sábado, 30 de abril de 2011

«Emprego» - 50 instituições na feira de emprego e formação

A feira de Educação, Formação, Qualificação e Emprego, “Moimenta Oportuna”, que já vai na sua 3ª edição, revelou este ano uma aposta acentuada no emprego. Durante dois dias, 28 e 29 de Abril, estiveram no recinto de jogos da escola secundária de Moimenta da Beira cerca de 50 instituições, entre escolas profissionais, instituições de ensino superior, associações e empresas agro-industriais da região.

O objectivo, de acordo com a coordenadora do Centro Novas Oportunidades, Alzira Gomes, foi “incentivar os alunos, mostrando-lhe oportunidades, um leque variado a nível do emprego e formação”. Esta foi, aliás, a ideia mais vincada na abertura oficial do certame, inaugurado pelo secretário de estado da Administração Local, José Junqueiro, sempre acompanhado pelo presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira. Nos discursos, frisaram ambos a importância da formação e do trabalho no sucesso e desenvolvimento.
Para além dos stands de divulgação das várias instituições ligadas à educação, formação, qualificação e emprego de seis distritos do país (Porto, Viseu, Guarda, Bragança, Vila Real e Castelo Branco), foram também desenvolvidas várias actividades paralelas.
O primeiro dia da feira teve como tema “Melhor Qualificação, Maior Empregabilidade” e foi preenchido por desfiles temáticos, palestras subordinadas ao tema do emprego e workshops dinamizados pelo Centro de Tropas de Operações Especiais.
O segundo, elegeu a saúde como ponto forte. Houve colóquios sobre alimentação, bullying ou alcoolismo na adolescência e realizaram-se também sessões de dança, teatro e desfiles de roupa reciclada e penteados.


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Fonte: CM Moimenta da Beira






Elza Pais efectuou conferencia para alunos

A Secretária de Estado para a Igualdade, Elza Pais, deslocou-se no dia 29 de Abril à Escola Secundária de Moimenta da Beira onde proferiu uma conferência sobre violência no namoro, no âmbito da educação para a saúde, integrada nas actividades do "Moimenta Oportuna 3 - Feira de Educação, Formação, Qualificação e Emprego" e em que participaram alunos e professores do Agrupamento de Escolas.

Para além disso a Secretária de Estado visitou ainda os stands da Feira e moderou um painel subordinado ao tema "A crise e o futuro" em que foi orador convidado o deputado da Assembleia da República José Manuel Ribeiro.

O Presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira, e da Assembleia Municipal, Alcides Sarmento, assim como o deputado Acácio Pinto, associaram-se a esta iniciativa, durante uma parte da sua estada na Escola.
Fonte: PSViseu.net

quinta-feira, 28 de abril de 2011

«Emprego» - Feira de emprego em tenda gigante

Mais de quarenta instituições ligadas à educação, formação, qualificação e emprego de quatro distritos (Viseu, Guarda, Bragança e Vila Real), marcam presença, esta quinta e sexta-feira, 28 e 29 de Abril, na 3ª edição da “Moimenta Oportuna”, uma feira temática promovida pelo Centro Novas Oportunidades do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira.

O certame tem lugar numa tenda gigante instalada no recinto de jogos da Escola Secundário de Moimenta da Beira e vai ser inaugurado às 10 horas de quinta-feira pelo secretário de estado da Administração Local, José Junqueiro.

Entre as instituições presentes, destaque para os stands do Instituto Politécnico de Bragança e da Guarda e da Universidade Católica (pólo de Viseu), do centro de recrutamento do exército de Vila Real, dos Rangers de Lamego, do Instituto de Emprego e Formação Profissional e de várias empresas agro-industriais da região.

Ao longo dos dois dias o programa prevê o desenvolvimento de diversas actividades: simulacros pelos bombeiros voluntários locais, desfiles de penteados e de roupa reciclada, sessões de dança, workshops vários.

Fonte: CM Moimenta da Beira

Uma moeda com cerca de 500 anos encontrada na freguesia da Rua

Cada vez que uma moeda é encontrada na freguesia da Rua suspeita-se que seja oriunda do período Romano. O caso não é para menos. Nos últimos 300 anos foram muitas as moedas aí encontradas relativas a esse período. Pena é que a maior parte das vezes os objectos encontrados rumaram a outras paragens. Tal não acontecesse e hoje tínhamos na Rua abundante material para o estudo da numismática e também da história local. A romanização no concelho de Moimenta da Beira é indiscutível e na freguesia da Rua é cada vez mais uma verdade absoluta. Porém, nem todos os artefactos que ainda se vão encontrando no espaço cercanejo à capela de S. João, entre a Granja dos Oleiros e Vide, onde se crê ter existido uma cidadela romana, são do período clássico.

Há muitos outros vestígios, aparecidos nesse local, pertencentes a outras épocas da história. O que se compreende. Em regra, sempre houve tendência para uns povos ocuparem o espaço dos povos anteriores, por variadas razões, mas sobretudo porque a ocupação anterior se filiava a critérios de escolha que incidiam sobre os locais com as melhores propriedades de defesa e subsistência (férteis).

A moeda que recentemente me chegou às mãos, propriedade do Sr. Hélio Castro, da mencionada freguesia, está parcialmente carcomida e é portadora de pormenores que não a identificam à primeira vista. Esses escassos elementos foram, todavia, o suficiente para eu afastar logo as presunções de ser esta uma moeda romana. As moedas romanas, em circulação durante a maior parte da República e do Império Romano do Ocidente, incluíam o áureo de ouro; o denário de prata; o sestércio de bronze; o dupôndio de bronze; e o asse de cobre. Estas denominações foram utilizadas de meados do século II a.C. até meados do século III d.C. A moeda encontrada, visível nas imagens que apresento não corresponde a nenhuma destas.
Posta de parte, de imediato, a hipótese da filiação romana da moeda, também cedo percebi não se tratar de uma moeda leonesa ou muçulmana. Suspeitei estar na presença de uma moeda portuguesa, isto é forjada depois da constituição de Portugal como reino independente. Os elementos heráldicos que parcialmente se vislumbravam faziam-no crer como uma verdade quase absoluta. Mas que moeda seria? Foram várias as que se usaram depois do século XII, nomeadamente o morabitino (moeda árabe já anteriormente usada) a libra, o real branco, o ceitil, o espadim, o soldo, o dinheiro, o cruzado, o pataco, o vintém, o cinquinho, o dobrão, o tostão, entre muitas muitas outras.

As primeiras moedas portuguesas terão sido produzidas ainda no reinado de D. Afonso Henriques (embora continuassem a circular moedas romanas, leonesas e muçulmanas) certamente depois de ter sido reconhecido pelo Papa como rei. São pequenos espécimes feitos de bolhão, uma liga de cobre e de prata: o dinheiro e a medalha, esta valendo metade de um dinheiro. O dinheiro continuava a tradição do denário romano, que servira de união monetária do vasto Império e que os Bárbaros mantiveram depois da queda de Roma, em espécimes profundamente adulterados. Nos reinos da Europa Medieval corriam moedas idênticas ao dinheiro, que se manteve em circulação até ao final da primeira dinastia portuguesa. A palavra mealha, de onde vem a palavra mealheiro deixou de fabricar-se a partir de D. Afonso II (1211-1223), mas manteve-se engenhosamente na prática. Como a mealha era metade de um dinheiro, ao precisarem dela para trocos, cortavam aquele em duas metades... Essas moedas de bilhão tinham numa das faces a Cruz da Ordem do Templo. A partir de D. Sancho I, a cruz passou a ser cantonada por quatro cravos, evocando a que teriam pregado Jesus. Descobrem-se também nestas moedas os chamados sinais ocultos destinados a impedir a falsificação. A moeda encontrada na freguesia da Rua não parecia encaixar em nenhuma destas características. Continuei a estudar os reinados posteriores.

A partir de D. Afonso III aumentou consideravelmente a produção de dinheiros de bolhão, o que ficou a dever-se à política económica deste rei, criando feiras e mercados. Também D. Dinis continuou esta política incrementando o número de feiras e aumentando os privilégios aos feirantes e o numerário em circulação, indispensável ao comércio. Nos reinados seguintes continuaram a fabricar-se dinheiros de bolhão, denunciando uma carência de metais nobres em Portugal.

Estudar as moedas em circulação em todos os reinados era tarefa muito árdua, pelo que procurei comparar algumas moedas hoje depositadas nalguns museus com a moeda em estudo. A minha base de comparação foi o período moderno, aquele em que suspeitei desde o início filiar-se a moeda encontrada perto da capela de S. João. Pela cunhagem da moeda cheguei à conclusão de que era do reinado de D. Sebastião (1554 – 1578), o que veio a confirmar-se pela reconstituição dos elementos nela constantes. Além da cunhagem apresentar pormenores idênticos ao geral das moedas cunhadas durante esse período, foi possível completar os elementos em falta.

Se a face principal da moeda continha apenas um V (5) romano que aludia ao valor de 5 réis contendo legenda “SEXTAS DECIMUS REX”, o anverso não era anepigráfico, ou seja, possuía legenda que agora era fácil completar. Inicialmente conseguia ler apenas “SE… BIORUM…. Foi possível completá-la da seguinte forma: “SE[BASTIANUS] [REX ….] [ALGAR]BIORUM. Ao centro visualiza-se um escudo real coroado.

Trata-se, por conseguinte, de uma moeda com cerca de quinhentos anos, pertencente ao reinado de D. Sebastião, um período em que o numário é aumentado sobremaneira, e cunhada com as armas desse rei de Portugal e dos Algarves, como aparecia nos documentos e também nas moedas. É sem dúvida mais um elemento de grande importância para a freguesia da Rua e para o estudo da sua história local. É também mais um esparso que ajuda e de que maneira a compreender o povoamento de toda a sub-região compreendida entre os vales do Távora, Tedo e Varosa. No fim, é mais um vestígio que se presta a provar a multiplicidade e pluralidade de ocupações de uma terra com uma história muito rica e da qual continuam a brotar artefactos como que clamando por uma escavação que no futuro ponha esta terra na rota das que mais se prestam ao estudo das eras passadas.

Publicado na última edição do Jornal Terras do Demo

terça-feira, 26 de abril de 2011

«Desporto» - IV BTT DEMO em Vídeo (17-04-2011)

Fica aqui o vídeo colocado no Youtube sobre o IV BTT Demo realizado no passado dia 17-04-2011.

Ficam registadas algumas das belas paisagens e dos espectaculares trilhos que o nosso concelho tem.


Realizador: Carlos Gabriel

«25 Abril» - Capitão de Abril no Dia da Liberdade

Foi um dos protagonistas do Movimento dos Capitães que instaurou a Democracia em Portugal no dia 25 de Abril de 1974. E foi o convidado de honra das comemorações do Dia da Liberdade em Moimenta da Beira, promovidas pela autarquia. Diamantino Gertrudes da Silva, capitão de Abril (hoje coronel) natural de Alvite, desfiou memórias e revisitou a história.

Começou assim: “Vou falar do momento mais exaltante da minha vida”. E falou cerca de uma hora, sempre empolgado, às vezes arrebatado, com a plateia atenta aos instantes, atenta aos pormenores.
“A revolução dos capitães começou por ser corporativa? Admito que sim, mas rapidamente transformou-se em patriótica, em desígnio nacional”, lembrou o ex-capitão de Abril. “E os três D de Democracia, Descolonização e Desenvolvimento, cumpriram-se na íntegra? Provavelmente não”, admitiu também.

Recordou a marcha na madrugada de 25 de Abril, de Viseu à Figueira da Foz e daqui ao Forte de Peniche e finalmente Lisboa. “Eu ia à frente, num carro à civil, atrás vinham quatro viaturas do exército e uma ambulância, todas cheias de militares que se ofereceram para participar na marcha histórica”. E prosseguiu, prosseguiu sempre de recordação em recordação, de instante em instante...

Outros dois deputados municipais pronunciaram-se também: António Reis, da bancada do CDS-PP, e José Agostinho Correia, do PSD, ex-presidente da autarquia.
 
A cerimónia abriu com o presidente da Assembleia Municipal, Alcides Sarmento, e encerrou com a intervenção do chefe do executivo, José Eduardo Ferreira, com um discurso de elogio às conquistas de Abril de 1974. “Nunca em nenhum outro período da história Portugal progrediu tanto”, lembrou.



 Fonte: CM Moimenta da Beira

«Arqueologia» - O Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação: Obra de Fernão Mergulhão

Tampa do túmulo de Fernão Mergulhão

O Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação [1] é um dos mais notáveis monumentos do concelho de Moimenta da Beira, não só pela sua singularidade, como também pelo interessante enquadramento [2], cuja fundação deveu-se a Fernão Mergulhão [3], filho mais velho de Vasco Mergulhão (Fidalgo de Moimenta, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo e Moço da Câmara do Infante D. Fernando) e de Dª. Leonor de Lucena (filha de Fernão de Lucena, fidalgo espanhol estabelecido em Portugal durante o reinado de D. Afonso V, a quem ajudara na luta com Castela), residentes em Moimenta.

Numa análise muito breve, Fernão Mergulhão quis fundar este mosteiro de monjas (conseguindo-o por licença apostólica requerida ao Papa Clemente VIII, em 1594), nas casas [4] que o viram nascer, em favor de suas irmãs [5] (dedicadas à vida de clausura no Mosteiro de Semide) e por remédio de sua alma e de seus pais. Até 1812, ano em foi encerrado pelo Bispo de Lamego, D. João António Binet Pincio (em proveito do Convento das Chagas de Lamego), o seu mosteiro beneficiou de todos os privilégios de que usufruía a Congregação de São Martinho de Tibães, da Ordem de São Bento [6], crescendo, quer em número de religiosas, algumas das quais veneradas pelo povo como santas: Maria Osório, Filipa Pinto e Maria da Encarnação, cujo nome aparece na inscrição (datada de 1637) gravada ao lado do altar de São Francisco Xavier, quer em rendimentos, atingindo 590.000 Rs, 2.472 alqueires de centeio e 218 de trigo (como consta no livro Benedicta Lusitana de Frei Leão de São Tomás).

Pode dizer-se que a família dos Mergulhões (aqui bem representada por Fernão Mergulhão) teve, de facto, um papel preponderante na história de Moimenta da Beira, a partir do século XVI, ao construir a primeira casa brasonada [7] desta localidade (hoje, ainda, importante nos mais diversos aspectos) e, ao mesmo tempo, um dos poucos conventos femininos da Ordem de São Bento no país.

Quanto a Fernão Mergulhão, particularmente, resta dizer ainda que, para além da sua magnífica obra, teve um percurso brilhante e bastante proveitoso. Seguiu a carreira eclesiástica tal como o seu irmão. Estudou Jurisprudência na Universidade de Coimbra; foi Desembargador da Relação Primacial de Braga no tempo do Arcebispo D. Fr. Bartolomeu dos Mártires, Abade de São Clemente de Basto e ainda Governador do Arcebispado de Braga. Faleceu no dia 14 de Novembro de 1604 em Braga, sendo modestamente sepultado no chão (na zona central) da capela-mor do convento que fundou. Em oito linhas, ficou gravado, na tampa do seu túmulo (ver imagem), o seguinte: Aqui jaz o Doutor Fernão Mergulhão Fundador deste Mosteiro Ano 1604.

Medidas gerais da tampa (de contorno rectangular): 1,68m de comprimento x 1,13m de largura.
Medidas do campo epigráfico: 1,26m de altura x 0,70m de largura.
Altura máxima das letras: 0,10cm.


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[1]De traça maneirista, barroca e rococó. É composto pela igreja (decorada com azulejos seiscentistas de motivos geométricos, tendo como tons predominantes o azul e o amarelo), dois coros, duas sacristias (hoje, uma delas transformada em confessionário), dormitórios, refeitório, claustros, instalações diversas e uma pequena cerca.

[2]Lugar: Terreiro das Freiras, Moimenta da Beira.

[3]Fernão Mergulhão teve um irmão, Vasco Baptista (que se fez Jesuíta) e quatro irmãs: Dª. Maria Mergulhão (que casou com Dr. Lourenço Couraça Teixeira, difundindo o ramo da família dos Mergulhões de Moimenta); Dª. Isabel Mergulhão, Dª. Guiomar Nunes e Dª. Margarida de Lucena (que entraram como Beneditinas no Mosteiro de Semide, em Coimbra).

[4]Dadas aos seus pais pela Condessa de Marialva, Dª. Brites de Meneses, em 1533, por mercê e por um almude de “água rosada” cada ano.

[5]Em virtude de um Breve Papal datado de 1596, foram as primeiras monjas do convento de Moimenta, depois de transferidas, juntamente com outra religiosa chamada Antónia Foreira, do Convento Beneditino de Semide para o Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação.

[6]Em virtude do Breve do Papa Clemente VIII, datado de 1597.

[7]As armas da família fundadora campeiam quer no exterior, quer no interior do convento.

Publicado no Jornal Beirão (60.ª edição)

domingo, 24 de abril de 2011

«Protecção Civil» - Agricultor morre em acidente de tractor

Um agricultor morreu no passado Sábad0 [23 Abril] na sequência de um acidente com o tractor que manobrava num campo agrícola, em Arcozelos, concelho de Moimenta da Beira.

Segundo informações dos bombeiros, o veículo tombou e atingiu a vítima, que teria cerca de 60 anos. Os socorristas ainda efectuaram manobras de reanimação, mas sem êxito. O corpo foi transportado para o gabinete de medicina legal para ser autopsiado.

Fonte Artigo: Correio da Manhã
Foto: BV Moimenta da Beira

sexta-feira, 22 de abril de 2011

«Divulgação» - Comemorações do 25 de Abril

É uma manhã inteira a assinalar a Revolução dos Cravos, 37 anos depois. O programa tem início às 9 horas com “Sons de Abril”, uma compilação de músicas de intervenção que vão ser ouvidas na rua, durante as cerimónias. Às 9h30, um passeio de bicicletas pelo concelho, organizado pelo “Pedaldas” e, às 11h00, o içar das bandeiras e hino nacional com guarda de honra, no edifício dos Paços do Município. Finalmente, às 11h30, a sessão solene das comemorações do 25 de Abril, pela Assembleia e Câmara Municipal de Moimenta da Beira.

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Música» - Kit Cat no Jornal de Notícias

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

«Produtos Concelhios» - Ferinha da Terra regressa sábado

Aí está mais uma edição da Feirinha da Terra, este sábado de manhã, 23 de Abril, no mercado municipal de Moimenta da Beira. O evento promete ser concorrido (por ser véspera de Domingo de Páscoa) e animado (porque voltam os tocadores e os cantadores).

É uma iniciativa que veio para ficar e que pode tornar-se semanal, já que o sucesso tem aumentado de feirinha em feirinha. “Vamos primeiro consolidá-la e depois pensar na sua periodicidade”, afirma o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira.

No espaço do mercado voltam a estar presentes cerca de trinta produtores primários do concelho. E volta a haver o sorteio dos vales de compra, que dão 10 euros a cinco consumidores, para serem gastos na feirinha seguinte.

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Fonte: CM Moimenta da Beira

quarta-feira, 20 de abril de 2011

«Divulgação» - Cineclube do Demo exibe primeiro filme


No próximo dia 30 de Abril, às 16h, o premiadíssimo filme "A turma", realizado em 2008 pelo francês Laurent Cantet, será exibido na Escola Secundária/3 Dr. Joaquim Dias Rebelo no âmbito da Semana Cultural.
A exibição tem entrada gratuita e destina-se, em particular, a todos os alunos e, em geral, a toda a população (com ou sem ligações à escola).
No final decorrerá uma tertúlia informal sobre o filme com a participação de todos os espectadores.

A actividade é da responsabilidade do grupo de jovens moimentenses que constituirá o Cineclube do Demo e marca a sua "alvorada" de actividades.

Apareçam e tragam companhia!

Para se manter a par das novidades sobre o Cineclube do Demo faça like na página do facebook (http://www.facebook.com/cineclubedodemo) e visite o sítio oficial na net (http://cineclubedodemo.pt.vu).

Jornal Beirão - «1ª Página» - 61ª Edição

Jornal Terras do Demo - «1ª Página» - 294ª Edição

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«Divulgação» - Moimenta Oportuna 3- Feira de Educação, Formação, Qualificação e Emprego.


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«SCUTS» - Proprietário de tractor agrícola notificado a pagar portagem

David de Sousa Lucena, residente nos Prados de Cima, freguesia da Rua, em Moimenta da Beira, a terra da boa maçã, tem um mini tractor agrícola já com alguns anos de idade que lhe vale muito nas suas lides agrícolas e o mesmo desde que o comprou nunca saiu da sua terra e muito menos ir com ele para a Auto-estrada para a A28, pois sabe bem que o trânsito nesta vias rápidas é proibido a este tipo de veículos.

A A 28 - Auto-Estrada do Litoral Norte, para os que desconhecem é uma auto-estrada que se constitui como o eixo estrutural da região Norte Litoral. Liga o Porto a Vilar de Mouros e atravessa os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Esposende, Viana do Castelo e Caminha, nos distritos de Viana, Braga e Porto, ou seja muito mas muito longe de Moimenta da Beira.

Daí ter sido impossível alguma vez alguém ter pegado no seu tractor e ter ido “passear” na dita via. Porém assim não pensaram os serviços da Via Livre SA, concessionária da via; que lhe enviou uma notificação, acusando-o de ter passado nessa via, e não ter pago a portagem. A matrícula da notificação referia-se à sua viatura, que está registada em seu nome, mas David Lucena, como não quer problemas com a justiça, e o valor em dívida eram 3,29 euros, foi aos correios e pagou, como homem honesto, sabendo à partida que a sua viatura jamais alguma vez ali passou.

Fonte: mundoportugues.org

terça-feira, 19 de abril de 2011

«Divulgação» - Artenave lança newsletter digital

“Eira&Beira”, é com este nome que acaba de nascer a nova plataforma comunicacional digital da Artenave, uma associação de solidariedade de Moimenta da Beira com 16 anos de intenso trabalho de integração social de crianças, jovens e adultos, independentemente da origem e das características intelectuais e mentais de cada um.
Será editada na web de três em três em três meses. “Um espaço informativo num novo formato, mas com o mesmo intuito: o de reflectir o que de mais relevante se passa na nossa instituição e fora dela com ela relacionada”, escreve no editorial a animadora cultural da instituição Cristina Centeio

A nova publicação electrónica “pretende ser um espaço de todos e para os outros, com todos. Onde se conjuguem múltiplos “géneros jornalísticos” em diferentes registos e de vários colaboradores, assim eu espero!”, conclui Cristina Centeio.

O nuclear do conteúdo reside nas notícias, mas há também espaço para sugestões de leitura, conselhos e dicas práticas e breves em agenda.
 
Aqui ficam as páginas da Newsletter:
(clique na imagem para ver com melhor resolução)

 
 


Página 1                                                                            Página 2


 



Página 3                                                                            Página 4








Fonte: CM Moimenta da Beira

«Saúde» - Câmaras envolvem-se mais na Saúde

O estabelecimento de parcerias mais activas entre os centros de saúde e as autarquias “deve ser estimulado e efectivado para um melhor funcionamento do sistema”, sustentou em Moimenta da Beira, na passada quarta-feira, 13 de Abril, Simões de Carvalho, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Douro Sul, que congrega as oito unidades de saúde da região.

A afirmação foi feita durante uma reunião de trabalho com todos os responsáveis dos centros de saúde do Douro Sul e alguns autarcas.

No encontro foi ainda debatida a escassez de médicos na região e a forma “apelativa” em que devem assentar as estratégias e acções para colmatar a falta desses clínicos.

“Falamos ainda da importância da existência em Moimenta da Beira do Serviço de Urgência Básico (SUB) e da qualidade de trabalho ali prestado por todos profissionais, 24 sobre 24 horas”, referiu Simões de Carvalho, confiante no futuro da Saúde na região Douro Sul.
 
Fonte: CM Moimenta da Beira

segunda-feira, 18 de abril de 2011

«MNN - Fotos» - Actualização do separador "Fotografias"

Aos poucos o Separador Fotografias vai ficando actualizado com algumas das fotos que se encontram no Blogue MNN-Fotos.

Quem quiser ver fotos de Moimenta da Beira no nosso blogue, basta enviar um e-mail para: blogmoimentananet@gmail.com.
O contributo de todos é essencial para manter o Blogue actualizado!

«Desporto» - Futsal AF Viseu

A. F. Viseu
Campeonato Distrital de Iniciados

18ª Jornada (17/04)
AJAB Tabuaço 10-0 SC Sever
Os Kappas - Viseu Futsal 2001 11 horas
Gigantes Mangualde 1-7 ABC Nelas
Inter Futsal 4-1 Gumirães
S. João Pesqueira 3-5 CB Viseu



Classificação Final
1º ABC Nelas 18 jogos - 54 Pontos
2º AJAB Tabuaço 18 jogos - 43 Pontos
3º CB S. João Pesqueira 18 jogos - 29 Pontos
4º Inter Futsal 18 jogos - 24 Pontos
5º CB Viseu 18 jogos - 23 Pontos
6º SC Sever 18 jogos - 21 Pontos
7º Gumirães 18 jogos - 21 Pontos
8º Gigantes Mangualde 18 jogos - 20 Pontos
9º Viseu Futsal 2001 17 jogos - 9 Pontos
10º Os Kappas 17 jogos - 8 Pontos

Fonte: FutsalViseu

«Produtos Concelhios» - Vinho e espumante em feira do Brasil

Os vinhos e espumantes da Cooperativa Agrícola do Távora vão estar presentes na ExpoVinis Brasil, uma das maiores feiras de vinho do mundo que decorrerá na cidade brasileira de S. Paulo de 26 a 28 de Abril. É a segunda vez, no espaço de pouco mais de meio ano, que aqueles dois produtos são mostrados ao mundo em operações de charme e campanhas de internacionalização, depois de terem estado em Luanda, Angola, numa outra feira da especialidade, em Setembro de 2010.
“Na ExpoVinis, o objectivo é mostrarmos a qualidade daquilo que produzimos e também encontrarmos parceiros de negócios dos nossos vinhos e espumantes no Brasil. Só em S. Paulo, estamos a falar de um mercado de mais de 20 milhões de pessoas e de uma vastíssima classe média que é importante para a incursão da nossa marca”, explica Vítor Pereira, gestor da Cooperativa Agrícola do Távora.

Na feira vão estar presentes todas as marcas de vinhos e espumantes produzidas na adega cooperativa de Moimenta da Beira: Terras do Demo, Malhadinhas e Aquilinu’s.
 

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Religião» - Semana pascal até Domingo

Iniciou-se no sábado, 16 de Abril, com uma missa vespertina e bênção dos Ramos no adro da igreja matriz da vila, e prosseguiu no Domingo de Ramos com procissão e missa antes de almoço. É a semana pascal com calendário que continua até Domingo de Páscoa, 24 de Abril. Um programa rico com noites cheias de fé. Duas vias sacra abrilhantadas por banda musical, homilias, baptismos no sábado e acções litúrgicas.




Fica aqui uma imagem do programa da Semana Santa.

(Clique na imagem para melhor resolução)


Fonte: CM Moimenta da Beira

«Divulgação»- Baile da Páscoa - Comissão de Festas de S. João de Moimenta da Beira 2011

domingo, 17 de abril de 2011

«Desporto» - AF Viseu

Divisão Honra:


1a Divisão:
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Fonte: ZeroZero.pt

quinta-feira, 14 de abril de 2011

«Agricultura» - Feirinha volta a animar mercado

Num ápice, um número considerável de pequenos produtores, vendeu quase tudo o que tinha em banca: batatas, cebolas, leguminosas diversas, mel em frasco, coelhos vivos, ovos... e mais houvesse.

A segunda edição da Feirinha da Terra, que se realizou este sábado, 9 de Abril, no mercado municipal de Moimenta da Beira, voltou a ser um sucesso. Mais expositores, mais negócio e mais animação. Mais mediatização até, já que o evento despertou mesmo o interesse de uma estação de televisão, que fez reportagem no local. A feirinha veio para ficar. E a próxima, de 23 de Abril, vésperas de Domingo de Páscoa, promete ainda mais. É uma aposta ganha do presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira. Quase trinta pequenos produtores do concelho marcaram presença bem cedo. E, pouco mais de uma hora e meia depois, já não havia muito para vender. Os produtos frescos trazidos da hortinha lá de casa, foram cobiçados e vendidos em bom ritmo. E no espaço do mercado, voltaram a ouvir-se os sons das concertinas e as vozes dos cantadores. Houve animação, brilho e cor. E houve também, no fim, o sorteio que premiou cinco consumidores com vales de compra de 10 euros cada um. O valor tem de ser gasto na próxima edição da Feirinha da Terra.

Fonte: Notícias do Douro

«Cultura» - Editora estreia-se com livro de poesia

É uma nova editora que nasce em Portugal. “Edições Esgotadas” tem sede em Moimenta da Beira e, este último sábado, 9 de Abril, estreou-se com “A Voz do Silêncio”, um livro de poesia de Alexandra Marques, ilustrado por Francisco Cardia.
Mas no prelo, estão outros quatro, de géneros literários diversos.
E há autores brasileiros (dois pelo menos) interessados em publicar.
A editora foi criada “para ajudar a divulgar autores desconhecidos e também para fazer uma incursão no mercado das reedições de obras esgotadas, daquelas que os leitores procuram mas não encontram nos escaparates”, explica Teresa Adão, a directora.
Nasce ainda para apostar forte na difusão de trabalhos científicos ligados à literatura de humor. “O que é hábito em Portugal, quando se procura literatura de humor, é o livreiro aparecer com um livro de anedotas”, lembra a responsável da “Edições Esgotadas”, que quer entrar no mercado alemão. “As perspectivas são boas”, garante.

Fonte: Notícias do Douro

terça-feira, 12 de abril de 2011

«Divulgação»- Futsal - Comissão de Festas de S. João de Moimenta da Beira 2011 (CORRECÇÃO DO CARTAZ)

O novo cartaz apresenta uma correcção das datas. O torneio irá realizar-se nos dias 27, 28 e 29 de Maio.

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um documento histórico para Moimenta da Beira sobre o pelourinho!

Pensou-se e propalou-se, durante muito tempo, e ainda hoje há resquícios dessa ideia, que Moimenta da Beira não tinha história. Tinha sido, até ao século XVIII, tão-somente, uma freguesia do couto de Leomil e, portanto, pertencia a este concelho. Isso é verdade na Idade Média, mas não o é na Época Moderna. O primeiro a tentar lutar contra esta ideia com o intuito de a desfazer foi Monsenhor A. Bento da Guia. Mas, mesmo ele, considerava que Moimenta da Beira só se tinha alcandorado com as honras de concelho quando se extinguiu o de Leomil, isto é, em meados do século XIX. Os meus estudos provaram o contrário e, ainda em vida, Monsenhor A. Bento da Guia transmitiu-me a sua satisfação pelo resultado das minhas descobertas, quer pessoalmente, quer na sessão pública do lançamento da monografia da vila de Leomil. O concelho de Moimenta da Beira foi criado não apenas quando se extinguiu o de Leomil mas sim quando foi extinto o couto de Leomil por ocasião da morte da condessa de Marialva sem descendentes, no século XVI, passando todas as propriedades senhoriais da família para a Coroa. Foi então que o maior Couto do Reino se desfez, e foi por essa ocasião também que a Coroa, agora proprietária, concedeu o dízimo das suas terras a determinadas instituições. Para dar um exemplo, o dízimo de Leomil foi pertença do mosteiro de Salzedas e da Sé Patriarcal de Lisboa, enquanto que o dízimo de Moimenta da Beira foi concedido à Universidade de Coimbra, a qual, por sua vez, se encarregava das obrigação, e não apenas direitos, de padroado.

Uma vez que a Universidade de Coimbra recebia os dízimos do concelho de Moimenta da Beira, já existente pelo menos desde o século XVI, teve a necessidade de tombar, isto é, colocar em tombo, uma relação exacta desses bens, com o fim de nenhum se perder. Esse processo de tombamento de bens ocorreu ao longo de toda a época moderna. Sabe-se ter existido um tombo do século XVII e há notícia de um tombo do século XVIII. Neste último foram tombados os bens dos concelhos de Moimenta da Beira, Castelo, Nagosa, Caria, entre outros. Neles há uma descrição precisa das confrontações entre as várias localidades, como o objectivo de se perceber onde confinava o dízimo de umas e outras. Nesse processo de delimitação dos dízimos foram seguidos escrupulosamente os limites antigos, representados por cruzes em fragas, penedias e paredes, e colocaram-se limites da época para assinalar o processo demarcatório, os quais eram de pedra lavrada de cantaria com robustas siglas VDE, abreviatura de “Universidade”. É por isso que bem perto de alguns desses marcos existem cruzes antiquíssimas.

Este processo de tombamento de bens não se restringia a propriedades fundiárias. A Universidade de Coimbra tinha também outro tipo de bens emprazados dentro das localidades que lhe deviam o dízimo. Era o caso de casas, palheiros, pardieiros e outros bens imóveis. Os rendeiros encontravam-se vinculados à Universidade por um contrato designado de prazo que, ao estilo medievo, podia estar consignado para diversas vidas, transcorrendo, assim, várias gerações. Em Moimenta da Beira eram vários os indivíduos que tinham na sua posse bens da Universidade, emprazados, pelos quais pagavam certas quantias de dinheiro. Quando no século XVIII a Universidade de Coimbra decide tombar todos os seus bens, inclui estes prazos e coloca neles os mesmos marcos de pedra lavrada de cantaria com letras VDE. É por isso que, ainda hoje, se encontram muitos destes marcos nalgumas casas, em parcelas de terreno dentro das localidades, e ainda nos adros e nas próprias igrejas matrizes, tal como aconteceu nas redondezas das igrejas de Moimenta e Paradinha. Tudo o que era propriedade sobre a qual incidia tributo pago à Universidade de Coimbra levou, no século XVIII, com a chancela VDE da Universidade do Mondego.

É numa destas demarcações de uma casa sita no centro histórico da vila de Moimenta da Beira, que encontrei a mais antiga referência conhecida ao pelourinho do concelho. Trata-se de uma descoberta importante pois quando me embrenhei na tarefa de dar a conhecer ao povo de Moimenta da Beira a memória do seu desaparecido pelourinho, houve quem, com cepticismo, duvidasse que Moimenta da Beira tinha possuído essa prova da ancestralidade do município. E se passou a ser um dado adquirido que Moimenta de facto teve pelourinho, pelas fontes do século XIX e XX existentes, a verdade é que se duvidava da existência do pelourinho em séculos anteriores. Sempre foi a minha convicção e intuição de que o pelourinho de Moimenta era bastante antigo. A verdade é que encontrei o documento que faltava para o provar. Segue-se a sua transcrição, em linguagem da época, como manda a Paleografia, ciência auxiliar da História que se dedica ao estudo e transcrição de documentos históricos:

“Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e setecentos e sincoenta e dous annos aos quinze dias do mês de Maio do dito anno nesta villa de Muymenta da Beyra comarca de Lamego junto ao polourinho da praça honde veyo o Doutor Thomas Gregorio de Carvalho juis dos tombos e demarcaçoens dos bens e fazendas da Universidade de Coimbra no destrito da Beyra Alta com Alçada por sua Magestade que Deos guarde etc. comigo escrivão e mais offeciaes do tombo e juntamente Francisco Xavier de Vasconcelos Loureiro mordomo da Universidade e procurador della neste tombo e por elle foi dito a elle doutor juis do tombo que entre os mais bens que pertencem aos passaes da igreja matris de Sam Joam Baptista desta villa de que a Universidade he padroeira e directo senhorio que vieram pera ella do conde de Marialva dos quoaes os senhores reis deste reyno lhe fizeram mercê como constava dos documentos e bullas apostólicas que se acham no cartório da mesma Universidade de que ella por seos rendeiros da renda que tem nesta villa desde tempo immemorial recebe os foros e dízimos de todos os frutos desta freguesia e suas anexas bem assim hera hum prazo de huma caza de sobrado com sua logea neste citio que huma Brazia Gonçalves viúva desta villa reconheceo na certidam do tombo antigo feito no anno de mil e seis centos e quatro livro primeiro folhas cento e trinta e duas […].

“Item huma caza de sobrado com sua logea e escada de pedra e seu piqueno rexio e seu cuberto pera a banda do norte digo poente no citio junto ao polourinho da praça desta villa na viella que vay do polourinho pera a capella da Senhora do Amparo e a entrada servintia da dita caza he pella dita viella e he telhada forrada e cayada por dentro e esta reedificada e tem sua jenella de acentos pera o poente sobre a dita viella e partem do nascente com cazas de Jose de Sarmento de Vasconcelos do lugar de Paredinha e do sul e poente com cazas do dito padre António Botelho e do norte partem com a dita viella. E sendo medidas por dentro tem do norte ao sul e pella banda do poente seis varas e quarta e do nascente o poente pella banda do sul tem de largo três varas e meia e do sul ao norte pello nascente tem seis varas e quarta // e pella banda do norte junto a porta da entrada tem de largo três varas e mea e todas as varas sam craveiras de sinco palmos e medidas em vam fora a grosura das paredes e na torça da porta se fizeram letras VDE que querem dizer Universidade e junto a escada no rexio pertencente a este prazo com pregam do porteiro se pregou hum marco com suas testemunhas que he de pedra lavrada de cantaria de sinco palmos de cumprido e palmo e meyo de largo com letras VDE […]”.

A nossa sede de concelho merecia esta reposição da memória. A História não deve ser utilizada abusivamente por uns e outros apenas para contar estórias transmitidas de boca em boca ao longo das gerações. A recuperação da memória pode e deve ter uma influência no presente, tal como aconteceu com a construção da réplica do pelourinho, hoje existente no terreiro das freiras, para que os de fora saibam que os de cá se preocupam com a História.

Publicado na última Edição do Jornal Terras do Demo

domingo, 10 de abril de 2011

«Arqueologia» - As gravuras rupestres da Chã das Lameiras

Quem fez as gravuras no sítio da Chã das Lameiras(1) e com que propósito?
Não dispondo ainda de uma ideia segura sobre o seu significado, a interpretação destas gravuras(2) (ver imagem I) deverá fazer-se, contudo, pela proximidade dos sítios arqueológicos da Orca Grande(3) (imagem II) e da Chã das Lameiras(4) , no quadro da paisagem megalítica do Planalto da Nave.
No meu entender, os diversos motivos (mais de uma dezena numa escala aproximada de 0,50 m, entre os quais distinguem-se dois em forma de S e duas cruzes) terão sido gravados provavelmente por comunidades de pastores e agricultores, entre o Vº e o Iº milénio antes de Cristo (entre o Neolítico e a Idade do Ferro), constituindo, a par das antas(5) (conhecidas localmente por orcas) e dos menires, os primeiros testemunhos da ocupação deste território, já que anteriormente a estas construções funerárias e simbólicas, o registo arqueológico concelhio é completamente inexistente.
Podendo deter aqui um significado complementar, os motivos representados, nesta superfície rochosa (granítica) ao ar livre, serão uma forma de comunicação pré-histórica (codificada), intrinsecamente ligada a aspectos da realidade quotidiana dos seus construtores, com propósitos territoriais (como sinal de identificação/reconhecimento/domesticação/ritualização/domínio territorial) e/ou religiosos/funerários (associados a um local de reunião, de culto e/ou de enterramento), “comungando”, talvez, segundo um acto cerimonial, do mesmo mundo de simbolismo perpetuado nas estátuas-menires de Alvite e de Peravelha.

Para chegar ao monumento deve seguir-se, a partir da povoação de Alvite ou das localidades de Carapito e Peravelha, pelo Circuito Pré-Histórico do Planalto da Nave. As gravuras ficam a poucos metros, do lado esquerdo do circuito, de frente para a Orca Grande. A circunstância de se tratar de uma zona de afloramentos graníticos impede uma melhor percepção do monumento, daí também a razão da sua imperturbabilidade.
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1. Relevo pouco acentuado, entre corgos subsidiários do rio Paiva, no Planalto da Nave, acima dos 900 metros de altitude. Freguesia de Peravelha.
2. Reveladas simpaticamente, assim como outros sítios de interesse neste concelho, pelo Sr. Guilherme Abreu, entusiasta das antiguidades de Moimenta, aquando da elaboração da Carta Arqueológica do Concelho de Moimenta da Beira.
3. Terá sido a grande sepultura colectiva das comunidades que frequentavam este planalto há cerca de 5 000 anos. Também conhecida por Orca das Lameiras.
4. Sítio aberto, a Sul/Sudoeste da Orca Grande, da qual dista aproximadamente 300 metros, caracterizado por pequenos montículos à base de lajes e calhaus angulosos, onde foram recolhidos seixos e fragmentos cerâmicos, alguns dos quais decorados (Bibliografia: CRUZ, D. J. (2001) – O Alto Paiva: Megalitismo, Diversidade Tumular e Práticas Rituais durante a Pré-História Recente, 2 Vols. Coimbra).
5. Fonte do Rato, Bebedouro, Seixas, Carquejas, Quinta dos Caetanos, etc.

Autor: José Carlos Santos
Publicado na 59.ª edição do Jornal Beirão

«Desporto» - AF Viseu

Divisão Honra:


1a Divisão:


(clique nas imagens para melhor resolução)

Fonte: ZeroZero.pt

«Divulgação» - Casa do Futebol Clube do Porto de Moimenta da Beira

(clique na imagem para melhor resolução)

A freguesia de Baldos em 1758

Segundo o redactor da descrição setecentista acerca desta freguesia redigida em 7 de Maio de 1758, Veríssimo Rebelo se chamava, a mesma contava com 99 habitantes. O cura da paróquia era escolhido anualmente pelo abade de Moimenta da Beira e ambas as localidades pagavam o dízimo à Universidade de Coimbra. A igreja do orago de S. Sebastião estava situada praticamente dentro da localidade. Os altares que esta albergava eram três, a saber: o do Santíssimo Sacramento, o do Menino Jesus e de N. Sra. do Rosário. Reza a descrição da igreja que a mesma não tinha naves nem era sede de nenhuma irmandade. Tinha, no entanto, algumas rendas que lhe eram confinadas: seis mil réis para a pensão do pároco, dois mil reis da renda de algumas casas, oitocentos mil réis para a doutrina, treze arráteis e meio de cera, vinte almudes de vinho, dois arráteis de sabão, vinte alqueires de centeio e outros vinte de trigo.

Situada num vale, a povoação de Baldos não tinha entre si beneficiados, conventos, hospital, misericórdia, correios, não tinha ermidas, nem tinha feiras. Pertencia à administração de Moimenta da Beira, o que equivale a dizer que estava adstrita à sua Câmara e à justiça própria, regida por um juiz de fora que realizava as audiências no Tribunal. Dela se descobria a povoação dos Arcozelos e de Aldeia de Nacomba.

No que toca às culturas dominantes, o redactor da aludida descrição, refere o centeio, o milho, o vinho, as castanhas, o azeite e alguns legumes. A água, esse bem vital desde que o mundo é mundo, é referenciada também pelo pároco descritor, quando este se refere à única fonte que a freguesia possuía no meio do povo, e que era utilizada para consumo caseiro e para a rega dos mimos de um mais que certo abundante granjeio.