O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Moimenta
da Beira esteve sete horas sem médicos para assegurar o seu normal
funcionamento na segunda-feira, denunciou hoje o PCP.
Em
comunicado, a Comissão Concelhia de Moimenta da Beira do PCP revela que
entre as 08:00 e as 15:00 de segunda-feira, o SUB de Moimenta da Beira
esteve sem médicos que assegurassem o normal funcionamento desta unidade
de socorro médico.
«Esta gravíssima e intolerável ocorrência, que
não é virgem, pôs em risco vidas humanas e a assistência médica de
urgência às populações dos concelhos de Penedono, S. João da Pesqueira,
Tabuaço, Sernancelhe e Moimenta da Beira, que tiveram de percorrer
muitas dezenas de quilómetros, alguns mais de uma centena, entre as suas
terras e os Hospitais de Lamego e de Vila Real, para onde tiveram de
ser encaminhados os casos urgentes», sustentam.
De acordo com esta
estrutura política, este é «mais um desumano atentado contra as
populações do interior do país», atribuído à «criminosa política deste
Governo, de ataque feroz ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aos seus
profissionais».
«Ao não criar carreiras médicas hospitalares que
possibilitem a incorporação de profissionais habilitados no
funcionamento dos SUB, ao passar para os centros hospitalares a
responsabilidade de colocação de pessoal nos SUB, o Governo abre
intencionalmente a porta, como é o caso, à contratação de médicos por
empresas de aluguer de mão de obra, degradando a prestação dos cuidados e
desacreditando o SNS, sempre em prejuízo das populações e em benefício
dos privados», alegam.
Na nota lê-se que as populações e os
responsáveis locais reclamam do Governo e do Ministério da Saúde «a
colocação de médicos contratados pelo Estado no SUB de Moimenta da
Beira, com carreira hospitalar e com habilitação adequada ao desempenho
das tarefas exigidas».
O PCP informa ainda que o grupo parlamentar
na Assembleia da República irá questionar o Ministério da Saúde sobre
este episódio, para além de exigir que se altere de imediato a forma de
contratação dos médicos dos serviços de urgência básica.
A agência
Lusa contactou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, que
ainda não prestou qualquer esclarecimento sobre o assunto.
Fonte: Fofoki.com
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