A
produção de baga de sabugueiro tem vindo a aumentar e já representa um
negócio de cerca de dois milhões de euros. A exportação é o principal
destino, em especial a Alemanha, e o uso farmacêutico é a principal
utilização.
Quando
o Marquês de Pombal estabeleceu a região demarcada do Douro considerou
como crime grave a adição de bagas de sabugueiro no vinho. A prática
manteve-se, por dar mais cor e tornou-se legal, mas em 1983 voltou a ser
novamente proibida.
A
legislação pombalina impunha a proibição de sabugueiros a menos de
cinco léguas, portuguesas, ou seja, 33,3 quilómetros. Ainda assim, este
arbusto, que pode atingir os seis metros de altura, encontra-se em
concelhos que têm freguesias com direito a produzir para Vinho do Porto.
O sabugueiro “Sambucus nigra”
é encontrado em toda a Península Ibérica, sendo que em Portugal a
exploração está quase toda nos concelhos de Tarouca, Moimenta da Beira,
Lamego, Armamar e Tabuaço, sendo nestas duas autarquias a principal
fonte de receitas, referiu Bruno Cardoso, produtor deste arbusto. Nas
freguesias que não se encontram dentro da delimitação da região
vitivinícola do Douro não se encontra, ainda hoje, um pé de vinha.
Actualmente,
existem cerca de 700 hectares cultivados, por cerca de 850
agricultores, responsáveis por 3.500 toneladas de baga fresca, salienta
Carla Paula Cardoso, directora da Associação Flor do Sabugueiro, citando
um documento da Direcção Regional de Agricultura do Norte. Esta
dirigente sublinha que o número tem vindo a aumentar ligeiramente.
Bruno
Cardoso, agricultor em Salzedas, considera que o negócio é atractivo e
que pode ser uma aposta viável. O preço médio da baga fresca é de 0,375
euros por quilograma, sendo a seca de 2,10 euros. No seu conjunto, a
produção de baga de sabugueiro representa um negócio entre dois milhões e
2,2 milhões de euros.
Fonte: Vida Rural
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