domingo, 31 de outubro de 2010

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Um dia extasiante na vida dos seniores

Foi um dia em cheio para mais de centena e meia de idosos do concelho de Moimenta da Beira. A comemoração do Dia Mundial da Terceira Idade, promovido pela autarquia, esta quinta-feira, 28 de Outubro, não podia ter corrido melhor.
De manhã, os seniores envolveram-se em actividades desportivas e fizeram um rastreio de saúde. Tudo no pavilhão municipal. Ao meio-dia, houve um almoço-gigante no quartel dos Bombeiros Voluntários. E à tarde, teatro, e muita, muita animação na Artenave, com direito até a três directos para o “Portugal no Coração”, programa da RTP1 apresentado nos estúdios por João Baião e Tânia Ribas de Oliveira.
Em Moimenta da Beira, Ana Viriato, da equipa do canal 1 da televisão do Estado, conduziu as entrevistas. A operação mediática, que não custou um cêntimo aos cofres da autarquia, foi um momento de verdadeiro e puro serviço público prestado pela RTP. O presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira, fez questão de sublinhar isso mesmo quando foi entrevistado no início do programa.
O evento, segundo números da própria estação de televisão, teve uma audiência superior a 600 mil telespectadores e foi visto em todo o mundo através da RTP Internacional.
“Foi o dia mais feliz da minha vida”, desabafou um idoso de Peva durante o baile que aconteceu no auditório da Artenave, ao som do grupo de cavaquinhos da Universidade Sénior de Moimenta da Beira, que voltou depois a animar a sala onde foi servido o lanche.
Durante a tarde, muitos idosos receberam mensagens de felicitações de familiares que viam o programa da RTP1. “Acabei de falar com a minha filha, que está em Lisboa. Ela viu-me na televisão e ligou-me logo. Nem acredito”, gritou com os braços erguidos e os olhos abertos de felicidade, António Santos, 76 anos, de Vide, Vila da Rua. Fonte: CM Moimenta da Beira

Câmara dá telemóveis às Juntas

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira disponibilizou telemóveis a todos os presidentes de Junta de Freguesia do município. A cedência foi feita, esta quarta-feira, 27 de Outubro, durante a terceira reunião descentralizada da autarquia com as juntas, que decorreu em Leomil.
A operação é concretizada quase a custo zero, graças a um acordo que a Câmara tem com a TMN, acordo que concede aos novos utilizadores comunicações grátis para a rede de telemóveis da autarquia, e ainda 50 minutos de conversações, também de graça, para a TMN e rede fixa e custos mais baixos para as comunicações com outras operadoras.
“Tínhamos telemóveis disponíveis e o acordo que nos permitia, quase sem gastar nada, concretizar esta operação. Foi o que fizemos”, explicou o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira.
“Até aqui, gastávamos dinheiro sempre que falávamos ao telemóvel uns com os outros, mas a partir de agora, passa a não custar. A medida economiza custos a todos”, acrescentou o edil no fim da entrega dos aparelhos. Fonte: CM Moimenta da Beira

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Autarcas da CIMDouro elegem construção dos centros escolares como prioridade absoluta

A construção dos centros escolares é uma prioridade absoluta para os 19 presidentes de câmara que compõem a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDouro), que estiveram reunidos esta segunda-feira, 25 de Outubro, em Moimenta da Beira, a convite do líder da autarquia, José Eduardo Ferreira.
“Vamos ter de reforçar e reafectar verbas de outros projectos para a construção dos centros escolares. Esta é a nossa prioridade principal”, disse no fim do encontro o presidente da Câmara de Alijó e da CIMDouro, Artur Cascarejo.
“E o esforço vai ter de ser solidário entre todos os municípios da Comunidade Intermunicipal do Douro. Nenhum concelho pode ser sacrificado, todos vão ser dotados dos centros escolares previstos”, sublinhou o autarca, acrescentando que o esforço que vai ser necessário para a edificação de todos os edifícios em todos os municípios da CIMDouro, vai obrigar à contenção de despesas, como por exemplo “festas, iluminações de natal, entre outras iniciativas”. Fonte: CM Moimenta da Beira

Câmara reúne com as Juntas de Freguesia

É a terceira reunião descentralizada que o Executivo Municipal de Moimenta da Beira, liderado por José Eduardo Ferreira, promove com as juntas de freguesia do concelho, vinte ao todo.
Vai decorrer esta quarta-feira, 27 de Outubro, a partir das 19 horas, na sede da Junta de Freguesia de Leomil.
No encontro de autarcas, serão abordadas questões relativas à toponímia, aos protocolos de cooperação permanente (transferências mensais) para o ano de 2011 e às marcações de reuniões com os produtores primários em cada localidade.
A agenda de trabalho inclui ainda conversações sobre a rede eléctrica (ampliações), os jogos desportivos e outros assuntos de interesse que forem suscitos no decurso da reunião. Fonte: CM Moimenta da Beira

«Arqueologia» - Moimenta subterrânea

Passamos sobre eles centenas de vezes, mas não damos conta que, por baixo do solo da vila de Moimenta da Beira, permanece uma rede de canais que tem permitido, durante séculos, o abastecimento de inúmeras fontes e fontanários: Fonte da Pipa, Fontaínhas, Fonte de São João, Fonte da Mina, Fontes da Corujeira, etc.
Animado por este tema e no seguimento de um apontamento aqui feito (Os mitos subterrâneos do Terreiro das Freiras), foi possível visitar um desses espaços, no passado dia 18 de Setembro, juntamente com o Sr. Luís Garfinho (natural desta terra – ver imagem I), que prontamente aceitou este desafio.
Com efeito, entrámos num túnel, do lado direito da Fonte da Pipa, com cerca de 1,50 m de altura e 0,50/1 m de largura, que, contudo, não permite a uma pessoa de estatura média fazer a caminhada erguida.
Após alguns metros, deparámo-nos com duas ramificações: uma para a direita, entretanto, obstruída em consequência do arranjo, ocorrido na última década, da Rua do Visconde de Moimenta; e outra para a esquerda, com cerca de 10 m de extensão, na qual é possível ver a água desembocar na Fonte da Pipa por uma caleira de pedra, o que obriga o visitante a sair por onde entrou.
Recorrendo ao uso de lanternas e de outros apetrechos, verificámos que se trata de uma construção cuidada, de tecto e paredes de cantaria (ver imagem II), complementada por afloramentos rochosos apenas na parte posterior da referida fonte, onde, para além da penetrante escuridão e da presença de morcegos… o ar é rarefeito, muito quente e húmido.
Há quem diga que, em tempos antigos, era possível visitar a maioria destes túneis, inclusive um com ligação ao antigo Convento da Ordem Terceira de São Francisco, na freguesia de Rua.
Mito ou realidade, resta dizer sobretudo que, hoje, estes canais ainda mantêm o seu sentido útil, a função primordial no abastecimento de água à população, embora longe dos tempos em que, por exemplo, a Fonte da Pipa, monumento de aparato e um dos mais simbólicos desta vila, constituiu um local de frequência obrigatória, um espaço de convivência, de sociabilidade e integrador da vida comunitária… por outras palavras, longe dos tempos em que as pessoas levavam o cântaro na mão e faziam fila junto à fonte para ir buscar água para beber, cozinhar ou lavar!

Autor: José Carlos Santos
Publicado pelo Jornal Beirão no 08 dia de Outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Filhos da Terra, Pais da República. Leomilenses no panorama republicano nacional, regional e local.

Sete dias depois de implantada a República reunia a autarquia moimentense, a título extraordinário, com o objectivo de deliberar sobre os últimos acontecimentos políticos. Deliberou o executivo, por unanimidade, aderir franca e lealmente à República, pondo-se à disposição do Sr. Administrador do concelho e comunicar essa decisão ao Presidente do Governo Provisório, ao Ministro do Interior e ao Governador Civil.

Noutra sessão extraordinária, presidida pelo Dr. José Antunes da Silva e Castro (viria a ser administrador do concelho) que aí se encontrava na companhia de muitos dos republicanos activos no concelho, vários elementos do povo e todos os funcionários municipais, foi escolhida, por aclamação, a Comissão Municipal Republicana para gerir os negócios da autarquia até ao aparecimento de uma corporação legalmente eleita pelo regime da República. Ficou constituída por: António Ferreira de Almeida; João de Almeida Galafura Carvalhais; David Rocha; Casimiro Martins; José de Almeida Leitão; Guilherme Bebiano; Domingos Portugal; D. José Coutinho de Lencastre; Joaquim Pinto; e Manuel Nina. Tomaram depois posse da mesa e procederam à eleição do presidente, por escrutínio secreto. Recaiu a escolha na figura de João de Almeida Galafura Carvalhais.

Prosseguiram os trabalhos, nesta sessão inaugural, e no fim, sob proposta da presidência deliberou-se ainda consignar um voto de louvor e agradecimento aos cidadãos da Vila de Leomil, “que há tantos annos e com a maior lealdade têm contribuído para o engrandecimento do Partido Republicano e para a difusão das ideias democráticas”.

A alusão a Leomil estava efectivamente relacionada com o forte núcleo republicano que se constituíra em redor de algumas famílias da vila, sendo crível que o triângulo maçónico que terá existido no concelho se localizasse aí.

Os proprietários do solar dos Coutinhos - Descendente de um dos ramos da família Coutinho a família Braga e Gomes, legítima proprietária do solar dos Coutinhos de Leomil, cedo se notabilizou como republicana. Sabe-se, inclusive, que encaixotou a pedra de armas que se encontra na confluência das fachadas do solar, como prova do repúdio pelos velhos títulos monárquicos da nobreza e fidalguia. A pedra de armas apenas ficou despojada do aludido caixote de madeira, quando o tempo apodreceu o material acarretando o seu auto-desmoronamento.

Além de republicanos, alguns elementos desta família eram afectos à maçonaria. Destacam-se as figuras de José Ribeiro Braga, avô da actual proprietária do solar, D. Maria Cândida Braga Guedes Gomes (a quem devo muitas das informações constantes aqui), conservador do Registo Predial da comarca de Lamego e mação; Joaquim Pereira Gomes, também avô da actual proprietária do solar, assim como seu filho Faustino Guedes Gomes, o qual foi membro do Conselho Municipal nos anos 40 e director e impulsionador do Jornal Voz de Leomil nos anos 80. Um derradeiro elemento desta família a relevar é Engrácia Ribeiro Braga. Republicana convicta, participou em comícios republicanos locais.

Família Paiva Gomes – Os irmãos Paiva Gomes que haveriam de se destacar como republicanos de gema, nasceram do enlace matrimonial entre José Gomes Ferreira Pinto (n. 18 de Setembro de 1840), proprietário e médico das câmaras de Vila Nova de Foz Côa, Trancoso e Moimenta da Beira, e da leomilense Maria Isabel de Paiva Gomes (n. 17 de Março de 1854). Tiveram sete filhos.

O investimento no progresso que esta família preconizou na sua terra foi particularmente evidente, nomeadamente através da fábrica da manteiga de Leomil e da empresa EAVT. As garridas cores com que decidiram pintar as suas camionetas, vermelho e verde, denunciam ainda as suas convicções republicanas.

Dos aludidos membros desta família, destaco, muito resumidamente, alguns. António de Paiva Gomes (1878-1939), desde logo. Médico de profissão iniciou a sua actividade profissional nas possessões coloniais portuguesas onde iniciou também e expandiu a sua actividade política. Aí chegou a fundar o jornal republicano O Incondicional e foi depois eleito presidente do Centro Republicano Couceiro da Costa, que chegou a ter 600 sócios. Foi deputado várias vezes, fazendo parte de todas as legislaturas até 1926, exceptuando a de Sidónio Pais, período em que esteve preso no forte de Elvas. Na Câmara dos Deputados integrou várias comissões parlamentares de Colónias, Finanças e Orçamento.

Foi ministro das Finanças (1919); ministro das Colónias por três vezes, entre 1920 e 1925, e integrou também o Conselho Superior das Colónias. Presidiu ao Conselho Superior da Administração Financeira do Estado (1924-1926) e ao Conselho Superior de Finanças. Foi senador do partido republicano a nível distrital e pertenceu, ainda, à Maçonaria, no seio da qual foi iniciado em 1904, na loja “Cruzeiro do Sul”, adoptando o nome de Câmara Pestana. Foi autor de várias obras redigidas entre 1909 e 1911.

Da família republicana Paiva Gomes merecem destaque, ainda, duas figuras. José de Paiva Gomes (1876-1933) militar distinto (alferes, depois tenente e coronel) e médico; governador-civil substituto do Porto (1911); chefe dos Serviços de Saúde de Timor (1920) e Governador interino de Timor (1921-1923). Ernesto de Paiva Gomes (1884-1967) foi empresário (proprietário da EAVT e da Fábrica da Manteiga de Leomil), tesoureiro da Fazenda Pública e tesoureiro interino da Câmara Municipal (1922). No seu escritório tinha um enorme busto da república, ao lado do qual figurava a bandeira a ele alusiva e com a qual foi sepultado. Foi um dos responsáveis pela vitória do general Humberto Delgado, em Leomil, nas eleições de 1958 (é avô do Sr. Prof. Doutor João Pedro Cunha Ribeiro a quem devo e agradeço algumas das informações aqui constantes).

Aos indivíduos referenciados acrescem muitas outras figuras e famílias que tiveram também uma intervenção destacada no panorama político local, regional e nacional, desde o primeiro modelo que a República parturiu até ao que hoje, cem anos depois vigora, encontrando-se esquecidas e ofuscadas por outras. Convirá proceder a esse exercício de rememoração!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

«Desporto» - AF Viseu

Divisão Honra:


1a Divisão Zona Norte:



Divisão Honra Futsal:


(clicar nas imagens para ampliar)

Fonte: Zerozero.pt

sábado, 23 de outubro de 2010

Moimenta outra vez na RTP1

A RTP1 transmitirá, no Dia Mundial da Terceira Idade, que se comemora esta quinta-feira, 28 de Outubro, três momentos em directo do programa comemorativo que a autarquia preparou para aquele dia. É a segunda vez, no espaço de menos de três meses, que Moimenta da Beira aparece na televisão, em directo, sempre pelos melhores e mais saudáveis motivos. A primeira foi em Agosto, dia 11, com o “Verão Total”.
A transmissão televisiva acontecerá no decorrer do “Portugal no Coração”, programa conduzido dos estúdios por João Baião e Tânia Ribas de Oliveira, que vai para o ar entre as 15h30 e as 18 horas.
Estima-se que mais de uma centena de seniores de todas as freguesias do concelho, assistam e participem em todas as actividades de animação, que começam manhã cedo com um rastreio de saúde e prossegue depois com diversas actividades desportivas no pavilhão. Ao meio-dia, pausa para almoço, no salão dos Bombeiros Voluntários.
É de tarde que a RTP1 começará a dar os directos. O alinhamento ainda está a ser ultimado, mas as transmissões poderão acontecer logo ao início da tarde cultural, no palco do auditório da Artenave, onde haverá teatro, com uma dramatização de “O Romance da Raposa”, um dos últimos livros de mestre Aquilino Ribeiro. A peça é uma encenação e produção também da Artenave.
Os directos podem ainda acontecer durante a actuação do grupo de aeróbica e de cavaquinhos da Universidade Sénior Infante D. Henrique, de Moimenta da Beira, ou em algumas actividades físicas. Em todas, os idosos entrarão em acção, dando alma e vida ao dia que se evoca. Fonte:CM Moimenta da Beira

Danças de Salão reiniciam no pavilhão

As aulas de Danças de Salão vão reiniciar no pavilhão municipal de Moimenta da Beira, aos sábados, a partir de 6 Novembro, sempre depois das 18 horas.
Valsa, Bolero, Paso Doble, Marengue, Samba, Kizomba, são seis estilos de danças que, entre outros, os profissionais da “Escola Populum” ensinarão aos interessados que se inscreverem. É a actividade física com divertimento.
A “Populum, Escola de Danças” foi criada em 1997, em Braga, e é hoje a maior do país no ensino da dança. Além das actividades pedagógicas esta escola destaca-se pela promoção constante da dinâmica e convívio social, desenvolvendo e solidificando parcerias com diversas câmaras municipais, como é o caso de Moimenta da Beira. Fonte:CM Moimenta da Beira

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Internet grátis no jardim e na praceta

A Câmara acaba de instalar o sistema ‘wireless’ que permite acesso livre à Internet, 24 horas por dia, a quem estiver nas zonas circundantes ao edifício dos Paços do Concelho, em especial nos espaços públicos e lúdicos do Jardim do Tabolado e da Praceta Comandante Requeijo (antigo Largo das Tílias), duas áreas de lazer de excelência.
A disponibilização da Internet, grátis e sem condicionamentos ou restrições, agora posta ao serviço de todos pela autarquia, vem generalizar ainda mais o acesso às novas tecnologias e contribuir para um maior e mais vasto leque de áreas do conhecimento por parte do cidadão.
Num mundo globalizado como o nosso, um instrumento como este torna-se cada vez mais indispensável à vida de todos e de cada um em particular.

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Cultura» - Dois livros ‘à sombra de Aquilino’

Um já foi dado à estampa, há uns meses, e outro acaba de sair. Há um terceiro que está na calha. É uma trilogia que Manuel de Lima Bastos, advogado, natural de Santa Maria de Fiães, escreve à volta de Aquilino Ribeiro, escritor que admira, seu leitor confesso e compulsivo.
Os dois que já saíram, ambos edição da “Sopa de Letras” (“À sombra de Mestre Aquilino” e “De novo à sombra de Mestre Aquilino”), têm um pouco de tudo: ora guia, ora roteiro, onde se cruzam memórias pessoais, gostos gastronómicos, figuras e locais do universo aquiliniano.
No segundo livro da trilogia que há-de completar-se em breve, e que será apresentado brevemente em Moimenta da Beira, o autor começa assim: “Depois de vários anos de deambulações com amigos, e mais tarde com a família, pelas terras altas da Beira de Mestre Aquilino, ora subindo ora descendo mas sempre à volta das serras da Lapa e da Nave que são a alma e o cerne da geografia que o escritor quase invariavelmente transpôs para a sua obra, deu-me para escrever...”.
Aconselha-se vivamente a leitura!

Fonte: CM Moimenta da Beira

DE VEZ EM QUANDO !


CINCO ANOS DEPOIS...


ANTES DO TEMPO !

Foram dias foram anos

Em cada minuto de trinta

Uma vida sempre cheia

A começar do vazio

Uma casa muita gente

Pessoas de muitos tempos.

Chegaram e não ficaram

Partiram de modos diferentes

Fui chegando e aqui voltando

Não sei se quatro se três

As vezes que me chamaram

P’ra começar outras frentes

Batalhas que fui travando

Cada vida em sua vez.

Não foi uma guerra perdida

Nem a morte anunciada

Silêncios de fracos espíritos

Que se escondem na penumbra

Não derrubam coisa alguma.

São fantasmas, camaleões

De um novo tempo sem ética

Maquiavel alma ferida

Contradiz, pena gelada

O que pensam serem méritos

De razão que não deslumbra.

Conhecidas uma a uma

Todas elas ilusões,

Nenhuma resiste sem métrica

Esfumam-se num lago seco

De lágrimas de crocodilo,

Arestas pontiagudas

Secas, finas e brilhantes

Ponteiros de um tempo novo

Mágico, sem viajantes.

E perdidas no labirinto

Dos poderes que estão em jogo

São almas não são amantes

Já não lhes sobram paixões

De escrever ou de rezar.

Já não sabem se o que sinto

É um dom que ateia o fogo

Ou então como era dantes

Correr atrás dos balões

Subiam subiam sempre

Vazios mesmo com ar.

Quem me dera ser Aleixo, Régio, o grande Bocage

Ser vate de muitos génios

Para dizer o que sinto neste adeus antes do tempo.

Mas nem sequer sou rimador

De tanta expressão com dor

Que é partir mais uma vez

E o regressar nem talvez

Agora que se fabricam jornalistas numa linha.

Coisa de muitos mistérios

Prece de computador

Sinais precoces da lage

Onde restará o tempo

Coração de pouca mágoa que sempre me acarinha !

Uma casa muita gente

Pessoas de muitos tempos

De todos guardo lembrança

De menos ou mais talento

E no altar da amizade

Há santos e pecadores.

A uns venero de agrado e aos outros estendo a mão

Mas não pretendo ser santo ou perder o coração

Traído pela memória de alguns que bem lamento.

São riscos de um mundo quente

Em permanente mudança

Ora pouco solidário ora perdendo valores,

Mas não sei mais que dizer-vos

Neste círculo de amizade

Quem me dera ser Aleixo, Régio, o grande Bocage

Ser vate de muitos génios

Para dizer o que sinto neste adeus antes do tempo !

Porto, Abril de 2005

António Bondoso



DE VEZ EM QUANDO !


CINCO ANOS DEPOIS...



A RÁDIO EM PORTUGAL ESTÁ QUASE A COMPLETAR 80 ANOS...

...MAS AINDA NÃO TEM MARCADA A DATA DA SUA MORTE !

Anunciada ciclicamente – a televisão, a internet, a era digital – a morte da “rádio” tem vindo a ser adiada, não por milagre, antes pelo combate e pelo empenho na capacidade de adaptação aos novos tempos. Mas não bastam as novas tecnologias, não é suficiente “arrumar” tudo ou quase tudo no disco rígido de um moderno computador. É preciso que a rádio volte a estar com as pessoas e que tenha gente dentro! Que seja capaz de pensar e de reflectir e que saiba provocar no auditório a capacidade de dialogar, discutir serenamente e reagir aos desafios.

Cinco anos e alguns meses depois de ter sido praticamente “empurrado” para uma aposentação precoce (hobby desde 1967- profissional desde 1973) com 55 anos de idade, continuo a pensar que o “segredo” da rádio está nas pessoas. Em profissionais competentes, imaginativos e criativos – para além de cultos, naturalmente – e em ouvintes interessados, pensantes e motivados. E nos sons! Na música que acalma e apaixona, no discurso simples e claro das vozes que animam, mas sobretudo no plano superior das entrevistas e das reportagens que falam de coisas sérias, no plano superior da imaginação e da criatividade com ética.

Algumas vezes a rádio é um silêncio feliz, mas muitas outras pode ser um ruído profundo, provocador, inquieto e perturbador.

Tudo isto é real nos capítulos do meu livro que vai estando cada vez mais perto, apesar da lentidão com que vou passando para o tal disco rígido as ideias – minhas e dos meus amigos – sobre como foi a rádio e como deveria ser hoje.

A Rádio, para mim, prossegue sendo uma guitarra freneticamente manipulada por Jimmy Hendrix ou docemente acariciada por BB King, das quais podem sair notas de um afro-americano rock de Harlem ou de um afro-americano blues a caminho de Memphis – onde já destruíram a magia da Rua Beale. A rádio e a música de sentimento, a rádio e a voz de protesto, a rádio da memória escrava, a rádio da sensação libertadora.

A Rádio, para mim, vai sendo a memória da magia do microfone, a magia dos sons, a magia do que fica para além do alcance da imaginação, a magia que permanece no estúdio, no “pick-up” que roda em 45 rotações a voz de Franck Sinatra ou um LP/33 de Maria Bethânia, a magia da “fita” onde se gravaram as impressões de uma conversa amena entre Igrejas Caeiro e Aquilino Ribeiro ou entre Fernando Pessa e Almada Negreiros, a magia do “cartucho” onde se alinhavam spots publicitários anunciando as virtudes da brancura do skip ou apelando à presença na Grande Noite do Fado no Coliseu dos Recreios.

E a magia da distância que a onda curta e o transistor resolvem, como estar às portas do deserto entre a Tunísia e a Argélia e poder ouvir as notícias de “casa” ou o relato de um Sporting-Porto em Alvalade...praticamente em cima de um camelo. Ou estar na Ilha de Moçambique, de noite e sem energia eléctrica – à luz de uma vela apenas – e receber as sensações de um outro jogo de futebol no desaparecido Estádio das Antas.

Como dizia o publicitário Bob Schulberg em 1989 – o ano da queda de mitos e muros – “ a televisão não é ruim, mas a Rádio é mágica. Se a televisão tivesse sido inventada antes, a chegada da radiodifusão teria feito as pessoas pensarem:- que maravilhoso que é a Rádio! É como a televisão, só que nem é preciso olhar!”.

Cinco anos e alguns meses depois de ter sido praticamente empurrado para uma aposentação precoce – voltei a viver todo este espírito da rádio em Moimenta da Beira. Nos estúdios da Rádio Riba Távora, que o Veríssimo Santos decidiu partilhar comigo e com a Casa do F.C. do Porto local, para pormos em prática a minha ideia de se construir um “puzzle” à volta de Aquilino e de Moimenta. Foi muito bom voltar a sentir todas as emoções de uma emissão em directo, pelo que expresso aqui a minha gratidão. A Moimenta e às pessoas de Moimenta! Mesmo àquelas que não quiseram ou não puderam aderir à ideia.


domingo, 17 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

«Saúde» - Providência cautelar mantém SAP em S. João da Pesqueira

Tribunal vai decidir no prazo de 60 dias de serviço vai continuar aberto

Uma providência cautelar interposta pela autarquia de S. João da Pesqueira manteve o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde local em funcionamento, contrariando o encerramento previsto para esta sexta-feira, informou fonte da autarquia à Lusa.

No início do mês, a autarquia tinha interposto uma providência cautelar para evitar o encerramento do SAP a partir desta sexta-feira mas, segundo o presidente da Câmara de S. João da Pesqueira, José Tulha, «o SAP está a funcionar normalmente e irá manter-se assim até novas instruções».

«O Tribunal aceitou a providência cautelar e vai decidir sobre esta matéria no prazo de 60 dias. Até decisão judicial, o SAP continua a atender os utentes», disse José Tulha.

Com o encerramento do SAP, os doentes passam a ser «encaminhados para o Hospital de Lamego, Vila Real ou Centro de Saúde de Moimenta da Beira, o que demora cerca de uma hora. Se forem situações de habitantes de freguesias mais distantes é cerca de hora e meia», alertou.

Fonte: TVI24

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Moimenta da Beira – Pavilhão Municipal reabre a 18 de Outubro

Nove modalidades desportivas integram o programa de actividades para 2010/2011 do Pavilhão Municipal, que tem a reabertura oficial marcada para esta segunda-feira, 18 de Outubro.

Quatro técnicos de desporto vão assegurar aquele conjunto de modalidades, que podem ser praticadas de segunda a sábado: Aeróbica, Danças de Salão, Step, FitBol, Localizada, Ginástica Desportiva, CardioFitness, Musculação e MiniBasket.

Outros tantos técnicos garantem o funcionamento das actividades das piscinas municipais: Aulas de Hidroginástica, Natação de Lazer, Escola de Natação, Aulas para Bebés e banhos Livres.

Fonte: Jornal do Centro

MINEIROS..... NUM CHILE NOVO !

Tal como milhões de pessoas em todo o mundo, interessei-me e assisti emocionado ao desenrolar da brilhante e eficaz operação de resgate dos mineiros chilenos, presos durante 69 dias a mais de 700 metros de profundidade.

A história foi sendo conhecida e relatada ao longo deste tempo e, por isso, não será ela o objecto deste meu apontamento.

Confesso que, apesar de inusitadamente emocionado, não era minha intenção escrever o que quer que fosse – correndo o risco de acrescentar outras banalidades à globalizante, massificante e perigosamente uniformizante catadupa de notícias. Embora em menor escala – eventualmente uma circunstância feliz – os media nacionais não deixaram de copiar praticamente todos os grandes colossos da comunicação social internacional. Mas igualmente não será este o motivo das minhas palavras aqui, talvez com uma excepção. Não resisto a salientar o que considero ser um infeliz pormenor num comentário que ouvi numa estação de referência da TV portuguesa. No meio de tanta emoção, de tanta informação técnica sobre a operação de salvamento dos mineiros, no meio de uma espiral de solidariedade internacional que o drama havia produzido – eis que um jornalista saca da sua “caxa” : - os mineiros vão defrontar-se com uma série de problemas, sendo preocupante a forma como terão que lidar com as suas amantes ! Ponto final parágrafo !

Mas o que me empurrou para a crónica, foi ter recebido pela manhã uma pequena mas profunda mensagem do meu caro amigo Jorge Bento. Transbordando felicidade e humanidade, dizia ele que a operação se tratou de uma extraordinária performance humana, sublimadora e transcendente de tanta coisa baixa e mesquinha que ainda tolhe os passos da tentativa de elevação da Humanidade. Elevemos os olhos ao céu e sonhemos outra realidade !

E então lembrei-me do Chile ! Do actual país numa via de consolidação democrática e que foi capaz de gerar toda esta onda de solidariedade internacional... mas sobretudo do seu ainda recente contraponto – o Chile da ditadura que Pinochet instaurou a 11 de Setembro de 1973 com o apoio da política externa dos EUA.

E rapidamente alcancei as histórias que o resistente dissidente Luís Sepúlveda brilhantemente nos conta na sua obra de grande alcance, tendo igualmente como pano de fundo de alguns dos seus textos os mineiros chilenos alvo da repressão. Como por exemplo neste “O General e o Juíz”, no qual aprendi o massacre do exército em 1907 em Iquique. E recordei também dois episódios da ditadura recente – o que Sepúlveda descreve como fazendo parte da ininterrupta história infame da infâmia.

1967 – Ao tempo do Presidente Eduardo Frei (pai), também no deserto de Atacama, sufocada greve dos mineiros de El Salvador em luta por melhores salários. Ataque do exército provocou oito mortos, que os jornais da época consideraram agitadores.

1968 – Cidade austral de Puerto Montt, um grupo de famílias sem casa ocupou a fazenda abandonada de Pampa Irigoin, construindo aí barracas de madeira e cartão. Ataque do exército provocou onze mortos. Justificação :- os militares haviam reposto a ordem e o respeito pela propriedade.

Para além de nunca se ter efectuado uma investigação, nunca se mencionou que o responsável pela execução dos dois massacres foi Augusto Pinochet.

Felizmente há um Chile novo que nos permite sonhar outra realidade, como sublinhou Jorge Bento.

Um Chile que merece outras reflexões de Luís Sepúlveda, no seu mais recente romance " A Sombra do que Fomos".





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DE VEZ EM QUANDO !



DE NOVO E SEMPRE O MESTRE AQUILINO !


O MESTRE, UM ADVOGADO, UM BISPO E UM LIVRO.

Não conheço pessoalmente o Dr. Manuel de Lima Bastos, de quem o Senhor D. Manuel da Silva Martins, Bispo emérito de Setúbal e um destacado combatente pelas coisas certas da vida, diz ser "um especialista na arte de escrever e um homem que sabe e que sente" e que "...eu até caí na heresia de chegar a compará-lo com o seu ídolo Aquilino Ribeiro. Quem não gosta de Aquilino?".
Gosto eu, naturalmente, a par de mais algumas centenas de portugueses que se interessam pela obra ímpar do Homem da Nave, exímio mestre na arte de conjugar elegantemente o verbo e o sujeito da simplicidade humana. E por gostar, aqui o trago de novo ao convívio dos meus pensamentos com, sabe-se lá, uma forte meia dezena de leitores deste espaço tão real quanto virtual - obra e graça das chamadas novas tecnologias que marcam o ritmo deste nosso tempo.

Voltando ao início da função, apraz-me registar que Manuel de Lima Bastos nasceu num frio mês de Janeiro, tal como eu, apenas dois dias depois e alguns anos antes do meu aparecimento terreno. E depois, a feliz coincidência de um "espírito santo de orelha" que me foi transmitido por D. Manuel Martins, provavelmente durante uma das mais "recentes" entrevistas que teve a amabilidade de me conceder ou no acto de uma oferta do meu livro "Da Beira !...Alguns Poemas e uma Carta para Aquilino". Lima Bastos seria um excelente conhecedor da obra do Mestre ! E é.

Comprova-se, lendo este "roteiro" aquiliniano pelas chamadas Terras do Demo a que o autor deu o título de "De Novo à Sombra de Mestre Aquilino" - uma sequência de um primeiro "À Sombra de Mestre Aquilino" saído em 2009. Este, de que agora faço uma primeira leitura, vai ser apresentado em breve, esperando que o seja também em Moimenta da Beira e, naturalmente, na Biblioteca que leva o nome do Mestre.
Evitados os escolhos da primeira publicação, que o autor relata neste "segundo" volume, fica a boa nova de um próximo já praticamente pronto "...sobre a polémica célebre que Aquilino travou com o meu conterrâneo D. Sebastião Soares de Resende, primeiro bispo da Beira, nas páginas do suplemento literário do jornal Novidades[...]".

O "roteiro" desta obra começa em Vila Nova de Paiva, seguindo no rasto do Mestre Aquilino por Terras de Sernancelhe, Terras de Moimenta da Beira, Terras de Aguiar da Beira, Terras de Sátão... e termina com uma carta ao Mestre como se fora um posfácio, no qual se pode ler : "Não nos conhecemos fisicamente mas há mais de sessenta anos, sentindo a sua presença benigna à minha volta, o tenho na conta de pessoa de família a quem posso contar tudo e de quem posso esperar que tudo compreenda".

Uma excelente obra de leitura e de consulta, de um autor em que D. Manuel Martins vê como que o reflexo de Aquilino Ribeiro. Boa leitura.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

«Protecção Civil» - Mês de Setembro apresentou risco meteorológico de incêndio inferior a 2009

O mês de Setembro apresentou, em termos de risco meteorológio de incêndio, um valor médio superior aos anos de 2006 e 2008 e inferior ao registado em 2009, quando comparado com o mesmo período homólogo, anunciou o Instituto de Meteorologia (IM).

Em Setembro de 2010, o concelho onde ocorreram mais dias na classe mais alta foi o de Moimenta da Beira, no Distrito de Viseu, onde se verificaram nove dias com risco médio no nível máximo.

Em termos de FWI, o valor registado em Setembro foi o 5º mais elevado, tendo ficado muito próximo do verificado em 2003, acrescentou o IM.

Fonte: barlavento.pt

«Cultura» - Música antiga na igreja de Vila da Rua

Moimenta da Beira abre o ciclo de concertos da “Temporada 2010/2011 de música antiga no Douro”, com a actuação do duo de guitarras “Baltar Cassola” este domingo, 17 de Outubro, às 17,30 horas, na igreja matriz da Vila da Rua. A entrada é livre.
A organização é da “TurelTCR – Desenvolvimento e Promoção do Turismo Cultural e Religioso”, a que se associou a autarquia de Moimenta.
O evento insere-se no projecto “Douro Religioso: Visitar, Conhecer e Reconhecer”, que visa aprofundar o conhecimento sobre o património religioso do Douro, material e imaterial, conjugando o conhecimento com a qualificação da visita turística e notoriedade turística desse mesmo património.
Com a temporada 2011 de música antiga, composta por 18 concertos em outros tantos municípios durienses, os organizadores pretendem também dinamizar o património religioso do Douro, atraindo turistas e população local para a descoberta da música antiga nos espaços religiosos emblemáticos do Douro.

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Educação» - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MOIMENTA DA BEIRA

Calendarização Eleitoral

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MOIMENTA DA BEIRA


Início do processo eleitoral para os anos lectivos 2010/2011 e 2011/2012
Dia 6/10/2010

Afixação da calendarização e de informações várias.


De 6/10/2010 a 13/10/2010

Entrega das listas concorrentes no Gabinete do Sr. Director do Agrupamento


14/10/2010 a 27/10/2010

Afixação das listas na escola sede e demais estabelecimentos de ensino do agrupamento

Dia 28/10/2010

Eleição e Assembleia-geral


Moimenta da Beira, 5 de Outubro de 2010
Presidente da Assembleia Geral

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

«Desporto» - AF Viseu

Divisão de Honra:

(clique na imagem para ampliar)
 Fonte: ZeroZero.pt

domingo, 10 de outubro de 2010

«Igreja» - Alvite, Leomil e Sever têm novos padres

Dois novos padres assumiram no domingo, 3 de Outubro, as paróquias de Alvite, Leomil e Sever. A gestão religiosa das três freguesias será partilhada ‘in solidum’ pelos dois sacerdotes: Bráulio Manuel Félix Carvalho e António Jorge Gomes Giroto.
As nomeações aconteceram porque em Leomil o cónego António de Sousa Pinto pediu para ser dispensado, devido à idade e à freagilidade da sua condição de saúde, e em Alvite e Sever, o padre João Carlos Costa Morgado foi também dispensado para poder prosseguir os estudos de doutoramento em Teologia, ao mesmo tempo que era ainda nomeado director espiritual do Seminário de Resende. O pároco acumula também funções de assistente nacional da Obra Kolping e mantém-se como director do Museu e Arquivo Diocesanos.

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Arqueologia» - Os cruzeiros: autênticos testemunhos de religiosidade popular


Tal como as alminhas, intimamente associadas a um percurso espiritual (Calvário, Via-Sacra, Caminho de Peregrinação), a antigos rituais, tradições, crenças, superstições e até mesmo práticas mágicas, os cruzeiros constituem autênticos testemunhos de religiosidade popular e é também com alguma abundância que os encontramos, no concelho moimentense, junto de igrejas e capelas, nos cemitérios, em encruzilhadas, à beira de caminhos, assim como em locais de encontro e de referência da vida diária das nossas gentes.
Em pedra (embora raramente surjam também em madeira) e de várias dimensões (sendo muito frequentes entre os 3 e 5 metros de altura), são estruturalmente formados por uma plataforma (base) de alguns degraus (habitualmente três), de feição quadrangular, octogonal, triangular, poligonal ou circular, sobre a qual se ergue um pedestal, quadrangular ou cúbico, com fuste (coluna) coroado por um capitel sobre o qual assenta a cruz. Esta, normalmente apenas uma e numa só peça, é o elemento mais importante do monumento, aquele que lhe dá o nome e, como o fuste, pode assumir um recorte redondo, quadrangular ou octogonal, imitando, por vezes, o tronco de uma árvore e conter ainda (no caso dos mais elaborados artisticamente) os seguintes elementos decorativos e figurativos:

• Jesus crucificado (ver imagem I) é a figura mais característica com variantes na expressão, na colocação das mãos e dos pés, na vestimenta. Aparece na face anterior orientada ao caminho principal.

• As ferramentas utilizadas na crucificação de Jesus ou objectos relacionados com a Paixão: o chicote, a coroa de espinhos, o martelo, os pregos, as tenazes, etc.

• Virgem representada com o corpo morto de Jesus nos braços (Pietà); com o coração atravessado por um ou vários punhais (tradicionalmente sete, recordando os momentos mais dolorosos da sua vida); com os dedos cruzados sobre o peito; em atitude orante; com a criança nos braços; entre anjos; dando o peito ao filho, etc. Aparece geralmente na face posterior da cruz.

• O Espírito Santo, Santos e Santas (São João, São Tiago, São Francisco, Santa Luzia, etc.), Anjos, o Demónio, Adão e Eva e o Pecado Original.

• A morte representada por uma caveira geralmente acompanhada de dois ossos cruzados (imagem I).

• Figuras não religiosas, simbolizando por exemplo a Agricultura, a Justiça, etc.

• Inscrições com o nome de quem erigiu ou mandou erigir o monumento, a data da sua edificação, etc. Por exemplo, no pedestal do cruzeiro do Largo do Mártir, em Paradinha (ver imagem II), é possível identificar uma inscrição com as siglas IHS que significam Jesus.

1 Nalguns casos, acompanhados de uma mesa e/ou altar.


José Carlos Santos

sábado, 9 de outubro de 2010

Acácio Augusto Cardoso Gouveia

O Dr. Acácio Gouveia nasceu em Caria em 17 de Setembro de 1900 e faleceu em Lisboa em 17 de Dezembro de 1974. Era filho do Prof. Joaquim Cardoso Andrade Gouveia e de D. Olinda Gouveia e irmão do Prof. Doutor Jaime de Gouveia. Casou com D. Maria José Antiaga. Foi ainda cunhado, por via da sua irmã, do presidente da Câmara Prof. Luís de Carvalho e Almeida. Foi uma figura destacada na oposição a Salazar e ao seu Estado Novo.

Ingressou na Escola Normal Primária de Habilitação ao Magistério Primário Superior de Vila Real, de onde saiu professor. Cursou, depois, Letras, na Universidade do Porto. Dirigia, por então a revista literária Húmus. Na qualidade de professor do ensino primário e técnico profissional viria a dirigir o jornal pedagógico O Professor Primário. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, destacando-se logo como dirigente académico, segundo noticiara o Jornal Academia Portuguesa, edição de 1 de Fevereiro de 1933. Pelo que dele se colhe, foi presidente da Assembleia Geral e simultaneamente da Junta Directiva da Associação Académica. Fora nesse enquadramento de dirigente estudantil de proa que chegara à direcção do Jornal Académico A Garrocha. Enquanto cursava Direito, sublinhe-se, Acácio Gouveia exercia o magistério na Casa Pia.

Representou o professorado de Viseu no conselho federal da União dos Professores Primários, e foi secretário do Ministro da Instrução Pública, António Abranches Ferrão, entre 7 de Julho e 22 de Novembro de 1924, e vogal da comissão de livros e programas do mesmo ministério. Em 1942, devido à sua actuação política, nas fileiras da oposição, seria afastado da docência.

Exerceu, depois de formado, a profissão de advogado em Lisboa e aí manteve um escritório durante muitos anos na Rua do Ouro, n.º140. Durante esse período esteve lado a lado com figuras proeminentes da luta anti-salazarista, nomeadamente Mário Soares, chegando a pertencer ao Partido Cristão Democrático. Nunca fora socialista, disse-o Mário Soares, que lhe conhecia a matriz dos tentâmes da alma. Era, ao invés, republicano moderado. Em 1945, candidatou-se a deputado da Oposição ao Governo de Salazar.

Participou sempre nas campanhas eleitorais realizadas depois de 1945, nomeadamente na defesa das candidaturas da oposição às eleições presidenciais de 1949, 1951 e 1958. Em 1951 apoia Quintão Meireles como candidato à presidência da República, gesto copiado por vários outros, entre os quais, Aquilino Ribeiro.

Em Março de 1957, foi um dos 72 advogados de Lisboa e do Porto que assinaram uma representação ao Ministro da Presidência pedindo «um inquérito à PIDE e também um dos primeiros signatários da exposição enviada ao presidente da República no dia 1 de Outubro, explicando os motivos pelos quais a oposição não se apresentava a sufrágio». Nesse mesmo ano unem-se a um grupo de jovens intelectuais ex-comunistas como Mário Soares, Tito de Morais, Ramos da Costa, Salgado Zenha, F. Piteira Santos e Manuel Mendes.

Em 1958, figurou lado a lado com outros republicanos oposicionistas das Terras do Demo, nomeadamente Ernesto de Paiva Gomes, Aquilino Ribeiro e Faustino Guedes Gomes, no apoio à candidatura a Presidente do General Humberto Delgado, forte oposicionista da política de Salazar. Na freguesia de Leomil, fraudes e caciquismos não entraram, tendo aí o General Humberto Delgado sido o mais votado.

Na sucessão da fraude eleitoral que levou Humberto Delgado a perder as eleições, um grupo de conspiradores, militares e civis, reuniu-se na tentativa de acabar com o regime de Salazar. Decorreu na madrugada de 11 para 12 de Março de 1959 e ficou conhecido como o golpe da Sé, assim chamado porque os conspiradores reuniram na Sé Patriarcal de Lisboa. Saldou-se num fracasso, já que a PIDE/DGS descobriu a intentona conseguindo matá-lo à nascença, prendendo 44 pessoas. Entre os implicados, 23 foram a tribunal. É então que sobressai Acácio Gouveia como defensor de alguns dos encausados, processo no qual participou também, como defensor, Mário Soares. Acácio Gouveia foi advogado de defesa de Raul Marques, Henrique Febrero de Queirós e Hélder Pereira da Silva.

Acácio Gouveia tinha uma forte admiração por Aquilino Ribeiro. Consta que terá sido um dos primeiros a participar no processo de fiança por processo movido a Aquilino quando da publicação do livro Quando os Lobos Uivam.

Foi ainda, esta personagem, um dos principais responsáveis do Movimento da Unidade Democrática – MUD que haveria de ditar um interrogatório pidesco seguido de prisão. Pelas suas ideias e actividades políticas chegou, portanto, a ser preso, corria o ano de 1961. Acácio era acusado de crime contra a Segurança do Estado. Em 1965, aparece de novo entre os candidatos da oposição à Assembleia Nacional e cinco anos volvidos, em 1970, sucedeu ao Eng. Cunha Leal, falecido em 1970, no cargo de presidente do Directório da Acção Democrata-Social, a ala conservadora das oposições ao Governo de Salazar.

Em 1960 participou da Comissão Executiva para a Comemoração do cinquentenário da República. Foi vogal, em 1961, do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados. Foi director e vice-presidente da Direcção do Montepio Geral e vice-presidente da assembleia-geral da Ordem dos Advogados e vice-presidente da assembleia-geral dos Banco Português do Continente e Ilhas e do Atlântico. A sua condição de grande accionista deste banco instaurou-lhe um pleito pessoal com alguns dos seus correligionários que pretendiam a nacionalização do referido banco. Acácio dormitava nalgumas reuniões políticas, pelo que não se terá apercebido que o programa do MUD contemplava tal medida que o próprio, sem saber, assinara.

Quem assinara o programa do MUD fora também, curiosamente, Adriano Moreira, o qual que viria a ser o poderoso ministro do Ultramar e actual presidente da Academia das Ciências. Tendo como patrono Jaime de Gouveia, estagiou no escritório de seu irmão Acácio, antecâmara da resistência. Aí conheceu várias das figuras oposicionistas de destacada militância contra o Estado Novo que por lá passavam.

Em 6 de Fevereiro de 1961 o Presidente da República, Almirante Américo Tomás concede uma audiência à comissão de oposicionistas que a tinham requerido em 28 de Janeiro do mesmo ano, da qual Acácio Gouveia fazia parte, juntamente com Azevedo Gomes e Eduardo Figueiredo. Foi um dos subscritores do Programa para a Democratização da República, documento elaborado no seu escritório, onde também se fez a sua apresentação pública, em Maio de 1961. Foi, por isso, detido, julgado e condenado a alguns meses de prisão. Foi de novo candidato às eleições legislativas de 1965, ano em que assinou, com Mário Soares, António Macedo, Carlos Cal Brandão, Raul Rego, Zenha, Gustavo Soromenho, Vasco da Gama Fernandes, Helder Ribeiro e outros, um Manifesto ao País e representação ao Presidente da República dos candidatos da Oposição Democrática às eleições para a Assembleia Nacional de 1965.

Em 1974, pouco antes de falecer, aderiu ao Partido Popular Democrático (PPD). Pugnou sempre pela garantia das liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses e pela realização de eleições justas e de verdadeira representatividade.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

«Sensibilização» - Campanha de adopção de cães do canil municipal

Está em curso uma campanha de sensibilização para a adopção de cães do canil municipal, destinada às crianças e jovens do concelho. A iniciativa é da Câmara em colaboração com o Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira.
A acção inclui um concurso de desenho/pintura para os alunos do pré-escolar ao segundo ciclo, cujos trabalhos podem ser enviados até ao dia 18 de Fevereiro de 2011 (ver regulamento AQUI).
“O objectivo é dar a oportunidade aos jovens de mobilizarem práticas que respeitem os direitos dos animais, dos cães em particular, e de serem portadores desses valores e contribuir para a transformação da sociedade no domínio específico desta problemática”, explica o vice-presidente da autarquia, Francisco Cardia.
As acções a implementar no terreno “pretendem ainda fazer aumentar as adopções de cães actualmente residentes no canil municipal, de maneira a evitar a sobrelotação e o recurso ao abate”, acrescenta o autarca.

Fonte: CM Moimenta da Beira

«Agricultura» - Adega estima seis milhões de litros de vinho

Centenas de viticultores da região de Moimenta da Beira já entregaram a colheita de 2010 à adega da Cooperativa Agrícola do Távora. Até ao fim da vindima, prevista para o fim-de-semana de 16 e 17 deste mês de Outubro, cerca de 1100 agricultores deverão entregar as uvas à adega de Moimenta, que com elas produzirá depois os afamados vinhos e espumantes Terras do Demo.
A operação de transporte teve início no dia 23 de Setembro e estima-se que a vindima resulte em cerca de seis milhões de litros de vinho de diversas qualidades.
O transporte é feito às primeiras horas do dia e ao longo de quilómetros (às vezes algumas dezenas) em carrinhas de caixa aberta e tractores carregados com as tinas cheias de uvas.

Fonte: CM Moimenta da Beira

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DE VEZ EM QUANDO !


Ainda a República...

Podia ter sido assim. Em vez do vermelho e verde - cores defendidas nomeadamente por Afonso Costa, António José de Almeida e Teófilo Braga... o azul e branco mereciam a confiança de Guerra Junqueiro, António Arroio e Sampaio Bruno.
Os primeiros entendiam o verde e o vermelho como as cores originais da revolta portuense de 31 de Janeiro de 1891...enquanto os segundos afirmavam que o azul e o branco não representavam a monarquia - antes significavam a nacionalidade e a liberdade !
Talvez o caminho tivesse sido diferente...com menos escolhos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

DE VEZ EM QUANDO !


A PROPÓSITO DO 5 DE OUTUBRO DE 1910.

QUE O MESMO É DIZER... A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA !

O país não está preparado !

Faz cem anos. E não parece. Dizem que a História não se repete... mas, não sem alguma preocupação, começo a pensar que tudo é possível. A Primeira República foi um desastre, a Segunda foi o que ditatorialmente sabemos e agora a Terceira não leva um bom caminho. É verdade que têm soprado uns maus ventos de fora...mas o que realmente me preocupa é a eterna falta de capacidade e de honestidade para fazer as coisas bem feitas.

O país – até parece que o António tinha razão! – dá a triste ideia de que nunca está preparado para assumir as mudanças. Os avatares deste novo mundo! E não se coloca em questão a problemática das novas tecnologias. É tudo mais profundo... mais arrevesadamente profundo!

Acabadinha de chegar... aparece Fernando Pessoa e diz : - “o observador imparcial chega a uma conclusão inevitável: o país estaria preparado para a anarquia; para a república é que não estava”.

O país nunca esteve – nem está – preparado para coisa alguma !

Não estava preparado para ser independente; os descobrimentos terão sido uma circunstância feliz, mas o país não estava preparado para assumir um encargo de tal envergadura; o peso de meio mundo era demasiado. Tal como depois – mais tarde – não estava preparado para a colonização e, finalmente, impreparado para a descolonização. Pelo meio, nunca esteve preparado para a democracia e – quando ela foi oferecida pelos militares, outros que não aqueles que a derrubaram em 1926 – ninguém estava verdadeiramente preparado para os seus efeitos, chegando mesmo a colocar em perigo as liberdades !

O país não estava preparado para a CEE; o país não estava preparado para o EURO; o país não está preparado para a CPLP; o país não está preparado para enfrentar a crise internacional; o país não sabe lidar com o défice; ele próprio é um défice permanente; o país nunca esteve – nem está – preparado para coisa alguma!

Não deixa de ser curioso recordar um texto ( e uma voz ) de Agostinho da Silva. Ele próprio, numa gravação de António Escudeiro. O título :- Tudo mudou e o Diabo deste País não muda. Um pouco a propósito de uma sua reflexão sobre o chauvinismo. Diz e escreve o Professor:- “Não há nenhum país como Portugal. É chauvinista um sujeito dizer que todos os países têm mudado de fronteiras e que o nosso amigo continua com um pequeno arranjo que houve por causa do vizinho, quanto a este pontinho ou àquele pontinho, mas que continua com as fronteiras, país único no mundo. Tudo mudou e o diabo deste país não muda, não é assim ? E que depois houve todas aquelas ideias de como era o oceano, de como era a geografia ou o o oceano, e tal, e o que é que aconteceu ? Aconteceu que foram os portugueses que derfam ao mundo o mar de que o mundo não tem jeito de se desfazer”. E prossegue a deliciosa prosa ( e filosofia!) do mestre Professor Agostinho da Silva:- “Então, os cavalheiros fabricaram o país – que não podia ser, mas fizeram -, único, depois fabricaram o barco que não havia – e os tipos fizeram – e não havia outro jeito senão aceitá-lo, não é? E, por outro lado, ainda há o projecto do futuro. Alguém está pensando no mundo como pensaram os portugueses, com essa amplitude ? Coisa nenhuma! [...] e agora o que os portugueses têm que dizer o mais pacificamente que puderem e o mais teimosamente que puderem é que o mundo tem que ser aquilo que eles querem que seja. Quando agora começa a aparecer a ideia de que, como a nova Europa que vai fazer, com a Alemanha, com o Leste e com isso e com esses interesses todos, que vai começar a ir para a Bulgária, e para as Hungrias, e para as Polónias, e essa coisa, o dinheiro que vinha para Portugal. E que Portugal vai ser um pobrezinho, uma ilhota aqui nesta Europa, pobrezinho e tal, sem o tal dinheiro...felizmente! Porque o dinheiro que vinha da Europa era só para fazer os portugueses europeus. Não queremos para nada essa porcaria de ser europeu. Queremos é repetir aos europeus que não vão ter outro remédio senão submeter-se ao que é cultura portuguesa e fabricar um mundo que não tenha pressões económicas, e que as crianças estejam livres, e que não haja para ninguém prisões”.

Palavras gravadas nos anos de 1990...mas só publicadas em 2006, no centenário do seu nascimento.

Naquela altura, como hoje, não há que ter medo! É preciso seriedade e honestidade na governação, mas é também necessário derrotar os profetas da desgraça. E colocar travões às pressões da alta finança – seja ela europeia ou americana. O que eu duvido que possa vir a acontecer! Os interesses eleitorais falam mais alto! Tal como a demagogia dos políticos que vamos tendo – quer nos governos, quer nas oposições!

É que, afinal, o país continua a não estar preparado para coisa alguma!

Mas isso não me inibe de gritar aqui, bem alto, um Viva a República!