sexta-feira, 25 de abril de 2008

A nossa vila...cenário natural e ancestral

Moimenta da Beira
Cenário natural e ancestral

O confronto natural entre a paisagem agreste e imponente da serra e os deslumbrantes cenários da zona ribeirinha da Albufeira do Vilar atraíram, ao longo dos séculos, ao concelho de Moimenta da Beira, povos pré-históricos, civilizações castrejas, romanos e arábes. Povos cuja passagem testemunham ainda hoje as formas dos gigantescos penedos e fragas da Serra da Nave e as necrópoles e dólmens encravados no solo árido dos montes circundantes.

Fidalgos como D. Egas Moniz, responsável pela formação da vila no longínquo século XIII ou Fernão Mergulhão, fundador do Mosteiro feminino de Nossa Senhora da Purificação, enriqueceram as ruas e praças da vila com solares majestosos e casas apalaçadas. As mesmas que encantaram Aquilino Ribeiro e que vivem eternizadas nas páginas dos seus contos e histórias.

Pela estrada fora, adivinha-se facilmente a razão da fama da gastronomia e do artesanato destas gentes beirãs, ao contemplar os longos pomares de maçã, os campos de batata e cereais, recortados entre pastos verdes, abundantes em gado e rebanhos de ovelhas. Nas aldeias em redor, as mulheres tecem mantas e capuchas, cozem o melhor pão regional para acompanhar o cabrito assado e os enchidos, que nas festas populares enchem a mesa, ao lado das trutas do Vilar, dos doces conventuais e do vinho “Terras do Demo”. Os homens dividem os dias entre o trabalho do campo, o artesanato, a pesca e a caça, tirando proveito dos bens que a natureza generosamente lhes doou ao dotar o concelho de extensos vales e rios de límpidas águas. Dedicam-se aos trabalhos da latoaria e da ferraria, muitas vezes depois de repasto de trutas com presunto, coelho à caçador ou míscaros com coelho bravo, haveres trazidos para casa depois de mais um dia passado nos montes circundantes.

O topónimo principal do concelho é composto por dois elementos, sendo que “Moimenta” se trata do plural de “monumenta”, no sentido de edificação funerária, o que pode querer indicar a presença de uma necrópole dos povos proto-históricos. O segundo elemento toponímico refere-se à região da Beira, onde se insere o concelho.

Como consequência da devastação provocada pelos conflitos entre mouros e cristãos, a região onde se encontra o concelho terá ficado em grande parte despovoada, pelo que em inícios do século XII, o Conde D. Henrique e depois D. Afonso Henriques principiaram a repovoá-lo através do sistema de honramento e coutamento. No entanto, no século XIV, o despovoamento era ainda de tal ordem que no território do actual concelho existiam apenas quatro paróquias. No século XV, Moimenta transforma-se em concelho, de termo bastante reduzido, integrado no couto de Leomil. Da passagem do século XVI para o século XVII deu-se um acontecimento bastante importante para a história deste concelho: a fundação do convento de Moimenta da Beira. Este convento funcionou durante bastantes anos na casa que fora de Fernando Mergulhão e veio a ser encerrado em 1812, por ordem do bispo de Lamego. O século XIX foi marcado pelas invasões francesas e em 1808, homens comandados por Loison marcharam para Moimenta da Beira, ficando esta região marcada por incêndios e destruições. Em 1834, na área do actual concelho existiam oito concelhos que, aquando da reforma administrativa, foram extintos, formando-se o actual concelho de Moimenta da Beira. Fonte: onortedesportivo.com

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