Ferreira. Que voltou ontem, com todos os voluntários, para mais uma jornada de reparação e alargamento dos caminhos para os pomares. "Já temos transitáveis duas dezenas de quilómetros", regozija-se.

O autarca admite que se o serviço fosse pago, o investimento era incomportável para a junta.

"Contando que cada um dos 16 tractores custa 240 euros por dia, em dois, teríamos desembolsado cerca de oito mil euros. Sem contar as retroescavadoras da Junta e da Câmara e ainda a mão de obra", explica Marcelino Ferreira.

Outro factor de sucesso é a disponibilidade dos proprietários na cedência de terreno. "Sem essas faixas, não poderíamos, em alguns casos, avançar. Chegamos a deitar muros abaixo com o seu assentimento", enfatiza.

Os caminhos arranjados permitem que a fruta chegue sã às cooperativas. "Os atrelados podem transportar 14 palotes de maçã, cada um com 400 quilos, que se for entregue pisada sofre uma penalização de 10 a 15%", explica um dos homens que, como os demais, é produtor de maçã.

"Esta união de esforços fomenta o espírito de comunidade. O povo sabe que está a cuidar dos seus interesses e pode contar com os meios municipais", congratula-se José Eduardo, presidente da Câmara de Moimenta da Beira. Fonte:JN

quarta-feira, 26 de maio de 2010

«Divulgação» - 1º ANIVERSÁRIO DA UNISE

No dia 1 de Junho de 2010 a Universidade vai festejar o seu 1º Aniversário.

PROGRAMA:

10.00h-Inicio do Dia Mundial da Criança no Novo Pavilhão

10.30h-Largada de Balões

11.00h-Visita à Barragem do Vilar com as Universidades de Amadora,Oliveira de Azeméis e Lamego.

13.00h- Almoço no Hotel Verdeal

15.00h-Abertura da Exposição no Auditório Municipal Padre Bento da Guia.

15.h30h-Sessão Solene

16.30h-Actuação das Universidades no Auditório

17h.30-Desfile das Universidades pela Av.25 de Abril

18.00h-Lanche Convívio Fonte: http://unisemb.blogspot.com/

«Info» - Prémios "Novo Norte" anunciados amanhã

Empresas de sistemas avançados de monitorização, de design de mobiliário e de plásticos para motos e bicicletas integram a lista de 30 candidatos finalistas aos Prémios Novo Norte, cujos vencedores serão anunciados quinta feira no Porto.

Os prémios são atribuídos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Programa Operacional Regional do Norte (ON.2) e Jornal de Notícias em seis categorias: Norte Inovador, Norte Empreendedor, Norte Criativo, Norte Sustentável, Norte Inclusivo e Norte Civitas.

Na cerimónia, marcada para a Casa da Música, será atribuído também o prémio "Novo Norte - Boa Prática Regional do Ano", selecionado da lista dos vencedores das seis categorias.

O projeto vencedor receberá o apoio técnico, logístico e de comunicação da CCDR-N para se candidatar a prémios europeus, designadamente os promovidos pela União Europeia, como o "REGIO Stars" e o "European Entreprise Awards".

Fonte da CCDR-N disse à agência Lusa que foram recebidas nesta primeira edição 186 candidaturas, tendo sido admitidas 170, dado que as restantes não cumpriam os requisitos mínimos previstos no regulamento.

O júri do concurso selecionou 30 finalistas (www.ccdrn.pt/premios/nomeacoes), seis em cada categoria, entre os quais, para "Norte Empreendedor", um pólo de pós-produção de imagem e animação em três dimensões e um centro de genética clínica.

Uma unidade de turismo em espaço rural em Moimenta da Beira, um parque de negócios na Maia, a promoção turística e desportiva do Parque Nacional da Peneda-Gerês e dois projetos de preservação da paisagem, no Alto Douro Vinhateiro e em Ponte de Lima, são os nomeados na categoria "Norte Sustentável".

Os parques de ciência e tecnologia da Maia e da Universidade do Porto estão entre os nomeados para o "Norte Inovador", enquanto o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, o InSerralves e o Festival Black & White integram os escolhidos para "Norte Criativo".

Os nomeados para o "Norte Civitas" são projetos da Lipor, Associação de Municípios do Vale do Sousa e câmaras de Penafiel, Bragança e Vila do Conde.

A categoria "Norte Inclusivo" reúne projetos da Casa da Música, Fundação de Serralves, Escola de Engenharia da Universidade do Minho e municípios de Vila do Conde e Matosinhos.

De acordo com a fonte, os Prémios Novo Norte terão segunda edição em 2011. Fonte: wwww.Destak.pt

«Curiosidade» - Universidade de Salamanca apresenta rota alternativa ao Caminho de Santiago

Universidad Salamanca diseña ruta alternativa Camino de Santiago por Portugal

La Universidad de Salamanca trabaja desde hace unos meses en el diseño de una ruta alternativa al actual Camino de Santiago, que discurriría por la frontera salmantina, cruzaría Portugal por Almeida y Braga y llegaría a Santiago de Compostela, tras cruzar La Raya Tui.

Uno de los principales enclaves de esta ruta sería el municipio salmantino de Ciudad Rodrigo, según han explicado algunos responsables de la Universidad de Salamanca, que han presentado hoy públicamente el proyecto en el Ayuntamiento mirobrigense.

Esta iniciativa está basada en la ruta que eligió el que fuera catedrático y vicerrector de la Universidad de Salamanca, Diego Torres Villarroel, que realizó el Camino de Santiago desde Salamanca por Portugal, con el fin de cumplir una promesa.

El proyecto parte de la Asociación de Antiguos Estudiantes de la Universidad de Salamanca (ASUS) y su presidenta, Ángela Calvo, ha manifestado que, tras mantener contactos con las autoridades de los municipios portugueses por donde discurrirá, "la acogida ha sido muy buena".

La señalización estará concluida para finales del próximo mes de julio, según Luis Miguel Quintales, vocal de ASUS, "en la delimitación y colocación de las señales participarán estudiantes voluntarios de la Universidad de Salamanca".

Este mismo peregrinaje, que ya hiciera Villarroel en 1737, saldrá de la capital salmantina, surcando la Cañada Real de Extremadura hasta llegar a Ciudad Rodrigo, y tendrá 23 etapas con un total de 530 kilómetros.

En la zona fronteriza salmantina este Camino de Santiago llegaría hasta los pueblos rayanos de Gallegos de Argañán, La Alameda de Gardón y Aldea del Obispo, donde el caminante podrá llegar hasta el Real Fuerte de la Concepción, que separa España y Portugal.

En la zona salmantina de La Raya, dado que son pueblos repoblados por gallegos, existe una gran devoción a Santiago Apostol, como se pone de manifiesto en el nombre de las parroquias de Gallegos de Argañán y La Alameda de Gardón, donde sendos altares están presididos por el propios apóstol.

Las ciudades portuguesas por las que discurriría este camino de Santiago serían Almeida, Pinhel, Trancoso, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Mesao Frio, Lamego, Guimaraes, Braga, Ponte de Lima y Rubiaes. Fonte: http://www.abc.es/

«Info» - Pedro Abrunhosa em Moimenta

Pedro Abrunhosa vai estar este sábado, 29 de Maio, em Moimenta da Beira, para ser entronizado confrade de honra da Confraria Gastronómica da Maçã Portuguesa e receber o título de embaixador da maçã portuguesa.

A cerimónia terá no lugar às 13 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a que seguirá um almoço-tertúlia onde o cantor falará da sua ligação e apego a Moimenta da Beira, terra de adopção do pai Octávio, advogado no Porto.

A Confraria Gastronómica da Maçã Portuguesa foi fundada em Março de 2008. Entre os seus 15 membros fundadores, está a Associação de Fruticultores da Beira Távora, uma agremiação de apoio inestimável aos fruticultores da região, com sede em Moimenta da Beira.

Depois da realização de dois Capítulos (encontro de confrades), a Confraria conta já com 49 confrades nas suas fileiras. O terceiro Capítulo está marcado para 19 de Junho deste ano. Fonte: http://www.cm-moimenta.pt/

«Info» - Lamego e Tarouca reforçam exportação de baga de sabugueiro para a Alemanha

Uma delegação, constituída pelos presidentes das autarquias de Lamego e Tarouca, Francisco Lopes e Mário Ferreira, o Governador Civil de Viseu, Miguel Ginestal, e técnicos da Régiefrutas – Cooperativa Agrícola de Interesse Público Távora-Varosa, deslocou-se à Alemanha com o objectivo de reforçar o volume de exportações de baga de sabugueiro para este país e, deste modo, garantir o escoamento da totalidade da produção do Vale do Varosa. A comitiva portuguesa visitou o grupo alemão Dolher, importador de baga de sabugueiro desde há 40 anos e um dos maiores produtores de concentrados da Europa para a indústria alimentar, que elogiou a qualidade da baga duriense por conter um grau de brix muito acentuado.

Neste momento, a Alemanha já é o principal destino de exportações desta espécie, cada vez mais utilizada na indústria agro-alimentar. Francisco Lopes e Mário Ferreira mostram-se confiantes com os proveitos económicos que podem resultar desta visita: “A cultura da baga de sabugueiro tem um enorme potencial. Assume-se como um forte complemento e até alternativa às culturas tradicionais da nossa região, como é o caso dos pomares e da vinha. No mercado europeu, há uma enorme concorrência para atrair como clientes empresas transformadoras desta espécie, mas penso que conseguimos estabilizar e consolidar as relações comerciais com o grupo Dolher”.

Recorde-se que, desde o início do ano, os agricultores da região Távora-Varosa já têm à sua disposição uma moderna unidade de transformação de baga de sabugueiro, um investimento que ascendeu a cerca de 3 milhões de euros, apetrechada com equipamento de frio que permite que este produto, colhido nos meses de Agosto e Setembro, seja processado e armazenado em condições adequadas com vista à sua exportação.

Situada na freguesia de Dalvares, Tarouca, as novas instalações integram a Régiefrutas – Cooperativa Agrícola de Interesse Público Távora-Varosa, da qual fazem parte os municípios de Lamego e Tarouca como sócios fundadores, detendo em conjunto 25 por cento do capital.

A criação da Régiefrutas visou dar um novo impulso ao sector agrícola, com a dinamização de produtos regionais, em particular a baga de sabugueiro, integrando um plano mais amplo de desenvolvimento estratégico da região. Vocacionada sobretudo para a exportação, a construção da unidade de transformação da baga de sabugueiro na região do Douro é, na opinião de Miguel Ginestal “de primordial importância para os nossos agricultores, sendo um bom exemplo da sua capacidade empreendedora e da colaboração profícua entre diferentes autarquias”. O Governador Civil de Viseu sublinha ainda que a participação pública na criação deste equipamento está devidamente alicerçada, em termos de viabilidade económico-financeira, o qual contou com financiamento comunitário.

Para além dos Municípios de Lamego e Tarouca, prevê-se que em breve as autarquias de Moimenta da Beira e Tabuaço passem a integrar esta cooperativa, da qual também faz parte a Organização de Produtores Agrícolas do Varosa. Fonte: www.metronews.com.pt

terça-feira, 25 de maio de 2010

«Info» - Uma geminação com S. Tomé


O presidente da Câmara de Moimenta da Beira desafiou o cônsul de S. Tomé e Príncipe para a região Centro de Portugal, José Diogo, a estudar a possibilidade de se estabelecer uma geminação do município moimentense com um seu congénere daquele país africano.

O convite foi lançado durante o lançamento de um livro de poemas de António Bondoso, sobre aquela antiga colónia portuguesa, que decorreu este sábado, 22 de Maio, na Biblioteca Municipal da vila.

“Vamos estudar os dois em que áreas da cooperação podemos e devemos apostar”, disse José Eduardo Ferreira. O autarca lembrou a presença naquele arquipélago de várias gerações de moimentenses, durante quase todo o século XX, para justificar uma geminação “que pode frutificar em diversas áreas”.

O cônsul aceitou o desafio e prometeu encontros bilaterais. “Vou propor ao presidente da República de S. Tomé e Príncipe, que também tem raízes no distrito de Viseu (o pai é natural de Fataunços, Vouzela), o interesse de avançarmos com esta geminação”, garantiu José Diogo. Fonte: http://www.cm-moimenta.pt/

Feira Social «S.O.S. ...COMUNIDADE SOLIDÁRIA» - 5 e 6 de Junho

É a primeira de muitas acções que se pretende levar a cabo, com a finalidade de se criar o Banco de Bens e Serviços e de se sensibilizar a comunidade para a causa social.

Esta feira foi pensada assente no primado da responsabilidade social e ambiental.

Social, porque queremos contribuir para a erradicação da pobreza através da venda de artigos em 2ª mão, cuja receita reverterá a favor da criação do banco de bens e serviços; ambiental, porque ao incentivarmos o consumo de bens em 2ª mão estamos a ajudar a reutilizar, minorando assim o consumismo desenfreado e o desperdício de recursos; ajuda ao comércio, porque os cidadãos que se associarem a esta causa, disponibilizando bens que já não utilizem para serem vendidos na feira, receberão o cartão solidário que lhes proporciona descontos no comércio tradicional aderente a esta causa.

o que pode comprar?
Nesta feira o cidadão pode comprar artigos variados em 2ª mão e em bom estado de conservação, como por exemplo vestuário, calçado, têxteis para o lar, artigos de decoração, mobiliário, etc. (Fonte: http://www.jf-moimentadabeira.pt/ )

«Espaço CIMENA» - Maio 2010


«A História da Nossa Terra» - O foral do Souto, concelho pertencente ao Couto de Leomil

As origens do municipalismo na Península Ibérica são diversas e complexas. No processo evolutivo continuado que evidenciaram, manifestaram múltiplas fases, com distintas características entre si. Sobre a origem institucional dos municípios não há, entre os historiadores, unanimidade, figurando nas matrizes municipalistas ora origens latinas, ora bárbaras, ora visigóticas, mouriscas, e ainda outras. Certo é que as comunidades, mesmo as que existiam há mais de um milénio atrás, necessitaram de se agregar em núcleos e de estabelecer regras de conduta. Porém, verifica-se que num determinado território inscrito nos mesmos limites, coexistiam múltiplas tradições, diversas regras e distintos usos e costumes. O direito consuetudinário e costumeiro - o direito com base no costume - foi o aquele que avultou dessa necessidade de fixação jurídica, de dotação de lei aos espaços povoados.
No período de reconquista cristã da Península Ibérica aos mouros foram estabelecidas novas estruturas de poder. Um dos instrumentos que concorreu para a concepção do reino como um todo defendido e povoado foram os forais. Com uma certa dose de autonomia mas regradas hierarquicamente sob os padrões feudais, as várias franjas populacionais estavam subordinadas entre si por relações de vassalagem, isto é, de poder, económico, político, judicial, adminstrativo, etc... Um aldeão - servo da gleba - prestava vassalagem e estava dependente de um senhor feudal, nobre, por norma. Por seu turno, este, prestava vassalagem e estava sob a autoridade de outro senhor nobre, que ocupava a cúspide da pirâmide social, o Rei. O Rei era o senhor feudal, cujo senhorio, ou domínio, constituía um reino.
Os forais velhos, ou antigos, eram, por conseguinte, diplomas normativo-jurídicos concedidos pelo Rei, ou por outro senhor que detivesse plenos direitos sobre a localidade a que se destinava o foral, tal como um nobre, um cenóbio ou um antístite. Desses documentos divisavam-se vários objectivos, entre os quais estava a dotação de estatutos político-concelhios a determinado território, impondo as regras fiscais, judiciais, económicas, entre outras. Com certos laivos do Direito Romano e do Codex Visighorum, alguns dos forais não esqueceram os usos e costumes típicos da comunidade a que respeitavam. As liberdades e garantias que alguns concediam às populações visavam atrair o povoamento.
Na aurora do período moderno, os forais, diplomas multisseculares, alguns dos quais já adulterados, outros rotos e integralmente desactualizados, foram revistos. Integrava-se essa reforma numa concepção legislativa mais vasta, que esteve na base do surgimento de uma plêiade de códigos normativos, nomeadamente as Ordenações Manuelinas, o Regimentos dos Pesos, o Regimento dos Oficiais das Cidades, Vilas e Lugares..., entre outros. D. João II e D. Manuel foram os reformadores. Em apenas dois reinados conseguiram estabelecer as bases da administração local do reino que viria a vigorar cerca de três centenas de anos.
O Couto de Leomil, criado ainda antes da fundação da nacionalidade, foi parar às mãos dos Coutinhos, assim designados pelo senhorio que detinham, inicialmente pequenino, e depois transformado e aumentado, vindo a ser o maior do reino. Vários eram os concelhos que integravam este senhorio. Um deles era o concelho do Souto. Concelho desde tempos antigos teve foral velho que foi revisto e reformado no período moderno por D. Manuel.
Este foral está intitulado como adstrito ao Couto de Leomil porque D. Fernando, no século XIV, doou a povoação de Souto a Vasco Coutinho, pai de Gonçalo Vasques Coutinho e avô do ilustre Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço. O aludido nobre, senhor do Couto de Leomil, era titulado por Marialva, daí que o próprio foral do Souto faça referência à terra de Marialva. Segue-se, abaixo, a transcrição do foral que apresento na figura.
“Foral do Souto do Couto de Leomil por composição antiga. E assy havemos d'aver do concelho do Souto, segumdo a composiçam amtiga, estes dereitos per bem da qual composiçam e avemça há-de pagar cada morador do dito lugar hum alqueire de pan da medida d'agora: três quartas de cemteo e huma de trigo e em denheiro oyto reaaes. O qual dereito foy chamado antigamento paradas assy neste lugar como nos outros comarcaãos. E pagam mais por dia de Mayo, de colheita trezemtos reaaes repartidos per todos beens que há no dito lugar ora sejam moradores demtro no comcelho ora fora. E per este respeito pagam as ditas parada do pam o denheiro acima contheudo as pessoas de fora que hy têm beens pera o deverem de pagar, posto que hy nam vivam, sem embargo de nenhum privillégio que tenham, posto que clérigos sejam. E nam se paga hy portagens nem outro dereito real. E os montados e maninhos seram do comcelho. E o gado do vemto quamdo se perder será do senhorio amdando em pregam segundo a nossa ordenaçam com declaraçam etc. assy como em Marialva se conthém.”
Como se percebe, este foral incide sobretudo na reforma das obrigações fiscais dos moradores, assim como outras de natureza económica e judicial. Faz alusão ao senhorio que pertencia aos Coutinhos, senhores de Marialva a quem cabia a posse do gado do vento, isto é, os animais que andavam a monte, perdidos ou sem dono. Refere ainda os direitos que eram devidos ao rei assim como os relativos ao concelho, caso dos montados e maninhos que eram terrenos incultos, particulares, da Coroa e mesmo do município, cuja utilização originou desde sempre inúmeras contendas que chegaram até hoje através da polemológica questão dos baldios.
O Souto é hoje uma freguesia do concelho de Penedono, cujo castelo está também ligado à família dos Coutinhos, senhores de Leomil. Tem 15 km² de área e segundo os censos de 2001 comporta cerca de 400 habitantes. Da freguesia constam ainda os lugares da Trancosã, Mozinhos, Risca e pela anexa Arcas que conta com cerca 120 habitantes, distando 2 kms da sede de freguesia. De fundação antiga, a povoação de Souto está situada no cimo de um pequeno vale formado pelo Rio Torto, destacando-se a Sul a presença do Monte que em tempos foi designado de “Fonte de D. Clara”, fortaleza natural das comunidades que o escolheram para se fixarem. A presença de comunidades humanas nesse local está comprovada pela existência de vestígios que apontam para um castro erguido na Idade do Ferro.
Souto e Arcas têm um património que nos fala do seu passado, de onde se destaca a Torre do Relógio; a Capela do Divino Espírito Santo; a Capela de Santa Apolónia; a Fonte de Mergulho; a Cova da Moura; as alminhas e o Guardião do Monte Airoso. Por fim, uma fonte histórica de incontornável valor: o pelourinho, testemunho da autonomia do poder municipal, erguido na praça da vila, possivelmente logo após ter recebido o foral manuelino. O monumento é constituído por plataforma com soco de 4 degraus de planta quadrangular, coluna de fuste oitavado com cerca de 3 metros, despojado de qualquer elemento decorativo, e remate piramidal precedido de cornija de dupla moldura que contorna o capitel de secção quadrada, ostentando escudo com as armas de Portugal. Notam-se vestígios de ferros de sujeição. É um pelourinho do estilo pinha.
O estudo e publicação das mencionadas fontes históricas, de onde avultam os forais, é uma oportunidade única para reavivar alguns traços da memória e para reforçar a ligação com o passado, enriquecendo a identidade cultural das gerações presentes e futuras.

Autor: Jaime Ricardo Gouveia

segunda-feira, 24 de maio de 2010

«Arqueologia» - A pedra do Responso e a cruz de pedra da Mata da Rainha

Uma vez mais nos deparamos com vestígios de extrema importância histórico-arqueológica no concelho moimentense: a pedra do Responso (pertencente ao Arcozelo do Cabo, freguesia dos Arcozelos) e a cruz de pedra da Mata da Rainha (freguesia de Moimenta da Beira), ambas inventariadas em 2003.
A primeira terá sido uma tampa de uma sepultura, em granito, colocada num muro de divisão de uma propriedade privada, junto à Fonte dos Baptizados (antigo local de baptismo), no Largo da Bandeira, voltada para a Igreja de Nossa Senhora de Entre-as-Vinhas.
Nesta pedra, actualmente fragmentada, foram gravadas uma cruz e uma espada provavelmente alusivas a um cavaleiro. É de configuração rectangular e mede cerca de 0,78m de altura, 0,50m de largura e 0,15m de espessura.
O segundo achado, na minha opinião uma alminha , encontra-se também inserido no muro de uma propriedade privada, próximo de uma encruzilhada de caminhos, no limite da freguesia de Moimenta da Beira com a freguesia dos Arcozelos.

É composto por duas pedras. A pedra superior, com 0,62m de largura máxima e 0,30m de altura, exibe estranhamente a seguinte inscrição:
IΠLimiLOPO
A pedra inferior mede cerca de 1,42m de altura e 0,20/0,36m de largura. Possui um campo rectangular rebaixado (neste momento vazio) e a seguinte data – 1776.
Do ponto de vista cronológico, os dois achados sugerem cronologias diferentes. A pedra do Responso será mais antiga, talvez medieval, do que a cruz de pedra da Mata da Rainha, datada do século XVIII.

Ainda que de execuções simples, provavelmente não especializadas, é importante lembrar que, antes de terminar a presente análise, estas peças, indubitavelmente de cariz religioso, não se percam em tempos futuros, pois poderão figurar num futuro museu local ou concelhio.

Autor: José Carlos Santos

domingo, 23 de maio de 2010

Aprofundar relações com Cabo Verde

O presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira quer aprofundar as relações existentes entre o Município moimentense e a República de Cabo Verde.

A vontade foi expressa esta quinta-feira, 20 de Maio, durante a visita que a ministra cabo-verdiana dos Assuntos Parlamentares, da Juventude e da Presidência do Conselho de Ministros Janira Hopffer Almada efectuou ao concelho.

“Logo que me seja possível, quero deslocar-me a Cabo Verde para discutir com as autoridades cabo-verdianas assuntos de interesse para ambas as partes”, disse o autarca, que acabou por receber da governante convite para visitar aquele país africano.

Na sessão de boas vindas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, estavam presentes dezenas de jovens estudantes cabo-verdianos da Escola Profissional e Tecnológica de Moimenta da Beira, “a que melhor proporciona condições para uma perfeita integração aos nossos estudantes, entre todas as que visitei durante este périplo de quatro dias a Portugal”, sublinhou a ministra de Cabo Verde.

Na cerimónia, foram ainda realçados por José Eduardo Ferreira e pela governante os “laços estreitos” e as “parcerias frutuosas” entre Moimenta da Beira e Cabo Verde, designadamente ao nível do ensino e da formação profissional. (Fonte: www.cm-moimenta.pt )

Comemorações do Dia Nacional do Ténis de Mesa no Distrito de Viseu. Encontro de Moimenta da Beira registou maior participação de sempre.

As Comemorações do Dia Nacional de Ténis de Mesa no Distrito de Viseu, tiveram lugar, no dia 22 de Maio, organizado pela Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu e Câmara Municipal de Moimenta da Beira, foi um verdadeiro sucesso, com a participação de 93 atletas federados e não federados, vindos de Gondomar, Coimbra, Viseu, Lamego, Santa Maria da Feira, entre outros Concelhos do Norte e Centro da País.

“Este torneio, já na sua VIII edição, teve a maior participação de sempre, realizado desta vez “num Município do norte do Distrito de Viseu, promovendo assim a modalidade num Concelho onde a prática da Modalidade a nível Federado não existe” refere o Presidente da Direcção/Fundador, Aquilino Rocha Pinto.

Marcaram presença na entrega de Prémios a Vereadora do Pelouro do Desporto, Alexandra Marques e vários Dirigentes da Associação Distrital da Modalidade. (Fonte:NoticiasdeResende)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

«Protecção Civil» - Simulacro de Incêndio na Escola Profissional


Os Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira em colaboração com a Escola Profissional de Moimenta da Beira realizaram um simulacro de incêndio na escola, evento integrado na semana cultural.


Para a visualização de todo o artigo e imagens clique AQUI.

Fonte: http://bombeirosvmoimentadabeira.blogspot.com/

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Moimenta da Beira na Praça da Alegria

O Presidente da Câmara de Moimenta da Beira e vários dirigentes da Confraria Gastronómica da Maçã Portuguesa são convidados, esta quinta-feira de manhã, 20 de Maio, da Praça da Alegria, programa da RTP1 que tem como apresentadores Jorge Gabriel e Sónia Araújo.

José Eduardo Ferreira e o presidente da Confraria, Francisco Oliva Teles, acompanhados de outros confrades, falarão da importância da maçã, produzida em Moimenta e na região, no contexto sócio-económico regional.

A intervenção dos convidados deverá acontecer durante a primeira parte do programa, entre as 10 e as 10.50 horas, período em que será mostrado aos telespectadores a diversidade da maçã de altitude e muitos dos seus derivados: bolos, tartes e outra doçaria feita à base da maçã. Fonte:cm-moimenta.pt

terça-feira, 18 de maio de 2010

«CDR» - Apostas de Resultados "FINAL"

Na tabela ao lado surge a classificação FINAL.

O resultado desta jornada foi:
Oliv. Frades 4-0 CDR

Parabéns ao Diogo Salgueiro pela "vitória" e pelo 1º lugar desde a primeira aposta.

Obrigado a todos os que participaram ao longo da época.

FORÇA CDR!!!

«Desporto» AF Viseu

Divisão de Honra (Última Jornada):



Fonte: Zerozero.pt

«Desporto» - Ciclismo: Santiago Pérez vence GP Liberty Seguros

O ciclista espanhol Santiago Perez (CC Loulé-Louletano) venceu este fim de semana o Grande Prémio Liberty Seguros, impondo-se por apenas um segundo ao seu compatriota David Blanco (Palmeiras Resort).

O último lugar do pódio foi entregue a André Cardoso, também Palmeiras Resort, que se colocou a 12 segundos do vencedor.

José Mendes (Rota dos Móveis), vencedor, da terceira e última etapa (Moimenta da Beira - Lamego, em 141 quilómetros), garantiu o quarto lugar do Grande Prémio Liberty Seguros.

Fonte: Lusa

«Programa» - Moimenta Oportuna 2

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

«Info» - Estreia do Boletim Municipal

Está na rua o primeiro número do Boletim Informativo da Câmara Municipal de Moimenta da Beira. A estreia de o “Alcançar”, quarenta páginas, periodicidade trimestral, abre um novo ciclo na estratégia do “saber comunicar”.

“Pretende-se que este boletim esteja sempre ao serviço do Município, dos seus interesses maiores, como a transparência da governação e também a divulgação do que melhor se faz neste território, seja a nível económico, social ou cultural”, escreve na Nota de Abertura o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira.

E é por isso que, em cada número do “Alcançar”, haverá sempre espaço para uma empresa, uma instituição e duas juntas de freguesia. E na cultura, mestre Aquilino terá sempre presença, estará sempre omnipresente.

Também o que é marca e emblema terá espaço cativo: a maçã, o vinho, o espumante e a nossa Adega Cooperativa do Távora, símbolos maiores do nosso concelho.

“É por isso que este boletim nunca poderá ser apenas da Câmara Municipal, muito menos do seu presidente: tem que ser do Município”, explica José Eduardo Ferreira, que acredita no “carácter interessado, livre e público” deste novo instrumento de comunicação da autarquia, disponível desde já aqui no portal em versão PDF. (Fonte: www.cm-moimenta.pt)

domingo, 16 de maio de 2010

«Divulgação» - S.João 2010



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«Peregrinação» - Diário da peregrinação - DIA 3 / 4 / 5

Apesar da minha ideia inicial ser, efectuar um pequeno resumo de cada dia da peregrinação, isso só me foi possível durante os 2 primeiros dias, visto que não consegui ter condições informáticas para o efeito... mas diga-se também que o próprio cansaso nos arrastava assim que chegávamos aos pontos de pernoita, direitinhos para o saco cama... Mas como do 1º e 2º dias fomos dando algumas dicas daquilo que se tinha passado, vou começar por resumir os 3 dias de viagem que faltam....

3º dia - Almaça / Marco dos Pereiros
Depois da Missa celebrada pelo Padre Luis, e ainda antes de ir direitinho para o "ninho", consegui ainda que por uns instantes estar com algum pessoal de Moimenta ( Sr. Henrique, Sr. João, Chico...) que iriam também ficar por estes lados... .... chovia copiosamente qundo acordei pela 1ª vez durante essa noite... pensei cá para mim... isto vai passar... Mas não, quando foi dado o despertar, a chuva continuava a cair e não me parecia que iria dar tréguas.... Um cafézinho e um queque de chocolate é o bastante para que enfrentasse as primeiras horas de um dia que se adivinhava dificil por causa da chuva que caía com abundância.... Pelas 05:15 da manhã rezamos a Oração da Manhã (como era habitual) e passados 5 minutos, pernas ao caminho que se faz tarde.... IP 3 a fora, o trânsito ainda era pouco, o que facilitava o andamento, ao contrário da chuva ( deixai-me dizer-vos que talvez 3 a 4 Km andados, já sentia os pés molhados).... Chegados ao Porto da Raiva, chamou-me a atenção uma placa alusiva a uma homenagem efectuada a um Bombeiro de Penacova que faleceu no cumprimento do dever em 04-03-1941, Paz à Sua Alma. Já com alguns kilómetros andados entramos na zona da antiga estrada das beiras que liga Penacova a Coimbra, foi de certeza o percurso que mais gostei de fazer (exceptuando o do último dia) em termos de beleza paisagistica.... fabuloso o percurso ao longo do Rio Mondego... e diga-se que a chuva finalmente a dar tréguas... para contentamento de todos... O almoço foi servido em Torres de Mondego ( uma valente sopa da pedra, que fez as delícias de todos, Obrigado a todo o pessoal de Torres de Mondego). Para a parte da tarde deste dia, estava-me reservada das melhores situações da peregrinação.... não estava nada à espera da visita da minha Esposa e do meu Filhote... ( foi sem dúvida um alento, que me deu forças para chegar ao infinito se tivesse de ser... Obrigado). Do terceiro dia pouco mais à a dizer, pernoitamos em Marco dos Pereiros, ao pé de Coimbra, e só uma coisa veio alterar o ritmo da peregrinação ( a vitória do slb ... os 3 grandes mentores da peregrinação são benfiquistas... por isso está bom de adivinhar a festa de fizeram... mas pronto teve de ser...)

4º DIA: Marco dos Pereiros / Barracão
Dizia quem já fez por mais rectas da zona do Pombal que uma vez esta peregrinação, que seria o dia mais longo.... e que se veio a confirmar... Apesar do atraso do almoço saímos de Marco dos Pereiros às 05:40 e só cheguei ao Barracão já passava das 20:30.... Aquelas parecem intermináveis.... longas... longas.... longas.... Por esta altura as pessoas que estavam com mais dificuldades ( e que dificuldades, diga-se) sentiam-se com força para chegar ao seu destino... ninguém iria desistir... era o que se ouvia dizer dentro do grupo... vamos lá pessoal estamos quase lá.... Parabéns ao pessoal que nos fez a refeição da noite.... estava 5 estrelas, apesar do meu espírito não ser o melhor... a sopinha veio mesmo a calhar.... para acalmar.... A massagem desta noite também me fez muito bem ( obrigada Enfª Rosa Monteiro - Hospital S.João).

5ª DIA: Barracão / Fátima
Como poderão imaginar este era o dia desejado por todos.... era mais curto que os outros e no horizonte estava Nossa Senhora de Fátima. A chuva apareceu mais uma vez... mas o pessoal ía cá com uma pedalada!!!!!! Todos queriamos lá chegar.... agora sim viam-se muitos peregrinos.... eram às centenas deles.... chegados à Caranguejeira, eram horas de Oração.... efectuamos a Via Sacra até à XIV Estação, posicionada à entrada do Santuário de Nossa Senhora de Fátima.... Foi divinal.... apesar de haver pessoas em grandes, mas mesmo grandes dificuldades.... conseguimos lá chegar... A partir daqui meus amigos.... não há palavras para descrever tudo o que se sente ao fim de 5 dias de peregrinação.... São sensações únicas, que ficarão para sempre marcadas nos nossos corações.... Uma palavra final de agradecimento ao Sr. Padre Luis, ao Paulo, ao Tó e à D. Elza, todos eles verdadeiros acompanhantes e peregrinos. A todos os outros companheiros da peregrinação, dizer-lhes que têm aqui um amigo para quando precisarem.... BEM HAJA A TODOS....



Autor: "Peregrino" Nuno Bondoso

sexta-feira, 14 de maio de 2010

«Região» - Associação de Municípios e Ministério das Obras Públicas criaram comissão para acompanhar obras no IC26

"A reunião correu num clima muito construtivo e o Governo garantiu a sua intenção de manter os pequenos investimentos de proximidade nas acessibilidades, reconhecendo que nada ainda foi feito em termos de plano rodoviário nacional naquela zona", referiu à Lusa António Borges, presidente da associação e da Câmara Municipal de Resende.

O autarca falava após uma reunião que decorreu hoje entre os 10 presidentes de câmara da associação (Armamar, Lamego, Penedono, S. João da Pesqueira, Tabuaço, Cinfães, Moimenta da Beira, Resende, Sernanancelje e Tarouca) com o Ministro das Obras Públicas e com o Secretário de Estado, durante a qual foi feito "o ponto da situação das quatro principais acessibilidades a essa zona do território nacional".

Fonte: RTP.pt

DE VEZ EM QUANDO !

Apresentação dia 22 de Maio, na Biblioteca Municipal de Aquilino Ribeiro.


O Significado de um Livro!
Um livro, tenha o título que tiver, seja qual for a temática abordada, é sempre História. Quase sempre mais do que uma.
Histórias de afectos e de emoções - também de ódios e tragédias. Ligadas muitas vezes por palavras de esperança, um fio "condutor" à imagem e ao sabor de quem escreve.

Em qualquer caso, será sempre um marco significativo. Também para quem o lê !
No fundo, não deixa de ser um testamento que, no momento da sua leitura, responsabiliza as "testemunhas" pela divulgação e cumprimento da mensagem e das vontades.
É O QUE ESPERO NO DIA 22, NA PRESENÇA DE MUITOS AMIGOS !

Dedico a todos os Sãotomenses, por nascimento, opção e coração, que privaram ou simplesmente comigo conviveram e que ainda hoje, pela feliz circunstância da amizade, me fazem o favor de manter contactos mais ou menos regulares; a todos aqueles que, por uma feliz circunstância de paixão ou de estudo, conheceram e percebem o que representam as Ilhas do Meio do Mundo.
“ …QUEM CRESCEU NUMA ILHA, AMOU E AMA MAIS PROFUNDAMENTE !”
António Bondoso, 2008.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

«MoimentaNaNet» - Grande Entrevista [3]

GRANDE ENTREVISTA com,
José Requeijo - “Comandante dos Bombeiros Voluntários!”

Exclusivo MoimentaNaNet

José Alberto Requeijo desde muito novo seguiu os “passos” do seu Pai (Comandante Requeijo) e entrou para os bombeiros na “escola de recruta” de 1987. Comandante desde 13 de Outubro 2004, José Requeijo e toda a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira têm apostado na formação, aquisição de material e equipamentos. Prova disso são os resultados apresentados nos últimos anos onde se destaca a redução significativa de área ardida no concelho e, na área da saúde, uma resposta pronta e eficaz a todos os pedidos de socorro.
Com a abertura de uma nova “escola de estagiários” e novidade de, pela primeira vez, serem aceites inscrições de mulheres para o corpo activo, vamos saber que esforços humanos e financeiros foram ou serão necessários para este novo passo dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira.

MoimentaNaNet: Comandante José Requeijo, antes de mais, Muito Obrigado por aceitar ser nosso entrevistado!
Que balanço faz destes 23 anos ao serviço dos B.V. de Moimenta da Beira, seis dos quais como Comandante?
Comandante José Requeijo:
Em primeiro lugar um agradecimento muito especial ao Moimentananet pelo convite que me foi endereçado e pelo excepcional trabalho que têm desenvolvido em prol do Concelho. O meu balanço nestes 23 anos, só pode ser positivo, falando na minha experiência pessoal, pois é muito gratificante poder ter dado algo de mim de forma voluntária e gratuita ao serviço das populações do concelho, da região e do país. No entanto esse balanço deve ser feito principalmente pelas pessoas que servi e ajudei em tantas e diversas situações. Mas posso dizer que me sinto feliz e com um enorme orgulho do meu percurso nos Bombeiros de Moimenta da Beira.

MNN: Quais as principais diferenças na corporação entre o ano de 1987 e 2010?
CJR:
Bom, estamos a falar de um período de 23 anos, em que a própria sociedade Portuguesa mudou os seus hábitos, os seus comportamentos, e a suas exigências. A reboque de toda esta descoberta de evolução tecnológica do final do século XX e inicio do século XXI, os Bombeiros tiveram de se actualizar e adaptar a esta nova realidade. Principalmente, foi feita uma grande aposta na formação do pessoal e um enorme esforço financeiro para investir em viaturas e equipamentos. Hoje temos intervenções que nos exige uma formação muito específica, muito técnica e de qualidade, com meios humanos e materiais muito bem preparados e treinados, porque somos avaliados pela sociedade pelo que fazemos e como fazemos, normalmente, de menos bem, porque fazer bem é a nossa obrigação.

MNN: Nos últimos anos tem sido desejado um novo quartel uma vez que o actual já é “pequeno” para o corpo de bombeiros e para as viaturas. Acha que esse desejo está para breve? Quais têm sido os principais entraves?
CJR:
É verdade, realmente a Direcção e Comando, têm vindo a movimentar-se no sentido de ver concretizado esse sonho da construção do novo quartel, por vários motivos. Um dos quais, a falta de condições operacionais no aspecto de acondicionamento de viaturas e de pessoal, mas também o problema das novas necessidades no que diz respeito a ter um bom espaço com equipamentos para a formação e instrução continua. Estamos a fazer uma avaliação e um trabalho conjunto entre a Associação e o Município, parceiro importantíssimo neste processo, mas as dificuldades são bastantes e morosas, principalmente pelo facto de a candidatura ao seu financiamento, através do QREN, só ser possível para quartéis que tenham sido construídos há 40 anos, o que não é o nosso caso -construído em 1982 (28 anos). Contudo temos outras possibilidades e meios que estamos a considerar, existe vontade dos Bombeiros, existe vontade da Autarquia, por isso iremos com certeza encontrar uma solução para o novo quartel, ainda que possa haver um período longo até à sua concretização.

MNN: Todas as corporações do país falam das elevadas exigências que recentes medidas legislativas impõem, em termos de disponibilidade e de formação, aos voluntários que servem os corpos de bombeiros. Que exigências são essas? Acha que estamos a caminhar para o profissionalismo dos Bombeiros apontando para o fim do Voluntariado?
CJR:
Não acredito que o voluntariado caminhe para o seu fim, exemplo disso é a adesão massiva dos jovens para os Bombeiros. O que digo é que estamos a atravessar uma fase em que existem muitos voluntários com vontade e dedicação à causa, têm é falta de disponibilidade e tempo, pelo facto das suas entidades patronais terem alguma dificuldade na sua cedência. O ritmo, o tipo de ocorrências e o número de solicitações exige hoje que os Bombeiros tenham uma resposta capaz e pronta ao primeiro minuto, a sociedade moderna caminhou nesse sentido e assim o exige. A reforma legislativa que vem sendo implementada no sector dos Bombeiros, desde há uns 2 ou 3 anos, implica que os corpos de Bombeiros tenham uma estrutura com base profissional, para uma intervenção ao primeiro minuto, mas o grande pilar de sustentação, de intervenção forte e musculada é sem dúvida o voluntário. Todos estes novos conceitos, fazem com que a qualidade e a capacidade de formação atinjam um alto nível nos Bombeiros e obrigue em consequência a uma maior responsabilidade na resposta. Só a título de exemplo, uma recente lei obriga a que todos os bombeiros que conduzam veículos, com a categoria B (ligeiros), têm de se submeter a um exame médico e outro psicotécnico, a fim de efectuarem o averbamento de “Grupo 2” na sua carta, mas isto implica um custo de cerca de 100 €. Estou de acordo que se regulamente e preste provas para estar habilitado a conduzir veículos de bombeiros, mas não concordo que quem pague esta despesa seja o bombeiro que serve e socorre voluntariamente a população. É este tipo de legislação feita ao desbarato e grosseiramente que poderá por em causa o voluntariado.

MNN: Recentemente foi aberta (e com grande adesão) uma “escola” para estagiários onde se insere a novidade de, pela primeira vez, serem aceites inscrições Femininas. Mulher no corpo activo já é, há vários anos, usual em muitas corporações do País, porquê só agora em Moimenta?
CJR:
Uma correcção. Apenas para vos dizer que nos Bombeiros de Moimenta da Beira existe corpo feminino há mais de 20 anos, com elementos que, apesar de não aparecerem com frequência na frente das ocorrências, são o pilar forte da área logística na retaguarda e que tanto apoio nos dão sempre que são chamadas a realizar tarefas como confeccionar refeições para o pessoal, já reconhecidas e elogiadas por outros corpos de Bombeiros e também na prestação de serviço no quartel aos fins-de-semana. No entanto, nesta nova escola de estagiários que recentemente começou a receber formação inicial, cerca de 40 novos elementos, 18 são do sexo feminino que irão fazer toda a formação exigida para o ingresso na carreira de bombeiro, já que a formação, composta por 350 horas, inclui, desde incêndios urbanos e industriais, incêndios florestais, técnicas de socorrismo, técnicas de salvamento e desencarceramento, etc.
Realmente tem havido alguma dificuldade em recrutar novos elementos femininos, pelo simples facto de as instalações do quartel não terem um espaço apropriado para as receber condignamente, no entanto estamos neste momento a efectuar uma obra de adaptação, mais uma, em colaboração com a Câmara Municipal, que nos vai ceder todo o material necessário à sua realização e o pessoal do corpo activo dos bombeiros que irá executar voluntariamente a obra, para que as meninas possam prestar o serviço operacional de igual modo e condições idênticas às que prestam os homens.

MNN: É óbvio que a entrada de mulheres leva a mudanças na “estrutura” do corpo activo. Dada a já comentada falta de espaço no quartel, que esforços humanos e financeiros foram ou serão necessários para esta nova fase?
CJR:
É claro que, sendo um novo desafio para os Bombeiros, teremos de fazer alguns ajustes para que se criem todas as condições necessárias ao bom desempenho das suas funções, porque, pelo que me tenho apercebido, elas querem disputar de igual para igual os lugares e as tarefas com os homens. Em termos humanos o esforço inicial é feito por elas, que têm de ter o equipamento individual em casa e virem já fardadas para o quartel, o que convenhamos não é o mais correcto. No que diz respeito ao esforço financeiro, Associação tudo irá fazer para dar as melhores condições de poderem estar sempre em prontidão nas chamadas para as ocorrências, desde as condições de fardamento, de formação e instrução, como também as condições das instalações, como já referi - Autarquia está a dar todo o apoio para que essas condições sejam uma realidade.

MNN: Para evoluir e ter resultados positivos é sempre preciso investir em varias áreas e os Bombeiros não são excepção. Que investimentos foram feitos nos últimos anos e quais planeia fazer a curto prazo?
CJR:
O maior investimento que os Bombeiros têm de fazer continuamente é nos recursos humanos, pois sem eles toda a acção na prestação de socorro fica vazia de conteúdo, mas para isso é necessário dar condições a esses homens e mulheres que servem voluntariamente a causa “bombeiros”. É muito importante que se proporcione formação técnica de qualidade, instrução contínua de aperfeiçoamento prático, equipamentos de protecção individual adequados a cada função e também investir em material e viaturas que será a grande fatia financeira da Associação. Todos estes investimentos, que são muitos devido aos diferentes tipos de ocorrências nas diversas áreas de actuação, fazem com que o orçamento anual da Associação seja hoje de cerca de 600.000€ (seiscentos mil euros), o que diz bem da responsabilidade e do sentido de investimento que, tanto a Direcção, como o Comando, pretendem para a Corporação.

MNN: Recentemente, na área da Saúde, houve modificações com a entrada em funcionamento da SUB (Serviço de Urgência Básico). Que alterações traz a SUB à actuação dos Bombeiros?
CJR:
A entrada em funcionamento do SUB veio dar ao Bombeiros uma mais-valia num apoio mais próximo e diferenciado nas ocorrências de emergência pré-hospitalar. Os Bombeiros têm ao longo da sua vida tido a capacidade de se adaptarem aos serviço e exigências impostas no Concelho – como, por exemplo, quando o Centro de Saúde passou a ter o SAP (Serviço Atendimento Permanente) com horários a serem diversas vezes alterados até ao seu fecho, em que tivemos um período de alguma instabilidade não se sabendo muito bem a orientação correcta para os doentes urgentes. Com a abertura do SUB também nos fomos e ainda estamos a adaptar ao novo modelo de funcionamento, com a novidade de permanência de 24 horas, com o grande aumento de serviços prestados ao SUB na área das transferências intra-hospitalares, com o aumento de afluência de doentes dos concelhos limítrofes e que começaram a drenar para Moimenta da Beira. Essa nova realidade fez com que os Bombeiros, mais uma vez atentos, com o desenvolver das solicitações, fizeram investimentos no quadro de pessoal profissional e na aquisição de uma nova ambulância, tudo isto com o intuito de mantermos ou até melhorar o socorro às pessoas.

MNN: Os B.V. de Moimenta da Beira têm uma Ambulância do INEM (Posto de Emergência Médica), têm o apoio da VMER de Viseu (veículo de Emergência Médica), da SIV de Lamego (Suporte Imediato de Vida) e brevemente vai estar disponível um Helicóptero INEM em Aguiar da Beira. Sente-se bem apoiado nesta área ou acha que ainda há falta de “ajuda” no interior do país?
CJR:
Os Bombeiros de Moimenta da Beira, têm PEM (Posto Emergência Médica) desde há muito tempo, ainda no extinto SNA (Serviço Nacional de Ambulâncias) que depois se reorganizou como existe hoje, o INEM (Instituto Nacional Emergência Médica). Neste percurso de anos, os bombeiros foram-se adaptando às necessidades e às novas exigências da sociedade, e fez com que tenham hoje uma ambulância SBV (Suporte Básico de Vida) com o mais moderno equipamento de socorro e uma tripulação com formação adequada e habilitada a ocorrer às mais diversas situações de emergência. Evolução dos tempos modernos fez com que as pessoas do interior reivindicassem os mesmo nível de socorro de quem vive no litoral e nas grandes cidades, nesse sentido o INEM tem vindo gradualmente a colocar meios de socorro mais diferenciados, começou por ter um VMER (Veiculo Médico de Emergência e Reanimação) tripulado por um médico e um enfermeiro estacionado no hospital de Viseu, hoje temos também o apoio do VMER do Hospital de Vila Real sempre que Viseu está ocupado ou a ocorrência é a norte de Moimenta da Beira. Mais recentemente foi colocada no Hospital de Lamego uma ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida) tripulada por um enfermeiro e um TAE (Técnico de Ambulância de Emergência) e, finalmente, para completar estes meios terrestres de emergência, foi colocado um helicóptero em Aguiar da Beira e Macedo de Cavaleiros - já operou aqui em Moimenta da Beira num acidente de tractor. Por tudo isto penso que estamos muito melhor protegidos e com meios suficientes para fazer face a qualquer tipo de emergência, além de que a abertura do SUB de Moimenta da Beira é sem duvida uma mais-valia para este sistema de emergência pré-hospitalar, sendo de realçar a excelente colaboração que existe entre os Bombeiros e todos os profissionais do SUB.

MNN: Aproxima-se a fase crítica dos incêndios florestais. Quais as expectativas para este ano dada a grande área florestal do nosso concelho?
CJR:
Tenho esperança que se consiga manter os resultados ou mesmo melhorar, pelo facto dos meios humanos e materiais se manterem idênticos aos outros anos. No entanto, resultado de um inverno longo e muito chuvoso fez com que os combustíveis finos e os matos se tenham desenvolvido em quantidade e com a chegada de um verão mais quente teremos uma carga térmica acumulada com um índice muito elevado para a propagação dos incêndios. Temos de contar com o esforço de todos os agentes intervenientes neste Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais / 2010 (DEFCI 2010), tendo uma postura de grande capacidade na resposta, de prontidão e esforço de todos, incluindo por parte de toda a população do concelho. Refiro o grande slogan dos últimos anos “Portugal sem Fogos depende de TODOS”.

MNN: Dados mais recentes indicam uma significativa redução da área ardida no nosso concelho ao longo dos últimos anos. Quais os principais factores desse grande êxito dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira?
CJR:
A redução significativa da área ardida no concelho, deve-se ao facto de existir uma coordenação e cooperação muito próxima de todos os intervenientes neste processo. Se por um lado os bombeiros têm tido uma acção de 1ª intervenção rápida e musculada, temos também os outros agentes envolvidos com um sentido de missão e cumprimento objectivo, tal como o faz a GNR na vigilância, prevenção e fiscalização, os GIPS mais na intervenção, os Sapadores Florestais de Leomil na vigilância da parte norte do concelho e intervenção primária, a Fiscalização Municipal em colaboração plena com os Bombeiros em tudo o que lhes é solicitado, o Gabinete Técnico Florestal e a Protecção Civil Municipal sendo disponibilizados os seus meios humanos e materiais sempre que solicitado, também a consciencialização e ajuda das populações tem sido um forte contributo. Só com este envolvimento de todos os agentes de protecção da floresta, é possível a redução da área ardida nos últimos anos, mas também o efeito dissuasor e sensibilização feito junto das populações ajuda a que hoje tenhamos mais cuidado na gestão de resíduos e limpeza da floresta.

MNN: Que conselho dá aos Moimentenses para diminuírem ainda mais os incêndios e preservarem as nossas florestas?
CJR:
Temos assistido nos últimos anos a uma maior consciencialização por parte das populações relativamente aos incêndios florestais, vemos hoje algum cuidado no uso do fogo na agricultura e queima de sobrantes da floresta, na limpeza da floresta e manutenção de acessos. Também penso que as campanhas feitas através dos média, rádios jornais e televisão, bem como dos serviços municipais de protecção civil e gabinete técnico florestal no acompanhamento no terreno das acções a levar a efeito pelas pessoas. Com este tipo de acção conseguimos reduzir significativamente o número de incêndios provocados por descuido e negligência, no entanto temos a faixa de incêndios de origem criminosa que ainda não foi nem será possível eliminar na sua totalidade.
Como conselho aos Moimentenses, digo-lhes que para obtermos o maior sucesso na protecção da nossa floresta é importante todos os cuidados anteriormente mencionados, mas também estarmos alerta e fazer uma detecção muito rápida e precoce dos incêndio. Para isso é sempre possível de qualquer telefone ligar o número 117 ou para os bombeiros 254 582 153.

MNN: Quais os pontos fortes e os pontos fracos da sua corporação?
CJR:
Esta é a pergunta mais difícil de vos responder, pois é uma questão que só a população que servimos, pode dizer. No entanto, tenho a certeza que os meus homens e mulheres tudo fazem para a satisfação de quem servem, no entanto não tenho problema nenhum em assumir que poderá haver algo menos bem nos bombeiros, mas que estamos abertos a sugestões e a aceitar qualquer crítica ou opinião menos boa, desde que seja com o intuito de ajudar a melhorar a prestação de serviço. Sabem que normalmente quem está dentro das instituições tem uma opinião e uma visão das coisas diferente de quem está no exterior. Esta questão poderia até ser um tema de discussão no blogue, com assuntos que achem que devem ser discutidos, em que eu, como Comandante, ou a Direcção estaremos disponíveis para responder.

MNN: Muito Obrigado pela disponibilidade e votos de um bom trabalho em prol do concelho!
CJR:
Eu é que agradeço a possibilidade que me foi dada pelo MOIMENTANANET, para responder e talvez esclarecer algumas das dúvidas ou questões à população do Concelho de Moimenta da Beira. Dar os parabéns e dizer que podem sempre contar comigo pessoalmente e com a Instituição Bombeiros em prol do desenvolvimento da Nossa Terra.
Em nota final só dizer que tenho o maior orgulho da minha corporação de bombeiros, desde os órgãos sociais, dos elementos de comando que comigo gerem operacionalmente o corpo activo, a todos os elementos do corpo de bombeiros, pela sua dedicação e disponibilidade, todos emanados da missão de defesa do lema “Vida Por Vida”. A todos o meu muito obrigado.

«Resultados» - 7 Maravilhas Moimenta da Beira

I. Casa Museu de Aquilino Ribeiro, Soutosa (Peva) (341 Votos)
Foi uma das casas em que viveu Aquilino Ribeiro, ilustre figura da Literatura Portuguesa Contemporânea. Esta casa situa-se na Rua da Capela na povoação de Soutosa, freguesia de Peva. A sua construção data do século XIX e está classificada como Imóvel de Interesse Público, pelo Despacho de Julho de 1985.

II. Terreiro das Freiras e Espaço Envolvente(Moimenta da Beira) (335 Votos)
O Terreiro das Freiras constitui um dos sítios mais agradáveis da vila de Moimenta da Beira.
Do seu belíssimo conjunto arquitectónico destacam-se o Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação (do século XVI, de traça maneirista, barroca e rococó), o Solar dos Guedes (exemplar de arquitectura civil privada do século XVIII, estilo rococó, que passou a ser uma instituição pública de expansão da Cultura – a Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro), o Solar Correia Alves (edifício do século XVII recuperado para Turismo de Habitação), a Capela de Nossa Senhora do Amparo (talvez do século XVI), a Fonte da Pipa (do século XVIII), entre outros edifícios dignos de nota, não esquecendo a presença do antigo Pelourinho.

III. Convento da Ordem Terceira de São Francisco, Rua (321 Votos)
O Convento da Ordem Terceira de São Francisco terá sido construído no século XV. Existe uma Bula de Fundação do convento concedida pelo Papa Eugénio IV que data de 1443.
Na origem da sua fundação, conta a tradição que São Francisco terá passado aqui a caminho de Santiago de Compostela, profetizando a construção do convento no local onde parara para beber água.
O templo foi extinto durante as reformas liberais do século XIX. Actualmente, restam apenas as ruínas da fachada da igreja, e de um edifício anexo, de traça barroca – a Casa dos Frades da Ordem Terceira de São Francisco.

IV. Pelourinho da Vila da Rua (318 Votos)
O monumento encontra-se ladeado de casas de um e dois pisos, entre as quais a antiga Casa da Câmara e a fonte mural.
É formado por um fuste oitavado assente num soco de seis degraus oitavados. O capitel é quadrangular historiado com quatro cabeças coroadas cantonais e quatro rosetas nas faces. Na base do remate, elevam-se quatro pináculos em pirâmide de três registos de decoração, com pequenas esferas e duplos listeis salientes, rematados por florões. Ao centro tem outro pináculo (maior) decorado com quatro figuras aladas sobrepostas, escalonadas. A sua construção data do século XVI.
Conta a tradição que este Pelourinho pertence ao antigo concelho de Caria, cuja sede era na Vila da Rua, ao qual foi concedido em 1512 por D. Manuel I.
Classificado como Monumento Nacional pelo Decreto Nº 21 677, DG Nº 265 de 31 de Dezembro de 1915.

V. Santuário de São Torcato, Cabaços (298 Votos)
Com base em registos bibliográficos, terá existido um antigo mosteiro de Cónegos Regulares de Santo Agostinho no local onde hoje se encontra o Santuário de São Torcato.
A acrescentar, o Dr. Gonçalves da Costa (História do Bispado e Cidade de Lamego, 1977-1992) informa-nos que, nos fins da Idade Média, a ermida de São Torcato já era considerada uma das mais importantes de Lamego.
Este lugar de culto situa-se a cerca de 920 metros de altitude a Norte/Nordeste da povoação de Cabaços e é composto, actualmente, por duas capelas (onde se podem observar peças em madeira de ex-votos), um coreto e um parque arborizado.
O templo ainda continua a ser visitado, sobretudo no mês de Maio, mantendo-se a tradição de levar os rebanhos à capela, onde se cumprem as três voltas e o velho costume de colocar o chapéu do santo, para curar e prevenir doenças e males da cabeça.

VI. Ponte de Ariz (272 Votos)
Trata-se de uma ponte romana composta por dois arcos. O mais pequeno encontra-se quase soterrado. O tabuleiro em cavalete é composto por lajes graníticas. Não tem guardas.
Este monumento mede cerca de 45 metros de comprimento e 4,50 metros de largura.

VII. Necrópole Megalítica do Planalto da Nave (222 Votos)
Orca Grande, Peravelha Estátua-Menir, Peravelha
Até ao presente momento, os monumentos megalíticos do planalto da Nave representam os mais antigos vestígios arqueológicos da presença do Homem no concelho de Moimenta da Beira (entre 4 500 a. C. e 2 500 a. C.).
À semelhança de outros pontos do território nacional, o planalto da Nave constitui um vasto e rico espaço de progressiva necropolização e monumentalização.
Encontra-se devidamente sinalizada. Os monumentos pré-históricos que integram a necrópole são os seguintes: Orca da Fonte do Rato, Orca do Bebedouro I, Bebedouro II, Chã das Lameiras, Orca Grande, Orca de Seixas, Orca das Carquejas e Estátua-Menir de Peravelha (esta é a ordem dos monumentos para quem inicia o percurso a partir da Quinta dos Caetanos, freguesia de Alvite).


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«Divulgação» - Promoção dos produtos locais


Duas dezenas de expositores, entre artesãos e colectividades do concelho de Moimenta da Beira, que apostam na criação de produtos manufacturados utilizando recursos endógenos existentes no município, vão mostrar o que sabem, dias 28 e 29 de Maio, durante a primeira edição da “Feira das Maias”, que se realizará no interior de uma tenda gingante montada no recinto da escola secundária da vila.

A organização é da Câmara Municipal e do Agrupamento de Escolas e insere-se na “Moimenta Oportuna”, um evento dedicado à educação, formação, qualificação e emprego que procura responder às necessidades na região.

Na feira, com abertura marcada para as 20 horas do dia 28 e encerramento às 22 horas do dia seguinte, os artesãos estarão a trabalhar ao vivo e as colectividades apresentarão o que de melhor se produz no concelho, desde a gastronomia aos vinhos e ao artesanato mais criativo.

Haverá pão caseiro, enchidos, compotas variadas, mel, queijos, doçaria, vinhos e licores, bordados e crochés, cestaria, cerâmica, trabalhos em ferro e em granito.

“O visitante poderá provar, ver e comprar produtos que primam pela autenticidade, factor que se apresenta como pilar base para garantirmos que o saber ancestral continuará a perdurar no que vemos, tocamos e degustamos”, explica a organização.

Paralelamente à feira decorrerá um programa de animação com folclore e observações nocturnas do céu, com binóculos e telescópio, na noite do primeiro dia, e a actuação da Orquestra Ligeira de Moimenta da Beira na noite do segundo. Fonte: www.cm-moimenta.pt

terça-feira, 11 de maio de 2010

«Desporto» - Ciclismo- GP Liberty na Beira Interior DE 14 A 16 DE MAIO

Montanha vai decidir GP Liberty Seguros

A segunda edição do GP Liberty Seguros, na estrada de 14 a 16 de Maio, vai ser marcada pela dureza. Só uma das três etapas não termina em alto, destacando-se a segunda tirada, que assinala o regresso do ciclismo ao Alto de Santa Helena, Tarouca, que já foi palco de grandes espectáculos na Volta a Portugal.

A corrida arranca com a mais curta das etapas, apenas 92,5 quilómetros, entre o Fundão e Oliveira do Hospital. Pelo caminho há duas contagens de montanha, uma terceira e outra de quarta categoria.

Ao segundo dia os corredores vão viajar de Celorico da Beira até Tarouca, num percurso de 129 quilómetros, que inclui um prémio de montanha de terceira categoria e outro de primeira, este coincidente com a meta. A escalada até ao Alto de Santa Helena tem 7,1 quilómetros de extensão e uma inclinação média de 7,66 por cento.

O GP Liberty Seguros encerra com uma ligação de 141 quilómetros, com saída de Moimenta da Beira e chegada a Lamego. A única montanha do dia é de segunda categoria e coincide com a meta. A ascensão desde a Régua até Lamego tem 11,7 quilómetros de extensão com uma inclinação média de 3,46 por cento.

Daniel Silva (CC Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow) foi o vencedor da edição inaugural do GP Liberty Seguros [FOTO], que ficou marcada pela extinção da equipa que ostentava o mesmo nome da corrida, devido à divulgação do triplo positivo por doping na Volta a Portugal.
Fonte: jornaldeciclismo.com


Etapa a Etapa
14 Maio – 1ª Etapa: Fundão – Oliveira do Hospital, 92,5 km
Altitude Local Km percorridos Km a percorrer Hora
470 Partida: Praça Amália Rodrigues 0 92,5 15h25
460 Início Subida 2,3 90,2 15h33
616 P. Montanha 4ª: Argamela 5,7 86,8 15h38
505 Meta Volante: Paúl 14,5 78 15h51
632 Meta Volante: Unhais da Serra 25,4 67,1 16h08
660 Início Subida 25,4 67,1 16h08
874 P. Montanha 3ª Alto de Teixeira 46,2 46,3 16h39
501 Meta Volante: Ribeira de Santiago 83,6 8,9 17h35
536 Meta: Av. Dr. Carlos Campos (Bombeiros) 92,5 0 17h48

15 Maio – 2ª Etapa: Celorico da Beira – Tarouca (Alto St.ª Helena), 129 km
Altitude Local Km percorridos Km a percorrer Hora
455 Partida: Rua da Corredoura 0 129 11h55
330 Início Subida 39,6 89,4 12h59
705 P. Montanha 3ª: Meda 46,1 82,9 13h09
813 Meta Volante: Arranhados 57,2 71,8 13h25
735 Meta Volante: Moimenta da Beira 98,9 30,1 14h28
542 Meta Volante: Castanheiro do Ouro 120,1 8,9
581 Início Subida 121,9 7,1 15h02
1125 Meta e P. Montanha 1ª: Alto Santa Helena 129 0 15h13

16 Maio – 3ª Etapa: Moimenta da Beira – Lamego, 141 km
Altitude Local Km percorridos Km a percorrer Hora
710 Partida: Pavilhão Municipal 0 141 11h55
831 Meta Volante: Vila Nova de Paiva 20,9 120,1 12h31
817 Meta Volante: Aguiar da Beira 53,4 87,6 13h20
497 Meta Volante: Tabuaço 98,5 42,5 14h27
130 Início Subida 129,3 11,7 15h13
535 Meta e P. Montanha 2ª: Av. Dr. Alfredo Sousa 141 0 15h31

«A História da Nossa Terra» - As origens do nome Semitela

Na Portela, em Leomil, metemos por um caminho íngreme de cuja altitude se faz vista boa para a ribeira do Nozedo e volvidos alguns minutos estamos na Semitela. Terra de aragens constantes, situa-se na meia encosta numa das saias da Serra. Juntamente com Beira Valente e Paraduça forma a tríade de anexas da vila de Leomil. Serranias churras, pinheirais, lá ao cimo nas cristas pedregosas. Leiras verdejantes em jeitos de frescura, corriscos de água pondo termo à calma absorta, cá e lá em baixo. Num e noutro sítios crescem soutos com bravura e ao lado espreitam muros de silvas, musgos e outros líquenes. Nós estamos ali “agora”. Eles estão ali desde “ontem”. Nós contemplamos o que vemos. Eles escondem silêncios remotos. O vale, no estendal do granjeio, acolhe os assobios dos pássaros numa orquestra onde cores e sons se fundem. Reter certas luzes do sol a pôr-se, ver certos muros de torres em ruína faz pressentir pavores ancestrais, atrás de calhaus à espreita dos medos surrateiros, talvez semíticos. A paz que ali se pressente é como a dos pousios, apenas sacolejada pelas águas a borbulhar nos caminhos, direitas aos mimos dos granjeios. Hortas, pastagens, searas, colgaduras de estevas e rosmaninhos fazem parte um habitat variado por onde esbraveja uma fauna díspar. Olhar para estas aguarelas com olhos de ver, é viajar por várias dimensões e rememorar as idades esquecidas, os legados que ainda não findaram.
O povo da Semitela (Semit = semitas + tela = ideia de povoado) é a prova cabal da presença semítica ancestral (judaica e árabe) na nossa região. O termo semita tem como principal designação o conjunto linguístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de uma expressão no Génesis da Bíblia que se refere à linhagem de descendentes de Sem (Semitas), filho de Noé. Modernamente, as línguas semíticas estão incluídas na família camito-semítica.
Historicamente, esses povos tiveram grande influência cultural, pois as três grandes religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo- possuem raízes semitas. Não se poderá dizer que os semitas eram um povo étnico homogéneo, devido às suas migrações. Assim, são muitas as línguas que compõem a família semítica, com destaque para as seguintes: acadiano, ugarítico, fenício, hebraico, aramaico, árabe, etíope, egípcio, somali, gala, haúça. Por conseguinte, entre os antigos povos de fala semítica estão os arameus, assírios, babilônios, sírios, hebreus e fenícios.
Os semitas são originários da Etiópia ou Arábia e actualmente ocupam parte do Médio Oriente desde o Mar Vermelho até ao planalto iraniano. A primeira religião monoteísta do mundo, a religião judaica, surgiu entre os hebreus antigos nas colinas próximas ao Mediterrâneo durante os conflitos contra os cananeus e moabitas. Sofreram depois diversas invasões e a religião tornou-se o principal elo entre si. No século I da era cristã, os judeus acabaram por se dispersar pelo império romano ao qual passaram a pertencer, dando origem a uma diáspora. Nessa diáspora vieram para a Península Ibérica e uma comunidade instalou-se no couto de Leomil, um espaço integrador, multi-étnico e multi-religioso.
O local onde se instalou terá sido no sopé da serra, nas imediações da sede jurídico-administrativa do Couto, dando-se a essa comunidade o nome de Semitela. Etnicamente os árabes também são semitas, por isso Semitela, que designa urbe de semitas, tanto poderá referir-se a um pequeno povoado de judeus como de árabes ou de ambos em conjunto. Por esse modo, é crível que a povoação da Semitela remonte ao período da conquista ou reconquista da Península Ibérica. Semitela é um nome pelo qual os próprios semitas não se intitulariam. É algo externo a eles próprios. É uma designação de cristãos sobre os outros povos étnico-religiosos. Daí que seja mais plausível que a Semitela tenha sido constituída na época da reconquista cristã.
De facto esta terra ter-se-á designado assim pela comunidade semítica que ali se fixou. A vila de Leomil tinha em tempos remotos, como todos os povoados de relevo, portas de entrada e saída. O que não se sabe é se a vila era ou não amuralhada. Essa realidade ficou para a posteridade na toponímia. A “Portela”, hoje uma zona residencial, mais não era do que uma pequena porta que assinalava não os limites da vila, mas o início do povoado. O local chamado “Chão da Porta” que corresponde hoje a um bairro novo da vila de Leomil, terá sido, também, um local onde se localizava uma porta de entrada para a sede do Couto. Refiro-me obviamente ao período medievo, onde a circulação e entrada na terra dos senhores feudais, sobretudo no domínio senhorial, reserva ou terra domenicata, pagava imposto. Daí a importância de portas por onde se controlava a entrada de determinados indivíduos em trânsito que deveriam pagar portagem. A Semitela fazia portanto parte do Couto de Leomil, mas fora da urbe, o que se percebe. Os judeus aí residentes não viveriam dentro da sede do Couto senão numa comunidade à parte, algo distante. Mais tarde, vieram a deslocar-se para o arrabalde da vila e constituíram as judiarias de Leomil, no cancelo e no guardal.
Poder-se-á ainda equacionar outra hipótese. O latim “Semitella”, como reflecte Almeida Fernandes no célebre trabalho “Toponímia Portuguesa”, poderá ser diminutivo de “semita” com significado de “senda” ou “atalho”. Seguindo ainda a evolução linguística da toponímia poder-se-á conjecturar que “heremitella” de “heremita” relacionada com um templo terá dado origem a “eremitella”, depois “esmitella” e finalmente “Semitella”.
A Semitela foi sempre, na verdade, uma pequena comunidade e nunca deixou de pertencer a Leomil: primeiro ao Couto, depois ao concelho e hoje à freguesia. Poucos são os documentos que dela nos falam. Mas os poucos que a ela se referem apontam precisamente para a sua pequenez. É o caso, a título de exemplo, da monografia oitocentista do Padre Carvalho da Costa, onde consta que essa paróquia tinha ermida de Santo António e aí viviam 12 vizinhos. Apesar de pequena é terra de grande importância para se perceber a diversidade religiosa e matriz cultural desta sub-região.


Autor: Jaime Ricardo Gouveia

DE VEZ EM QUANDO !

MOIMENTA E A REPÚBLICA!

CELEBRAR O CENTENÁRIO – AFIRMAR O IDEÁRIO!

Apesar da crise, grave (mais uma!), que o nosso país atravessa, não há motivos para desesperar dos ideiais republicanos, para descrer da democracia, para condenar a liberdade!

É preciso moralizar a vida pública, sem dúvida, mas sem demagogia, sem falsos moralismos.

Sete séculos de monarquia conduziram a resultados bem piores!

Determinação, persitência, capacidade, eficácia, eficiência, honestidade, cultura, – excelentes condimentos para fortalecer os objectivos e a acção. Partindo sempre do princípio de que “uns” não são os donos da certeza e da verdade e os “outros” os suspeitos habituais.

Tudo isto vale para a vida pública nacional, como para a realidade de uma qualquer comunidade do país – independentemente do rótulo ou do grau de importância que habitualmente se lhes procura atribuir.

A mim, apraz-me registar que Moimenta esteja no “mapa” das comemorações do centenário da República! Não por “decreto” – sobretudo pela iniciativa do que pode designar-se por “bases”, pelas próprias populações que decidem não esperar pela junta de freguesia, pelo executivo camarário ou pelas muitas direcções-gerais dos muitos ministérios que alimentamos.

Foi o caso de Leomil, da sua Casa do Povo.

Apesar dos lamentos (deslocados) emitidos pelo Presidente da Junta, publica e oficialmente durante os dicursos institucionais, foi uma sessão rica e enriquecedora para quem a presenciou.

Não estivéssemos na primeira década do século XXI e poderia até dizer que assistimos a uma das célebres Conferências do Casino” – felizmente agora sem o risco de sermos travados por um edital régio a proibir a iniciativa.

Pretendendo não ser maçador no relato do que ouvi, vou tentar transmitir o máximo de informação possível – dividindo a leitura em duas partes. Nesta primeira, vou ocupar-me da metade mais institucional, mais oficial – mais do poder, em suma.

E sem demora recordando o episódio do Presidente da Junta de Freguesia de Leomil. Conhecidas que são as divergências entre ele e o Presidente da Casa do Povo (este – um autêntico veterano na corrida ao poder que ainda não logrou alcançar), parece ter sido despropositado o lamento pela ausência da Junta na organização do evento. Admitindo que a direcção da Casa do Povo talvez devesse ter envolvido a Junta – o facto é que, na minha perspectiva, as ideias e os projectos não devem ser necessariamente “oficiais”. O que não invalida o diálogo.

A Casa do Povo antecipou-se?... ou a Junta de Freguesia atrasou-se?

Sem cuidar de saber quem fez o quê em primeiro lugar, foi interessante verificar a humildade com que o Presidente do Executivo Camarário lembrou ter aproveitado a “boleia” dos promotores da iniciativa. E decidiu que a Câmara não só se devia associar como, sobretudo, nela participar. E fazer daquela sessão a primeira iniciativa das comemorações do centenário da República no concelho.

E José Eduardo Ferreira, com esta intervenção, acabou por abrir as portas ao seu entendimento da função cultural. Do Executivo ou de qualquer outra instituição. A aposta na Cultura deve ser bem compreendida e apoiada. E nos próximos anos – disse – há-de ser uma “Bandeira” do Município! Associar a cultura à economia, como por exemplo aproveitar o símbolo e o significado da figura e obra de Aquilino Ribeiro.

O Mestre (as suas ideias – a sua prática) foi, de resto, figura central da sessão em Leomil. Ao seu exemplo de republicano se referiu Alcides Sarmento, Presidente da Assembleia Municipal, e o Governador Civil de Viseu. Miguel Ginestal lembrou Aquilino – republicano mesmo antes da implantação da República – e mostrou entusiasmo pelo que chamou de afirmação das Terras do Demo, baseado nas promessas de entendimento entre os concelhos de Moimenta, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva para a dinamização da Fundação Aquilino Ribeiro. Melhor – afirmou – para a sua “refundação”! Não só preservar, mas PROMOVER o legado.

Não perder a memória, preservar a identidade – lembrou D. António José Rafael, Moimentense e Bispo Emérito de Bragança a residir agora em Lamego. Sem identidade, qual o sentido da vida? – interrogou D.Rafael, a quem a História sempre impressionou. Por isso, disse em atitude pedagógica, um sacerdote deve estudar e conhecer a sua paróquia. Cada uma tem a sua identidade própria.

É desse conjunto de “identidades” que se forma a identidade nacional – esse conceito tão complexo quão difícil de definir. Mas que o Professor Adriano Moreira tentou enquadrar neste momento Europeu, independentemente de saber se foi a Nação que deu origem ao Estado ou se o inverso. Entendendo que em Portugal a regra foi o Estado a preceder a Nação, Adriano Moreira afirma, “No panorama europeu do terceiro milénio, este modelo de Estado-Nação, que também emigrou para os territórios colonizados como ideologia, tem desafios vários: por exemplo, está concretizado em Portugal, está ainda frágil em Espanha, não se tornou efectivo no Reino Unido ou na Bélgica, e tem agora as lembradas condicionantes do multiculturalismo crescente, da crise das soberanias, da formação dos grandes espaços políticos como a União Europeia, tudo a multiplicar os desafios identitários e a tornar complexo o tecido das suas relações internas, articulado com o globalismo abrangente”.

São estes desafios do nosso Estado-Nação igualmente desafios da III República.