segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DE VEZ EM QUANDO...



FALTA DE VISÃO, FALTA DE CORAGEM,

FALTA DE CARÁCTER E MUITA INCOMPETÊNCIA!!!

(... ou onde se pode também falar do “futebol” português!).

Não era preciso sermos assim !

Apesar da nossa “pequena” dimensão territorial, outrora fomos grandes e enfrentámos gigantescos desafios! Contribuímos para um mundo novo !

Também hoje temos pela frente grandes desafios. Por isso, devíamos ser avessos à mesquinhez. Competência, Criatividade, Carácter – quase se poderia adaptar uma célebre “regra dos três cês” do Jornalismo : claro, correcto e conciso – é do que precisa hoje o povo português.

Mas a essa dimensão ética e profissional, preferimos a intriga, a insinuação, a superficialidade, a esperteza saloia, a deslealdade, a desonestidade e o egoísmo. O umbigo de cada um é o seu mundo... e a inveja é a primeira “virtude” do catálogo !

Fomos capazes de fazer HISTÓRIA, mas hoje não ultrapassamos a pequenez de um conjunto de “estorinhas” do quotidiano e da chicana política.

Como diz o Professor João Marques de Almeida, “o grande problema de Portugal não é a crise, mas a incapacidade de crescer e de produzir o suficiente para manter a prosperidade”! E este não é apenas um problema de um único “nicho” profissional. Diz respeito a empregadores e a empregados, a gestores, professores, investigadores, profissionais liberais, dirigentes políticos e sindicais, governantes e governados – a todos os cidadãos!

João Marques de Almeida “minimiza” a crise, mas a sua “responsabilidade” como pensador e analista das relações internacionais confere-lhe a “obrigação” de colocar no centro da reflexão todos os dados disponíveis. Assim – e embora Sarsfield Cabral diga que a “recessão global não se transformou em depressão” – como é possível ignorar as causas e os efeitos da gravíssima onda de choque financeira e económica mundial ? Se não fossem os “ensinamentos” da crise dos anos 30 do século passado, seguramente estaríamos agora a penar muito mais profundamente.

Outro ângulo de análise da frase de João Marques de Almeida, retirada do Diário Económico, pode ter a ver com o facto de a crise não ser para nós, portugueses, propriamente uma novidade. É verdade que – desde sempre – vivemos em crise !

Por outro lado, também desde sempre tivemos o “defeito” de “lançar o olho” ao vizinho do lado. Copiando ou criticando! Nunca competindo sadiamente. E também nunca deixando de comparar. A Grécia, a Espanha, a Irlanda – e agora até os novos países do Leste. Espanha e Irlanda eram exemplos. Mas veio a CRISE ! A Irlanda “foi-se”, a Grécia está como está e a Espanha vai ter este ano a maior quebra da história no consumo privado. Mas não só ! Os empresários espanhóis que vieram fazer fortuna na construção e no imobiliário, adquirindo dezenas de milhares de hectares de terra no Alentejo – confrontados com a crise, estão já de partida desfazendo-se das compras.

Entretanto, ao contrário do que preconiza por cá a líder do PSD, MFL – o governo espanhol defende o aumento dos impostos para os ricos, com o objectivo de pagar as políticas sociais.

Qual “nossa senhora” descida das núvens, MFL – apesar de não usar um vestido preto – adopta sempre a táctica do “não me comprometo”! Não sabe o que vai fazer, não diz o que vai fazer e transfere sempre o “ónus da coisa” ( para além do Governo – naturalmente) para a terceira pessoa do plural :- “façam”, “olhem” ! Ao jeito de PP, no CDS : a resposta é vossa!

Sobre o futebol [ muito antes do início do campeonato já tinha alertado para o que se viria a passar na arbitragem] acrescento apenas, por agora, a “vergonha” que tem sido a maior parte da comunicação social. Sobretudo dos jornais, sabendo-se já que a SIC “virou” a estação oficiosa do canal benfica e que a TVI, tal como o Correio da Manhã, é sobretudo “anti Porto”. São as pressões, são os títulos de A Bola (até mesmo de O Jogo) – campeão já temos, vamos agora divertir-nos! Só que o futebol, como tenho dito sempre, não é uma ciência exacta! Por isso, todos vão continuar a errar...

Não posso aceitar é que, por ex para o sr de fato às riscas penduradas nos caracóis, o que ele chama de novas tecnologias (incluindo a televisão) só sirva quando lhe dá jeito. E as decisões dos árbitros são apreciadas de acordo com o que defende!

Tal como A Bola e o Público titularam a propósito do Guimarães/Benfica e do Porto/Nacional, até parece que os encarnados não beneficiaram de uma expulsão e de um penalty. O que disseram ? Ramires salvou o Benfica ao cair do pano ; Penalty e duas expulsões encaminharam o Porto!

Já agora, só para constar (e seguindo o critério de Proença ao expulsar Flávio Meireles), ficaram ainda duas grandes penalidades por assinalar contra o Nacional. Uma na primeira parte, que as TVs vão passando, e outra na segunda metade ( que as TVs não passam), quando Patacas corta um cruzamento na linha de fundo com o braço.

E a tabela classificativa que A Bola apresenta ? Só para rir ! Por que razão o Marítimo e o Benfica, com os mesmos 4 pontos que o Porto mas com menos 2 golos marcados, estão à frente na tabela ? Já agora, seguindo o mesmo critério, deveriam também lá ter colocado o Rio Ave, igualmente com 2 golos marcados e 1 sofrido. Haja vergonha !


1 comentário:

Sérgio M. Dias disse...

Onde estão «os efeitos da gravíssima onda de choque financeira e económica mundial»?

Estão nas férias que milhares de portugueses decidiram fazer no Algarve em vez de, como nos outros anos, irem para o estrangeiro.

Estão na proliferação de rotundas e estradas alcatroadas e realcatroadas (!) que nestes últimos meses se vêm em rigorasamente todas as localidades do país.


Segundo Keynes, a acção do Estado, com a sua política de INVESTIMENTO (implica retorno) de obras públicas, permitiria (a curto prazo), genericamente, criar muitos postos de trabalho e, como consequência, os trabalhadores teriam dinheiro para gastar.
Mas tudo tem de ser contextualizado:
- O modelo de Keynes era para os Estados Unidos, à época uma economia muitíssimo mais fechada (ou ainda mais!) do que é hoje. Ou seja, o dinheiro que os seus trabalhadores ganhavam era gasto no seu país, em produtos produzidos no seu país por empresas de americanos.
Perante estes factos indesmentíveis, não me parece possível ciclo económico/financeiro mais fechado que este!
IMPORTANTE: vale a pena salientar que a maioria da população americana era pouco qualificada quando comparada com os dias de hoje ou quando comparada com a actual população portuguesa, daí a lógica de obras públicas.

Assim, pergunto: vale a pena uma política de investimento em grandes obras públicas em que a esmagadora maioria de postos de trabalho "exigirão" mão-de-obra não-qualificada quando um dos problemas do país passa pelo desemprego entre pessoas licenciadas? Os empregos nas obras, com o maior respeito por quem faz disso a sua vida, são para os licenciados desempregados ou para os licenciados que ganham 600€ por mês? Ou são para os pseudo-desempregados que ganham rendimentos de reinserção social/ rendimentos mínimos garantidos/rendimentos-que-são-aproveitados-como-um-modo-de-vida-desonesto-por-muitos-pseudo-"pobres"?
Vale a pena uma política destas quando Portugal importa a maioria do que consome (gasta o dinheiro cá, mas ele vai lá para fora)?
Vale a pena apoiar apenas algumas empresas em vez de todas terem as mesmas oportunidades? E concursos públicos, ainda sabemos o que é isso (veja-se o caso da Critical Software... É assim que se atrai investimento do exterior???!!!)?

E quantos milhões foram para a AUTOEUROPA? Sabe-se?

E podemos estar descansados: a maioria dos ricos portugueses não têm cá o seu dinheiro, senão eram pobres.
Realmente, somos um país com enormes cargas fiscais com a justiça social que se vê! Mas vamos mas é acabar com os "ricos" e ficarmos todos pobres. Isso é que deve ser justo (não é para mim que nem sequer sou rico).

Pois é... Agora que me lembro, fisicamente, Manuela Ferreira Leite nem é assim tão aprazível à vista... E já "tem uns anos em cima" (não é nova). Se calhar, era melhor se tivessemos alguém com um ar mais jovial e roupas mais bonitas (roupas compradas cá em Portugal, mas pagas a Espanha - roupas da Bershka e da Zara). Era melhor, não era?
Então, eu proponho a Rita Pereira para o "poder"!

Cumprimentos,

Sérgio M. Dias