O diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) que foi detido esta terça-feira (25 de setembro) pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito de uma investigação relacionada com o aparecimento de armas roubadas do quartel de Tancos é natural de Moimenta da Beira.
O coronel Luís Vieira, que dirige a força de autoridade desde 2011 e viu renovado o mandato há dois anos por despacho do ministro da Defesa, está a ser investigado pelas autoridades judiciárias por suspeitas sobre o aparecimento na região da Chamusca do material furtado, tendo sido interrogado ontem nas instalações da PJM pelos inspetores da PJ.
A Procuradoria-Geral da República adiantou que o inquérito em curso deu origem às detenções do coronel Luís Vieira e de mais sete suspeitos – três elementos da PJM, mais três da GNR e um civil.
O aparecimento do material militar furtado em Tancos foi revelado a 18 de outubro do ano passado pela Polícia Judiciária Militar, através de um comunicado, no qual adiantava que teve a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Na altura, a PJM indicou que o material recuperado já se encontrava nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército.
Nascido em Moimenta da Beira em 1953, Luís Vieira cursou a Academia Militar entre 1973 e 1977 e completou o curso de Comandos no ano seguinte. Ao longo da carreira recebeu várias condecorações, tendo sido distinguido com a medalha de Comportamento Exemplar no grau Ouro, a da Defesa Nacional de primeira classe e a de Mérito Militar de segunda classe.
Luís Vieira licenciou-se em Direito na Universidade Lusíada em 1999 e tem várias pós-graduações, incluindo um curso intensivo de Contraterrorismo e o curso de auditor de Segurança Interna.
Na PJM, começou como defensor oficioso em 2002 e nos anos seguintes foi defensor oficioso no Supremo Tribunal Militar e juiz militar no Tribunal Criminal do Porto. Em 2009 chegou a subdiretor-geral e dois anos depois, em 2011, assumiu as funções de diretor-geral.
Fonte: jornaldocentro.pt
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