sábado, 9 de fevereiro de 2008

Últimas - "PIDDAC não chega para todos"

O Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2007, instrumento que anuncia as intenções do Governo a concretizar nos municípios do país, não inclui três concelhos do distrito de Viseu: Moimenta da Beira (câmara municipal de maioria PSD), Penedono (PSD), reincidente em relação a 2006, e Tarouca (PS). Zero euros de investimento para três dos mais carenciados municípios do distrito, o que, apesar de tudo, não preocupa os autarcas locais (ver texto na página ao lado).
O PIDDAC, apesar de pretender reflectir a estratégia descentralizada dos Governos para o país, é um instrumento em descrédito. Não raro, os investimentos anunciados não passam de meras intenções que tardam em passar do papel. No distrito, um dos exemplos mais flagrantes da ineficácia do PIDDAC é, de ano para ano, o constante anúncio da inclusão ou não da Barragem de Ribeiradio, em Oliveira de Frades, nos investimentos a concretizar. Nunca até hoje se construiu a infra-estrutura, mas a obra volta a estar prevista em PIDDAC. Na região Centro, Viseu é o segundo distrito com mais concelhos “a zero”, atrás de Santarém, com quatro, e de Leiria, com um (em Portugal Continental existem mais nove distritos com municípios que não têm investimentos inscritos, com destaque para Braga, Évora e para Vila Real, onde também são três os “excluídos”). Leiria passou a ser o distrito com menos orçamentação prevista em PIDDAC, no Centro, substituindo Viseu no fundo da tabela. Os 60 milhões de euros de investimento previstos para Viseu representam um decréscimo de 14 milhões relativamente a 2006. Ainda assim, quase metade dos concelhos do distrito, 11 em 24, registam subidas nas perspectivas de investimento, contra 13 descidas. Resende (PS) e Sátão (PSD) sãos os mais beneficiados.
A tendência de redução do PIDDAC, inserido na proposta do Governo de Orçamento de Estado para 2007, é generalizada e na região Centro quase atinge os 250 milhões de euros.

FONTE: jornal do centro

1 comentário:

Anónimo disse...

Boas!
Esta notícia não me parece que apanhe alguém de surpresa.
As consequências deverão passar por uma maior "ginástica" financeira por parte da autarquia e, naturalmente, serão sentidas por todos os que vivem em Moimenta. "Paciência" e "criatividade" serão palavras-chave nos tempos que se avizinham.
Penso que seria interessante vermos iniciativas privadas, principalmente na área da cultura e lazer. Nos tempos que correm, a vertente social na gestão empresarial não poderá ser esquecida. Dela podem advir enúmeros benefícios.

Cumprimentos

Sérgio Matos Dias