quarta-feira, 6 de junho de 2012

«Região» - Consiga médicos, veja como

Médica foi colocada no centro de saúde de Vila Nova de Paiva após protestos dos utentes

Uma médica foi colocada no final de maio no centro de saúde de Vila Nova de Paiva, após protestos dos utentes, que se queixavam de esperar meses por uma consulta devido ao reduzido número de clínicos.

«Embora uma médica ainda não seja suficiente para as necessidades, já deu para melhorar um pouco o atendimento», disse à Lusa Eduardo Fonseca, do núcleo de Vila Nova de Paiva da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu, nesta quarta-feira.

Eduardo Fonseca lembrou que, desde «há cerca de dois anos, o centro de saúde só tinha três médicos para mais de seis mil utentes», havendo 1.300 utentes sem médico de família.

«Os três médicos estavam sobrecarregados e era muito difícil ter consulta. As pessoas chegavam a estar cinco ou seis meses à espera e depois, às vezes, quando iam ao centro de saúde o médico tinha faltado ou estava de férias», contou.

Segundo Eduardo Fonseca, a médica agora colocada só está no centro de saúde dois dias por semana, às quartas e sextas-feiras.

«Penso que não poderá dar cobertura a todos os utentes que não têm médico de família, mas que dará a alguns, o que já vai melhorar bastante a situação», frisou.

Apesar do avanço, a comissão de utentes considera que continuam a faltar enfermeiros e auxiliares no centro de saúde e defende que este deveria abrir ao fim de semana para urgências.

«Trata-se de uma região com uma população muito envelhecida que, ao fim de semana, tem muitas dificuldades em caso de urgência», contou Eduardo Fonseca, explicando que os utentes têm de se deslocar para a urgência de Moimenta da Beira ou do hospital de Viseu.

Neste âmbito, o núcleo de Vila Nova de Paiva da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu está a pedir às pessoas que continuem a lutar para melhorar a situação e exorta-as a participarem no próximo sábado na manifestação promovida pela CGTP-IN, no Porto.

Fonte: TVI24.pt

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