O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, defendeu hoje que a
criação de medidas legislativas de discriminação positiva para o
interior não são suficientes para resolver os problemas com que se
debate.
"Não acredito que medidas legislativas de discriminação positiva só
por si resolvam os problemas do interior. Aliás, já foram muitas vezes
tentadas, não só sem grande sucesso, como criando inclusivamente
problemas de concorrência", alegou.
Numa visita às Caves do Espumante Terras do Demo-Adega Cooperativa
do Távora, em Moimenta da Beira, Nuno Magalhães sublinhou a necessidade
de se manter um discurso positivo, que faça com que o investimento no
interior seja atrativo.
"Podemos optar por um discurso miserabilista, dizendo que o interior é
bonito apenas para lá ir de visita e não reconhecendo o mérito de quem
cá vive. Ou então, podemos valorizar as pessoas e mostrar os casos de
sucesso, mostrar o quão elas foram capazes de se adaptar aos novos
tempos e como vivem bem nestas zonas", referiu.
Apesar de não ser apologista da implementação de medidas de
discriminação positiva, admite que num ou noutro isso possa vir a ser
necessário.
Ao longo do dia de hoje, vários elementos do grupo parlamentar do
CDS-PP visitaram um conjunto de empresas de alguns concelhos do distrito
de Viseu.
A jornada de "pedagogia direta" foi promovida pelo deputado do CDS-PP
eleito pelo círculo de Viseu, Hélder Amaral, que quis mostrar ao seu
grupo parlamentar as diferentes realidades do interior do país.
"Temos um dos melhores distritos: mais bonito, competitivo e com
capacidade de se afirmar em termos nacionais. Por ventura não temos
líderes com capacidade de ver isso", frisou Hélder Amaral.
O deputado centrista desafiou as pessoas "a abrir a janela e a ver o potencial que têm fora de portas".
"Se conseguirem fazer uma coisa boa com o que Deus nos deu, seremos
uma terra fantástica de oportunidades. É preciso olhar com um pouco mais
de atenção para o óbvio e a isso somarmos tecnologia e valor
acrescentado para invertermos o ciclo", concluiu.
Fonte: Porto Canal
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