terça-feira, 23 de novembro de 2010

Espumante Terras do Demo conquista o mercado

Depois do Murganheira e do Raposeira, chegou a vez do Terras do Demo conquistar mercado. O espumante já chega à Alemanha, Suíça e França.

Famosa pelos espumantes Murganheira e Raposeira, a região Távora-Varosa tem outra marca que está a conquistar o mercado: Terras do Demo, um espumante produzido pela cooperativa sediada em Moimenta da Beira.

A Cooperativa Agrícola do Távora saiu com o primeiro espumante para o mercado em 2005 e o seu presidente, João Silva, não hesita em dizer que hoje é o seu "ex-libris", sendo produzido nos segmentos de vinho branco, rosé e tinto.

A cooperativa produzia há muitos anos o vinho base do espumante para outras marcas e em boa hora decidiu avançar com a sua.

"Com alguma humildade, criatividade e bom senso, começámos a entrar no mercado paulatinamente e, ano após ano, vamos sedimentando a marca, prestigiando os vinhos espumantes e indo de encontro àquilo que é o gosto dos consumidores, por isso estamos a crescer", frisou.


Produção atinge 300 mil garrafas


O crescimento é visível nos números. No primeiro ano foram produzidas 6700 garrafas e, neste momento, foram já atingidas as 300 mil.

"E o futuro enchimento, dentro das nossas perspetivas, será de 419 mil garrafas", avançou, contando que, relativamente a 2004, a cooperativa conseguiu um crescimento superior a 400% no volume de engarrafados.

Comparativamente ao ano passado, até ao mês de outubro o crescimento foi de cerca de 45% e a aproximação do Natal deixam a expetativa de ainda melhores resultados.

"Novembro e dezembro são os meses, por excelência, em que o mercado mais consome o vinho espumante. Temos esperança de que podemos crescer nestes dois meses e aumentar a média para os 50%, o que seria magnífico", afirmou João Silva.

A garrafa do espumante Terras do Demo tem a particularidade de ter um selo dourado lacrado de forma artesanal, uma tarefa que envolve quatro funcionários, dos 12 da cooperativa que trabalham nas várias fases até colocar o produto no mercado.


Mercado português representa 85%


Atualmente, o mercado nacional representa cerca de 85%. No que respeita ao mercado estrangeiro, mostrou-se satisfeito por o espumante estar a chegar a mercados considerados difíceis.

"O mercado de Inglaterra surgiu através de um cliente que lentamente foi colocando uma palete aqui, outra acolá, as pessoas foram gostando, a restauração onde ele se enquadra foi apreciando, consumindo e pedindo algum espumante", referiu, contando que vendem nomeadamente para Londres e de Belfast.

O espumante Terras do Demo chega já também à Alemanha, à Suíça e à França, neste último caso "através de outros clientes portugueses, que levam algum espumante, nomeadamente rosé, que apreciam muito, independentemente de ser o país que tem a famosa champanhe", acrescentou.

Na sua opinião, as vendas não foram atingidas pela crise porque os portugueses "já sabem fazer a destrinça entre o que é um vinho espumante com qualidade, com aroma", que "tem um vinho base de excelência por detrás das bolhinhas", e os restantes.

"Mesmo os que têm uma bolsa mais diminuta preferem beber menos vezes, mas beber com qualidade. E isso nós estamos a sentir", sublinhou.

Por outro lado, João Silva tem uma convicção: "o espumante também poderá servir para aumentar o ânimo das famílias portuguesas". Fonte:Exame-Expresso

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