segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

«Protestos» - Comissão de utentes da A25, A24 e A23 estima ter recolhido perto de 25 mil assinaturas

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 estimou hoje já ter recolhido perto de 25 mil assinaturas contra a cobrança de tarifas naquelas vias atualmente sem custos para o utilizador.


“Só no distrito de Viseu, recolhemos em papel cerca de seis mil assinaturas. E sabemos que outros distritos têm conseguido números semelhantes”, disse à agência Lusa o porta-voz da comissão, Francisco Almeida, no final de uma iniciativa em Castro Daire.
Francisco Almeida lembrou que às assinaturas recolhidas presencialmente, em papel, se juntam as “cerca de nove mil conseguidas através da Internet”.
Hoje de manhã assinaram a petição dirigida ao Governo e à Assembleia da República “cerca de 230 pessoas, praticamente todas as que estavam na feira” de Castro Daire.
A ideia é recolher assinaturas em todos os concelhos. Por isso, no que respeita ao distrito de Viseu, para os próximos dias estão já previstas bancas de recolha de assinaturas no Sátão, em Vouzela, em Oliveira de Frades, em Vila Nova de Paiva e em Moimenta da Beira.

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 tinha já anunciado para o dia 08 de abril marchas lentas nos distritos atravessados por estas autoestradas - nomeadamente Vila Real, Viseu, Guarda e Castelo Branco - numa “ação convergente” de protesto.

Segundo Francisco Almeida, é esperada uma grande adesão: “serão no mesmo dia e à mesma hora e irão condicionar seriamente o trânsito”.

Apesar de já estarem a ser colocados em vários troços os pórticos necessários para a cobrança de portagens, Francisco Almeida considera que “até ao lavar dos cestos é vindima”.

A comissão lamenta que, “faltando à palavra dada e aos compromissos assumidos”, o Governo tenha decidido “impor o pagamento de portagens nestas autoestradas até 15 de abril de 2011”.

O facto de não existirem “alternativas a estas vias rodoviárias estruturantes, uma vez que a EN16, a EN2, a EN18 e a EN17 são manifestamente desadequadas como vias inter-regionais”, é um dos motivos usados para contestar a introdução de portagens.

O “traçado muito sinuoso e com declives acentuados destas autoestradas” e um poder de compra per capita da maioria dos concelhos servidos pela A25, A24 e A23 “muito distante da média nacional” são outros argumentos.

Fonte: Destak.pt

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